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Pecuarista reduz custos em até seis vezes com sistema a pasto

Um pecuarista do Rio Grande do Sul conseguiu reduzir em até seis vezes o dispêndio de produção na geração de manada e ainda aumentar a produtividade do rebanho em quatro cabeças por hectare. Ganhos no manejo do rebanho foram obtidos com a substituição do padrão de confinamento e semiconfinamento por um sistema de produção 100% a pasto.

Segundo o pecuarista Guilherme Bierhols, a mudança para esse sistema trouxe resultados satisfatórios. “Em confinamento e com o cimeira preço do grão, consigo lucrar R$ 100 por bicho, enquanto no sistema a pasto posso chegar a R$ 600”. A Bierhols cria 2.600 cabeças de manada em uma extensão arrendada de 1.900 hectares no município de Viamão.

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Essa é uma conta que o pecuarista precisa permanecer cauteloso. Enquanto o preço da arroba se aproxima de patamares históricos, o dispêndio de reposição também atinge valores recordes, tanto na compra de bezerros quanto na obtenção de insumos.

No Mato Grosso, por exemplo, o preço do milho aumentou 80% em um ano. Com *isso*, o número de animais terminados em cocho deve desabar 20% em 2020 em relação ao ano pretérito. Para completar, foram desativadas 12 unidades frigoríficas no estado, que tinha a menor capacidade instalada desde 2010.

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Segundo o pesquisador Rodrigo Amorim, da Embrapa Mancheia de Golpe, da lavoura a pasto a produtividade pode chegar a 40 arrobas por hectare por ano. “Em uma grande extensão de pastagem, com adubação e bom manejo, é provável chegar a esses números. Porém, em locais menores a realização de 10 a 15 arrobas por ano, o que é um resultado satisfatório”, concluiu.

Além do menor dispêndio, outra vantagem do padrão 100% a pasto é atender um consumidor cada vez mais interessado em processos sustentáveis. Segundo Bierhols, essa novidade verdade pode trazer ainda mais rentabilidade ao produtor.

“É uma mesocarpo que está sendo cada vez mais reconhecida em todo o mundo pela sua qualidade, por ser uma mesocarpo verdejante e saudável. Isso tudo dentro desse contexto de sustentabilidade, saúde e unir tudo isso com o produtor ganhando quantia, o que também nos interessa”, finalizou.

**Nascente texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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