A quinta-feira (6) terminou com as cotações da soja perdendo mais de 20 pontos na Bolsa de Chicago, devolvendo segmento dos fortes ganhos registrados nos últimos dias, em movimento de correção técnica. Assim, agosto encerrou a negociação a US$ 14,48 e novembro a US$ 13,39 por bushel.
O impacto da CBOT mais baixa na formação de preços no Brasil, conforme explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, foi restringido pela subida do dólar. A moeda americana encerrou o dia com lucro de mais de 1%, permitindo que os indicadores nos portos sustentassem os patamares registrados nos últimos dias.
“O mercado manteve níveis iguais aos do dia anterior, mesmo com essa queda em Chicago. E hoje, basicamente, podemos expressar que a soja está nesses níveis por razão do dólar. Se intercorrer alguma coisa que derrube o dólar, podemos perdem esses patamares que, podemos expressar, estão nos melhores momentos desde a safra”, diz Brandalizze.
Assim, segundo o consultor, os preços nos mercados de balcão testaram patamares de R$ 120,00 a até R$ 136,00, com boas referências sendo registradas no Rio Grande do Sul. Nos portos, os indicadores mais atrativos continuam sendo observados no porto de Rio Grande, ainda testando referências supra de R$ 150,00.
BOLSA DE VALORES DE CHICAGO
O mercado lucra depois os intensos e consecutivos aumentos que vem registrando, mas também mantém o foco nas condições climáticas para o Corn Belt. Os mapas atualizados continuam mostrando mais chuvas para o cinturão nos próximos dias e, inferior, a imagem do NOAA mostra a expectativa de chuva para os próximos sete dias.
Outrossim, o planta atualizado pelo Drought Monitor nesta quinta-feira mostrou que houve uma redução de 3% no índice de áreas de soja cultivadas nos EUA em alguma exigência de estiagem no país.
No entanto, a dimensão menor estimada para os Estados Unidos pelo USDA (Departamento de Lavra dos Estados Unidos) na última sexta-feira (30) ainda garante sustentação importante para os preços.
Os traders também seguem atentos às novidades do mercado financeiro, da demanda chinesa e do mercado de derivativos. Petróleo começa a recuar e perde mais de 1% também segue no radar ao tarar sobre os futuros de óleo de soja, que rendem mais de 4% na tarde desta quinta-feira.
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