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Na hora de montar o boi, confina quem precisa do melhor custo e eficiência • Portal DBO

Segundo dados do Censo de Confinamento DSM, a estratégia de terminação intensiva de bovinos no Brasil só cresceu e a taxas médias de 5% ao ano desde 2015. Enquanto isso, o número de bovinos abatidos, em geral, foi de 27,54 milhões em 2021 (redução 7,8% em relação a 2020 e 15% em 2019).

Na opinião de Alcides Torres, consultor e diretor da Scot Consultoria, os números mostram de imediato o quanto a estratégia vem se consolidando no país como ferramenta de profissionalização, redução de ciclo e fonte de produção de carne de maior qualidade. Em relação ao perfil dos pecuaristas que o utilizam, ele atenta para algumas demandas.

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“Terceirizar a terminação de animais em sistema intensivo é uma tendência crescente desde o pico da pandemia em 2020. No ano passado, atingiu seu ápice quando os custos de produção, principalmente dieta, ficaram muito caros e os contratos de entrega de animais para abate foram não é mais comemorado”.localiza Torres.

Quanto às despesas, para o especialista é fácil entender que as grandes estruturas de confinamento, muitas hoje ligadas ao grande frigorífico, têm maior poder de barganha em suas compras, pois “adquirem insumos em escala muito maior”; portanto, “mais em conta”.

Na prática, comprar quatro carrinhos de milho é uma coisa; comprar 40 deles é outra bem diferente, até para a logística. Então os menos abastados – pequenos e médios fazendeiros – naquele momento, “preferem entregar seus animais aos boiteis para fazer o serviço, sob alguns modelos de parceria”. Tais modelos de negócios dão agilidade ao sistema e permitem uma substituição mais fluente.

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Na verdade, confina quem já se dá bem com a ferramenta e, por um motivo ou outro, precisa fazer uso das boiteries, obviamente reconhecendo as vantagens de sua profissionalização na especialidade de terminação. “A estratégia tende a se consolidar no futuro, não pelos preços, mas pela eficiência do modelo”, enfatiza o consultor.

Profissionalização das etapas – A especialização, aliás, é uma forte tendência nas diversas etapas da pecuária de corte. O segundo motivo foi a rescisão de contratos, na medida em que os custos inviabilizaram muitos ciclos de engorda, vários contratos não foram cumpridos.

Os bois não chegaram ao anzol. E quem não entregava ainda tinha que pagar multa. Quem não recebeu ficou sem o alimento para que chegasse ao consumidor.

Então, como a roda precisava girar, muitas pessoas desistiram de se confinar em casa e foram buscar a segurança das boites. Além disso, nos confinamentos de frigoríficos, principalmente, os animais muitas vezes já estão engordando com seguro, obtido por meio de contrato a termo, venda no mercado de opções, etc.

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A MFG Agropecuária é uma empresa que ficou em segundo lugar entre as maiores do segmento, segundo levantamento da edição de agosto de 2022 da Revista DBOe tem mais de 520 parceiros na engorda de animais em todo o Brasil.

SAIBA MAIS | Revista DBO | O top 20 de engorda de cocho no Brasil

Vanderlei Finger, gerente de compras de animais do confinamento do Grupo Marfrig, explica que basicamente todos são pecuaristas. No entanto, olhando para cada caso, é possível destacar, por exemplo, que há um perfil mais investidor, aquele que tem rebanhos próprios na fazenda, mas compra animais de terceiros para serem entregues e terminados pelo MFG. Para Finger, “esses apenas vislumbram ganhos”, embora 2022 não tenha se mostrado tão atraente.

Eficiência e qualidade – Ainda tem quem procura intensificar seus sistemas e quem realmente precisa de um backup, socorro.

Todos querem maior lucratividade, mais produtividade medida em @/ha/ano e produzir carcaças de maior qualidade. É aqui, no primeiro grupo, que surgem os recreadores, cada vez mais profissionalizados.

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Vista aérea da Captar Agronegócios, no oeste baiano, região com bastante insumos para a engorda do gado.

Estes estão comprando bem os bezerros de trabalho e colocando sua própria estrutura para recriar com cada vez mais tecnologia. Querem agilidade e bons ganhos. Ao final da criação, agora em 12 a 14 meses e não mais em dois anos, eles precisam desovar a produção e encontrar espaço na fazenda para ocupar novamente rapidamente.

“A alternativa é vender para terminadores a pasto ou em confinamento”diz Danilo Figueiredo, zootécnico e diretor de operações da Captar Agrobusiness, empresa com atuação em Luiz Eduardo Magalhães (BA) que, em 2022, terminará com 80 mil cabeças.

Para Figueiredo, esses pecuaristas também podem formar parcerias de engorda. Esses agentes são aqueles que deixaram de terminar o gado em seu próprio pasto, pois é “fim da linha” para eles. Sua contribuição para a cadeia foi cumprida. O próximo passo é agora com um terceiro que irá realizá-lo melhor e de forma mais lucrativa para todos.

Na terminação, entregavam gado de até 12 ou 13 arrobas, considerando o modelo intensivo como a melhor forma de garantir o “boi da china”, carne abatida entre 20 e 21 arrobas finais (animais de até 4 dentes), condição que em a engorda do pasto nem sempre é possível.

Fonte: Portal DBO

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