“sempre vigilantes”, resume fórum em Mato Grosso • Portal DBO

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Realizado nesta quinta-feira, 22 de setembro, o “5º Fórum Estadual de Vigilância da Febre Aftosa” já traduz seu propósito em nome próprio: esclarecer direitos, deveres, possibilidades e desafios com a nova situação sanitária de Mato Grosso – “livre de febre aftosa sem vacinação” – que realiza sua última imunização em novembro próximo.

O alerta vai para a necessidade de intensificar as ações de vigilância e estabelecê-las em rotina. É necessário minimizar a exposição dos rebanhos a patógenos, maximizar sua imunidade e mitigar os riscos aos quais estão expostos.

“Se retirar a vacinação não funcionar, quem vai pagar a conta e sofrer as consequências serão todas as cadeias produtivas da pecuária”. Entre os destaques, Chico Pauliceia, pecuarista e presidente da Comissão de Pecuária da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), defendeu que “A vigilância sanitária não é uma questão de governos, mas uma ação do Estado”. Aplaudido, chamou a atenção para as exigências do que significa tal movimento, perene no tempo e acima das diferenças.

Ana Carolina Schmidt, veterinária do INDEA, abordou a “evolução do plano estratégico do PNEFA-MT”. Segundo ela, será necessária uma readequação completa do sistema de vigilância sanitária em Mato Grosso, com fortalecimento do Serviço Veterinário Oficial (SVO) e abertura prevista para maior participação do serviço privado.

Vale lembrar que após a suspensão da vacinação, o estado precisará ser certificado pelo MAPA e, posteriormente, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA); e que é proibida a entrada e incorporação de animais vacinados. Outros pontos como o tráfego interno em MT também merecem atenção, embora nada tenha mudado por enquanto.

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Trabalho de casa – O professor Amauri Aufieri da Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR) falou sobre o calendário anual de vacinação e biossegurança nas propriedades rurais.

Em resumo, a gestão da vacinação não deve mais estar vinculada às datas de imunização da febre aftosa. “Cada fazenda cumprirá as mesmas proteções, agora em uma nova organização”explica.

No que diz respeito à biossegurança, “veterinários, agrônomos e zootécnicos terão que entender melhor o conceito e abrir os olhos para tudo, inclusive o que acontece do outro lado da cerca, ao lado”atencioso Auferi.

Ele classifica as ameaças internas e, principalmente, as externas. Ele ainda aponta as fronteiras do país, especialmente as secas, mas portos e aeroportos.

Áureo Cândido Costa Júnior, consultor, pecuarista, empresário e veterinário, foi o responsável por desenhar o papel do pecuarista nesse novo contexto sanitário. Para ele é apenas um: “contribuir em todos os itens e etapas do processo, pois ninguém será mais afetado do que ele, seja para o bem ou para o mal”.

Resta saber quais vacinas adotar para o respectivo sistema de produção; quando e com que frequência de vacinação para esta ou aquela doença; quando fazer doses de reforço; quais categorias de animais vacinar; e quando lutar e com que frequência os endo e ectoparasitas. Ele reforçou que tudo isso envolve a formulação de protocolos sanitários para cada propriedade rural.

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Diogo Viali, técnico e fiscal do MAPA, falou sobre o dinamismo do contexto brasileiro no combate à febre aftosa, neste momento delicado de diversos perfis de saúde, em suas fronteiras internas.

Ele deixou claro que a economia com recursos para a compra de vacinas é frágil, pois outras demandas virão pelo caminho por conta da fiscalização.

Não há vacina, mas proteção – Por exemplo, Viali apontou a formação e manutenção de um fundo especial para atender às medidas de proteção e socorro; algo que, no momento, atrapalha o Estado de São Paulo na disputa pelo status de “livre de febre aftosa sem vacinação”.

Os recursos são do setor com garantias estatais. Todos precisam ser protegidos em caso de episódios da doença, com rapidez e rigor.

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Para determinar o tamanho dos produtores participantes deste 5º Fórum, o inspetor do INDEA, João Marcelo Brandini Néspoli, relatou toda sua experiência em termos de mobilização de pessoal e infraestrutura em caso de surto de febre aftosa em região livre da doença sem vacinação. A simulação ocorreu no município de Jucimeira (MT). “Custa muito dinheiro”, disse ele.

Esforços conjuntos – O evento foi organizado pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato), Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso (CRMV-MT), Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (INDEA-MT), Associação Matogrossense dos Produtores de Leite (Aproleite-MT), Associação Matogrossense dos Suinocultores (Acrismat), Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAP).

Todos são órgãos e entidades que integram a equipe gestora do Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa em Mato Grosso (PNEFA-MT). Para este evento, eles contaram com o patrocínio do Fundo Emergencial de Saúde Animal do Estado de Mato Grosso (FESA-MT).

Fonte: Portal DBO

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