Pular para o conteúdo

semana termina com ritmo fraco nas negociações e atenção voltada para o mercado em setembro • Portal DBO

No mercado físico de boi gordo, a semana registrou novas quedas nos preços da arroba em alguns dos principais mercados de gado do Brasil.

De acordo com levantamento realizado pela Scot Consultoria, durante todo o mês de agosto (até 26/8), considerando a média dos 32 centros de pecuária monitorados pela empresa, o preço médio do gado vivo “comum” (sem prêmios, direcionado ao mercado interno ) caiu 3% ou R$ 8/@.

Patrocinadores

Nas praças do interior paulista, a queda no preço do macho acabado foi maior: queda de R$ 15/@ no acumulado de agosto, chegando a 293/@, valor bruto, no prazo, informa Scot.

Considerando a mesma base de comparação, o boi chinês, abatido com até quatro dentes e destinado ao mercado chinês, registrou desvalorização de R$ 10/@, chegando a R$ 305/@ no Estado de São Paulo.

Patrocinadores

O movimento de queda nos preços do boi gordo reflete principalmente a falta de apetite dos frigoríficos brasileiros, que continuaram retraindo a demanda por matéria-prima na maioria dos mercados pecuários do país.

“A trajetória de queda da arroba é incomum para esta fase do ano, marcada pelo avanço da entressafra para o gado vivo (a pasto) no Brasil”relata IHS Markit.

VEJA TAMBÉM | Na hora de montar o boi, confina quem precisa do melhor custo e eficiência

Segundo a consultoria, enquanto indústrias limitam o ritmo de compras no mercado ver, as condições das pastagens degradadas e os altos gastos com nutrição animal forçam a liquidação dos animais que atingem o peso ideal para o abate.

Ao mesmo tempo, continua o IHS, muitos frigoríficos conseguiram formar horários de abate (garantidos até o final de agosto) graças aos lotes de animais resultantes de negociações de contratos a termo, contrato em que o frigorífico “bloqueia” o preço do o boi para o pecuarista no mercado futuro.

“É importante destacar que o cenário atual de escalas de abate confortáveis, movimento atípico para o período, foi resultado de parcerias envolvendo animais de sistemas de confinamento”, diz a zootécnica Thayná Drugowick, analista da Scot Consultoria.

Além disso, observa o IHS, algumas unidades frigoríficas optaram por limitar o ritmo de abate diário, o que reduziu ainda mais o fluxo de aquisição de animais.

Dentro das porteiras, os altos custos de engorda no cocho prejudicam as margens dos criadores e invernantes, refletindo na desova do gado abastecido ao mercado.

SAIBA MAIS | Reposição ganha liquidez em meio a preços baixos de mercado

Nesta temporada, segundo levantamento do IHS, o valor das diárias nas fazendas de gado subiu 40% para os pecuaristas em relação aos preços registrados no ano passado.

Assim, reforça o IHS, muitos produtores são obrigados a liquidar rapidamente seus lotes acabados, a fim de mitigar os riscos de margens negativas.

Na avaliação do IHS Markit, a retomada do movimento de alta dos preços do boi gordo depende principalmente da recuperação da demanda doméstica por carne bovina.

“Apesar do desempenho positivo das exportações brasileiras, o atual consumo interno de carne bovina não tem energia suficiente para absorver o excedente de produção de carne bovina”observa IHS Markit.

No acumulado das três semanas de agosto, o Brasil exportou 128,5 mil toneladas de carne bovina in naturaresultando em um volume médio diário embarcado de 8,6 mil toneladas, um aumento de 3,8% em relação à média diária de agosto/21.

“Se a média diária embarcada até o momento se mantiver na última semana do mês, teremos um novo recorde histórico para o mês de agosto”, informa a analista Thayná Drugowick.

A receita obtida com as exportações de proteína bovina continua crescendo, estimulada pela alta dos preços internacionais. O valor pago por tonelada do produto in natura brasileiro subiu 10% em agosto, para US$ 6.255, em relação ao valor cobrado em agosto do ano passado.

Sexta-feira com pouco negócio – Nesta sexta-feira, 26 de agosto, a Scot Consultoria detectou uma queda de R$ 3/@ no preço da novilha gorda nas praças de São Paulo, para R$ 285/@ (preços bruto e futuro).

Nas mesmas regiões de São Paulo, o boi gordo fechou a semana com preço estável, em R$ 293/@, mesmo comportamento registrado para o preço do boi gordo, mantido em R$ 274/@ (valores brutos, tempo), de acordo com Scot.

O touro chinês mais jovem (até 30 meses) está sendo negociado a R$ 305/@ no Estado de São Paulo.

De acordo com uma investigação também realizada nesta sexta-feira pelo IHS Markit, os grandes frigoríficos do país permaneceram ausentes da compra de gado no mercado à vista, enquanto os pecuaristas continuaram pressionados a liquidar a oferta de animais acabados, promovendo uma tendência de queda na maioria mercados. gado coberto pela consultoria.

Especificamente nesta sexta-feira, o IHS registrou novas quedas no preço do boi gordo na Bahia, de R$ 275/@ para R$ 270/@.

“O período de estiagem no estado da Bahia limita a possibilidade de pecuaristas locais reterem gado na propriedade para obter melhores condições de preço”observa o IHS.

A pastagem degradada obriga o produtor a entrar no mercado com seus lotes de animais acabados e ceder a preços mais baixos, a fim de mitigar os riscos de perda de peso e o potencial produtivo do rebanho, acrescenta a consultoria.

“Esta situação continua como a sintonia comum no mercado pecuário nas regiões Norte e Nordeste do país”destaque as análises.

Ao longo desta semana, informa o IHS, foram constatadas quedas significativas nos preços da arroba em diversos mercados, principalmente no Pará.

“O fraco apetite das indústrias locais e a grande dificuldade em vender a produção para o mercado interno explicam a desvalorização do gado paraense”informa o IHS.

Também nesta sexta-feira, foi noticiado que as indústrias paranaenses já apresentam os primeiros sinais de dificuldade em originar animais no mercado livre.

“As vendas realizadas ao longo do mês já extinguiram parte do rebanho paranaense, e esse movimento pode ser percebido pelo comportamento das escalas de abate das indústrias locais, que não avançaram significativamente nas últimas duas semanas”relatório dos analistas.

De qualquer forma, os preços nos mercados de SP, MS, GO, MG e MT continuam pressionados e a manutenção do ambiente contracionista também permanece condicionada ao consumo doméstico. Por outro lado, diz o IHS, as indústrias continuam com abastecimento garantido, já que ainda há entregas de gado a termo, fornecidas por meio de parcerias com grandes fazendas de gado e também de confinamentos próprios.

LEIA MAIS | Carnes: Mercado segue forte, mas confiança do consumidor começa a cair, aponta Rabobank

No mercado atacadista de carne bovina, a demanda por reposição nos estoques do armazém encerra a semana como começou, com demanda fraca e irregular.

Cotações máximas para homens e mulheres nesta sexta-feira, 26/8
(Fonte: IHS Markit)

SP-Noroeste:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)

MS-Ouro:

boi a R$ 275/@ (à vista)
vaca a R$ 255/@ (em dinheiro)

MS-C. Grande:

boi a R$ 275/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 275/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 270/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 270/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 270/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 270/@ (em dinheiro)
vaca a R$ 255/@ (em dinheiro)

MT-Colíder:

boi a R$ 265/@ (à vista)
vaca a R$ 250/@ (em dinheiro)

GO-Goiânia:

boi a R$ 275/@ (prazo)
vaca R$ 260/@ (prazo)

Vá para o sul:

boi a R$ 275/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 290/@ (em dinheiro)
vaca a R$ [email protected] (em dinheiro)

MG-Triângulo:

boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)

MG-BH:

boi a R$ 270/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 270/@ (em dinheiro)
vaca a R$ 2605/@ (em dinheiro)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 321/@ (à vista)
vaca a R$ 297/@ (em dinheiro)

Fronteira RS:

boi a R$ 321/@ (à vista)
vaca a R$ 297/@ (em dinheiro)

PA-Maraba:

boi a R$ 262/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)

PA-Resgate:

boi a R$ 262/@ (prazo)
vaca a R$ 257/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 284/@ (prazo)
vaca a R$ 275/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 270/@ (prazo)
vaca a R$ 250/@ (prazo)

TO-Grupo:

boi a R$ 265/@ (à vista)
vaca a R$ 255/@ (em dinheiro)

RO-Cacoal:

boi a R$ 265/@ (à vista)
vaca a R$ 250/@ (em dinheiro)

RJ-Campos:

boi a R$ 2.902/@ (prazo)
vaca a R$ [email protected] (data limite)

MA-Açailândia:

boi a R$ 265/@ (à vista)
vaca a R$ 255/@ (em dinheiro)

Fonte: Portal DBO

Autor