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Sorgo possibilita safrinha no oeste BA | Agro

    Introdução ao cultivo de sorgo: uma cultura em crescimento na Bahia

    Descubra o potencial do sorgo e sua importância para o agronegócio baiano

    O cultivo de sorgo tem conquistado cada vez mais espaço nas lavouras do oeste da Bahia, despertando a atenção de sementeiras e se tornando uma importante cultura agrícola na região. Com um crescimento de 21,4% na área plantada do Estado na safra 2022/23, em comparação com a média nacional de 15,4%, o sorgo viabiliza uma segunda safra na região, o que antes era impensável.

    Considerada inicialmente uma cultura marginal, o sorgo vem ganhando destaque e se tornando a quarta cultura mais plantada no oeste baiano, depois da soja, milho e algodão. Sua resistência à seca e os 170 mil hectares plantados na Bahia em 2022/23 mostram seu potencial como uma cultura rentável e sustentável.

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    A introdução de híbridos resistentes a herbicidas e sem taninos, que eram preocupações no passado, trouxeram avanços significativos para o desenvolvimento do sorgo. Além disso, a possibilidade de fazer uma segunda safra na mesma área tem sido fundamental para otimizar a produção, melhorar o manejo do solo e aumentar a rentabilidade dos agricultores.

    Neste artigo, conheça mais sobre o cultivo de sorgo na Bahia, as vantagens desse tipo de cultura, as técnicas de manejo, o potencial de uma segunda safra e o mercado promissor para esse grão. Descubra como o sorgo está transformando o agronegócio baiano e ampliando as possibilidades de lucratividade para os produtores locais.

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    Sumário

    • Introdução
    • Desenvolvimento do Sorgo na Bahia
    • Manejo do Sorgo
    • Potencial de Segunda Safra
    • Mercado do Sorgo

    Considerada uma cultura marginal, o sorgo tem ganhado espaço nas lavouras do oeste da Bahia e a atenção de sementeiras. Com um crescimento de 21,4% na área plantada do Estado na safra 2022/23 ante 15,4% na média nacional, a cultura viabiliza uma segunda safra na região.

    Até então, o local era conhecido por ter apenas um ciclo produtivo por temporada – destoando dos demais polos agrícolas do país, que chegam a colher até três safras na mesma área de plantio.

    “O sorgo é uma cultura muito importante. Já é a quarta no oeste da Bahia depois de soja, milho e algodão e vem crescendo muito. Até um tempo atrás, não tinha tanta tecnologia e, hoje, com ela, preparo do solo e mais a gente tem uma grande área de safrinha”, conta o secretário de Agricultura de Luís Eduardo Magalhães, Kenni Henke.

    Mais resistente à seca e com 170 mil hectares plantados na Bahia em 2022/23, segundo dados da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA), a cultura desperta o interesse de empresas como a Forseed, que este ano lançou um híbrido sem taninos na Bahia Farm Show.

    A característica do produto garante maior palatabilidade no uso para ração animal – principal destino do sorgo no país.

    “Antigamente tinha um certo preconceito com o sorgo na segunda safra pela questão da alelopatia e do tanino, mas hoje a gente vê que através do melhoramento e da seleção vieram materiais híbridos mais produtivos, sem taninos, pegando esse mercado de segunda safra”, reconhece o franqueado da marca em Luís Eduardo Magalhães, Carlos Defacio.

    A alelopatia é o efeito danoso ou benéfico de uma planta sobre a outra causado na liberação de elementos químicos no ambiente. No caso do sorgo, notava-se uma ‘competição’ com outras culturas e um receio de comprometer o desenvolvimento das lavouras seguintes no oeste baiano.

    Manejo

    A situação mudou com a melhoria nas técnicas de manejo, decisivas para o sucesso do cultivo do grão sem glúten no território. Há 15 anos no mercado de sorgo, o sócio da revendedora AgroBahia, Joelcio Gmach, conta que o desenvolvimento de híbridos resistentes a herbicidas, por exemplo, foi um passo importante nesse sentido.

    “O controle de ervas daninhas é parte fundamental para alavancar a produtividade e daí que veio a inovação da Nuseed em comercializar um produto que possibilita a utilização de herbicida, o que não se tinha até três anos atrás”, comenta o executivo.

    Ele aposta no crescimento do sorgo em detrimento do milho nas regiões de menor pluviosidade do oeste da Bahia e Piauí, com produtividades que ultrapassam as 100 sacas por hectare. “É uma cultura marginal que está ganhando muito protagonismo”, avalia.

    Há 25 anos no mercado de sementes de soja, a empresa Oilema arriscou no sorgo e levou à maior feira agropecuária do Norte e Nordeste do país dois novos híbridos, após um primeiro lançamento no ano passado.

    “Os clientes que plantam sorgo são praticamente os mesmos que plantam soja e, como a gente já tinha esse caminho aberto, a gente entrou no sorgo como alternativa para trazer mais renda ao produtor, além de olhar um pouco mais para sustentabilidade e manejo de solo”, detalha o gestor comercial da empresa, Paulo Levinski.

    Potencial de segunda safra

    A possibilidade de fazer uma segunda safra na mesma área é condição fundamental para manter o solo coberto e, consequentemente, para adoção de técnicas de manejo como o plantio direto, lembra o vice-presidente da Aiba, Moisés Schmidt.

    “O que se busca com a safrinha hoje é a otimização de maquinário, de área plantada e cobertura de solo. Com isso, a gente consegue diluir os custos fixos da lavoura, fazer uma cobertura de solo 365 dias do ano e ainda ter rentabilidade extra”, descreve Schmidt ao ressaltar a importância do sorgo para agricultura do oeste baiano.

    Na Bahia Farm Show, empresas apresentaram modelos de plantio de sorgo para atrair produtores — Foto: Cleyton Vilarino

    “Nossos produtores sempre buscaram uma cultura para fazer uma dobradinha e poder fazer duas safras anuais, como em Mato Grosso, Tocantins, Pará, Goiás. E o sorgo se adaptou muito bem na região com essas novas variedades que chegaram mostrando produtividades para torná-lo uma safrinha rentável”, completa o vice-presidente da AIBA.

    Mercado

    Com dois lançamentos na Bahia Farm Show deste ano, a Orígeo, que trabalha com a revenda de híbridos desenvolvidos pela Advanta, prevê um crescimento de 25% nas vendas em 2023, após o sucesso da safra 2022/23.

    “O mercado de sorgo está aumentando bastante no oeste da Bahia, porque é uma cultura que exige menos água que o milho. E o cereal é mais caro que o sorgo, que tem uma janela menos estreita, por exemplo”, destaca o consultor técnico da Orígeo, Cacio Meira.

    De acordo com Joelcio, da AgroBahia, o sorgo chega a ter um custo 50% inferior ao do milho, o que permite ao produtor ter uma boa margem de comercialização do grão mesmo com preços inferiores ao do seu principal concorrente.

    “Nós tivemos o milho aqui este ano com uma safrinha muito ruim, algumas lavouras com ataque de cigarrinha. Faltou um pouco de chuva, mas o sorgo, em geral, foi muito bom. Com isso, o produtor começa a olhar para a cultura que está tendo mais viabilidade, segurança e que resiste melhor à falta de água – muito mais que o milho”, completa o executivo.

    A cultura do sorgo tem se destacado nas lavouras do oeste da Bahia e despertado o interesse das sementeiras, mesmo sendo considerada uma cultura marginal. Com um aumento de 21,4% na área plantada do estado na safra 2022/23, em comparação com uma média nacional de 15,4%, o sorgo possibilita uma segunda safra na região. Anteriormente, o local era conhecido por ter apenas um ciclo produtivo por temporada, enquanto outras regiões agrícolas do país conseguem colher até três safras na mesma área de plantio.

    O sorgo tem se tornado uma cultura muito importante no oeste da Bahia, ocupando a quarta posição entre as culturas mais plantadas, atrás apenas da soja, milho e algodão. Segundo o secretário de Agricultura de Luís Eduardo Magalhães, Kenni Henke, esse crescimento é resultado do avanço da tecnologia, do preparo do solo e do aumento da área de safrinha.

    Uma das características que torna o sorgo atraente é a resistência à seca. Na safra 2022/23, foram plantados 170 mil hectares de sorgo na Bahia, de acordo com dados da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA). Isso despertou o interesse de empresas como a Forseed, que lançou um híbrido sem taninos na Bahia Farm Show deste ano. Esse híbrido garante uma maior palatabilidade quando utilizado na ração animal, que é o principal destino do sorgo no país.

    Antigamente, havia um certo preconceito em relação ao sorgo na segunda safra devido à alelopatia e à presença de taninos. No entanto, com o melhoramento genético e a seleção de materiais híbridos mais produtivos e livres de taninos, o sorgo passou a conquistar esse mercado de safrinha.

    A alelopatia é o efeito que uma planta exerce sobre outra quando libera elementos químicos no ambiente. No caso do sorgo, havia uma competição com outras culturas e receio de comprometer o desenvolvimento das lavouras seguintes no oeste da Bahia.

    O manejo adequado do sorgo foi fundamental para o seu sucesso. Melhorias nas técnicas de manejo, como o desenvolvimento de híbridos resistentes a herbicidas, permitiram um controle mais eficiente de ervas daninhas. Essa inovação da Nuseed em comercializar um produto que possibilita a utilização de herbicidas foi fundamental para impulsionar a produtividade do sorgo.

    Joelcio Gmach, sócio da revendedora AgroBahia, aposta no crescimento do sorgo em detrimento do milho nas regiões de menor pluviosidade do oeste da Bahia e Piauí. Ele destaca que o sorgo é uma cultura marginal que está ganhando muito protagonismo, com produtividades que ultrapassam as 100 sacas por hectare.

    A empresa Oilema, que está há 25 anos no mercado de sementes de soja, decidiu arriscar no sorgo e apresentou dois novos híbridos na maior feira agropecuária do Norte e Nordeste do país. Com o sorgo, eles buscaram oferecer uma alternativa para trazer mais renda ao produtor, além de focar na sustentabilidade e no manejo do solo.

    A possibilidade de fazer uma segunda safra na mesma área é fundamental para manter o solo coberto e adotar técnicas de manejo, como o plantio direto. Isso permite a otimização do maquinário, da área plantada e a cobertura do solo durante todo o ano. Além disso, traz rentabilidade extra para o produtor.

    A Orígeo, que trabalha com a revenda de híbridos desenvolvidos pela Advanta, prevê um crescimento de 25% nas vendas em 2023, após o sucesso da safra 2022/23. O consultor técnico da empresa, Cacio Meira, destaca que o mercado de sorgo tem crescido bastante no oeste da Bahia devido à sua menor demanda por água em comparação com o milho. Além disso, o sorgo tem um custo 50% inferior ao do milho, o que permite ao produtor ter uma boa margem de comercialização mesmo com preços mais baixos.

    Em resumo, o sorgo tem ganhado espaço no oeste da Bahia devido ao seu crescimento na área plantada e sua resistência à seca. Melhorias nas técnicas de manejo, como o desenvolvimento de híbridos resistentes a herbicidas, contribuíram para o sucesso da cultura. O sorgo é uma opção rentável para uma segunda safra, permitindo a otimização do maquinário, a cobertura do solo e rentabilidade extra para os produtores. O mercado de sorgo tem crescido significativamente na região, já que é uma cultura que exige menos água que o milho e possui um custo inferior, garantindo boa margem de comercialização.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

    O crescimento do sorgo no oeste da Bahia

    Considerada uma cultura marginal, o sorgo tem ganhado espaço nas lavouras do oeste da Bahia e a atenção de sementeiras. Com um crescimento de 21,4% na área plantada do Estado na safra 2022/23 ante 15,4% na média nacional, a cultura viabiliza uma segunda safra na região.

    Até então, o local era conhecido por ter apenas um ciclo produtivo por temporada – destoando dos demais polos agrícolas do país, que chegam a colher até três safras na mesma área de plantio.

    “O sorgo é uma cultura muito importante. Já é a quarta no oeste da Bahia depois de soja, milho e algodão e vem crescendo muito. Até um tempo atrás, não tinha tanta tecnologia e, hoje, com ela, preparo do solo e mais a gente tem uma grande área de safrinha”, conta o secretário de Agricultura de Luís Eduardo Magalhães, Kenni Henke.

    Mais resistente à seca e com 170 mil hectares plantados na Bahia em 2022/23, segundo dados da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA), a cultura desperta o interesse de empresas como a Forseed, que este ano lançou um híbrido sem taninos na Bahia Farm Show.

    A característica do produto garante maior palatabilidade no uso para ração animal – principal destino do sorgo no país.

    Manejo

    A situação mudou com a melhoria nas técnicas de manejo, decisivas para o sucesso do cultivo do grão sem glúten no território. Há 15 anos no mercado de sorgo, o sócio da revendedora AgroBahia, Joelcio Gmach, conta que o desenvolvimento de híbridos resistentes a herbicidas, por exemplo, foi um passo importante nesse sentido.

    “O controle de ervas daninhas é parte fundamental para alavancar a produtividade e daí que veio a inovação da Nuseed em comercializar um produto que possibilita a utilização de herbicida, o que não se tinha até três anos atrás”, comenta o executivo.

    Ele aposta no crescimento do sorgo em detrimento do milho nas regiões de menor pluviosidade do oeste da Bahia e Piauí, com produtividades que ultrapassam as 100 sacas por hectare. “É uma cultura marginal que está ganhando muito protagonismo”, avalia.

    Potencial de segunda safra

    A possibilidade de fazer uma segunda safra na mesma área é condição fundamental para manter o solo coberto e, consequentemente, para adoção de técnicas de manejo como o plantio direto, lembra o vice-presidente da Aiba, Moisés Schmidt.

    “O que se busca com a safrinha hoje é a otimização de maquinário, de área plantada e cobertura de solo. Com isso, a gente consegue diluir os custos fixos da lavoura, fazer uma cobertura de solo 365 dias do ano e ainda ter rentabilidade extra”, descreve Schmidt ao ressaltar a importância do sorgo para agricultura do oeste baiano.

    Mercado

    Com dois lançamentos na Bahia Farm Show deste ano, a Orígeo, que trabalha com a revenda de híbridos desenvolvidos pela Advanta, prevê um crescimento de 25% nas vendas em 2023, após o sucesso da safra 2022/23.

    “O mercado de sorgo está aumentando bastante no oeste da Bahia, porque é uma cultura que exige menos água que o milho. E o cereal é mais caro que o sorgo, que tem uma janela menos estreita, por exemplo”, destaca o consultor técnico da Orígeo, Cacio Meira.

    De acordo com Joelcio, da AgroBahia, o sorgo chega a ter um custo 50% inferior ao do milho, o que permite ao produtor ter uma boa margem de comercialização do grão mesmo com preços inferiores ao do seu principal concorrente.

    “Nós tivemos o milho aqui este ano com uma safrinha muito ruim, algumas lavouras com ataque de cigarrinha. Faltou um pouco de chuva, mas o sorgo, em geral, foi muito bom. Com isso, o produtor começa a olhar para a cultura que está tendo mais viabilidade, segurança e que resiste melhor à falta de água – muito mais que o milho”, completa o executivo.

    Perguntas e respostas

    1. Quais são as principais culturas agrícolas do oeste da Bahia?

    Oeste da Bahia é conhecido pelas culturas de soja, milho e algodão.

    2. Por que o sorgo tem ganhado espaço no oeste da Bahia?

    O sorgo tem ganhado espaço devido ao seu crescimento na área plantada do estado e sua viabilização de uma segunda safra na região.

    3. Quais são as características do sorgo?

    O sorgo é mais resistente à seca e possui 170 mil hectares plantados na Bahia em 2022/23. Além disso, é usado principalmente como ração animal.

    4. Como o manejo do sorgo tem melhorado?

    O manejo do sorgo tem melhorado com o desenvolvimento de híbridos resistentes a herbicidas e outras técnicas de manejo, como o plantio direto.

    5. Por que o sorgo está se destacando em relação ao milho?

    O sorgo está se destacando em relação ao milho devido ao seu custo inferior, necessidade de menos água e resistência à falta de água, além de ter uma janela menos estreita para plantio.

    Considerada uma cultura marginal, o sorgo tem ganhado espaço nas lavouras do oeste da Bahia e a atenção de sementeiras. Com um crescimento de 21,4% na área plantada do Estado na safra 2022/23 ante 15,4% na média nacional, a cultura viabiliza uma segunda safra na região.

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