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Semana marcada por leve recuperação dos preços do boi gordo em alguns mercados brasileiros • Portal DBO

    Semana marcada por leve recuperacao dos precos do boi gordo

    A menor oferta de animais terminados, associada ao encurtamento das escalas de abate em alguns frigoríficos, agitou o mercado físico ao longo desta semana, alimentando a possibilidade de uma recuperação mais consistente dos preços da arroba bovina, relatam analistas da IHS Markit.

    Ao mesmo tempo, a consistência no fluxo de embarques de proteínas para o exterior, além da aproximação do período de maior consumo interno de cortes bovinos (no último mês do ano), trouxe muitas indústrias de volta à compra de gado gordo, acrescenta a consultoria.

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    Com isso, a estagnação da arroba observada nas últimas semanas deu lugar a um movimento de preços mais firme. “Uma janela de oportunidade para novos máximos parece estar a ganhar terreno”enfatiza o IHS.

    Neste momento, a oferta de animais para abate está mais enxuta em algumas importantes regiões produtoras do país. 🇧🇷

    Ao mesmo tempo, dizem os analistas do IHS, os volumes de gado comercializados pela modalidade forward (vendas antecipadas, por meio de parcerias em boites e/ou com grandes confinamentos) também se mostram mais enxutos, situação que tem resultado no encurtamento de as escalas dos matadouros nas indústrias frigoríficas.

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    Assim, com a necessidade de criar gado no mercado ver, as indústrias se deparam com a baixa disponibilidade de lotes dos pecuaristas, reflexo do período de entressafra (do rebanho terminado ao pasto, além de um menor alojamento dos animais durante o segundo ciclo de confinamento).

    Especialmente nesta sexta-feira (21/11), segundo dados da Scot Consultoria, foram observados negócios acima da referência nas praças do interior de São Paulo, mas as vendas não foram suficientes para alterar (para cima) os patamares de preços.

    No entanto, os preços do gado destinado à exportação (o chamado “boi-china”, abatido mais jovem, com até 30 meses), subiram R$ 5/@ nesta sexta-feira, no mercado paulista, fechando em R$ 285/@ (preço bruto e a termo), informa Scot.

    Por sua vez, como mencionado acima, a referência do gado gordo “comum” (voltado principalmente para o mercado interno) continua valendo R$ 275/@ em São Paulo, enquanto as vacas gordas e novilhas são comercializadas por R$ 260/@ e R$ 270/@ (preços brutos e prazo), acrescenta Scot.

    Entre outros grandes pólos pecuários do Brasil, a IHS Markit registrou variações positivas em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Maranhão.

    No mercado do MS, a firmeza dos preços locais do boi gordo continua ditada pelo desempenho dos pequenos e médios abatedouros, que movimentam até R$ 270/@ (valor bruto, à vista), informa o IHS.

    “Exportadores do MS continuam optando por abater lotes de animais fechados a prazo, e sinalizam valores em torno de R$ 265/@, bruto, a prazo”ele adiciona.

    Em Goiás, as indústrias tiveram que sinalizar aumentos nos preços do boi gordo para estimular novos negócios que permitissem a evolução das escalas de abate.

    Em MG, as escalas de abate estão muito apertadas, com menos de quatro dias, o que vem incentivando a firmeza nos preços da arroba, aponta o IHS.

    No Maranhão, a demanda mais ativa por animais terminados foi acompanhada de preços mais firmes, voltados para o mercado externo.

    A exceção do dia foi o Rio Grande do Sul, onde o frio e a irregularidade das chuvas geraram estresse aos animais, perda de peso e levaram alguns pecuaristas a liquidar alguns lotes, observa o IHS.

    Ao mesmo tempo, as indústrias locais estão mais cautelosas na compra de animais para abate, esperando um aumento nas vendas no atacado, acrescenta a consultoria.

    Nas demais regiões pecuárias, continua o IHS, não foi possível captar novas variações, embora o quadro ainda seja de preços sustentados.

    No interior de São Paulo, por exemplo, depois das altas dos últimos dias, muitas indústrias passaram a limitar a compra de gado gordo e trabalhar com gado de termo.

    Os poucos relatos de negócios em São Paulo envolveram lotes de novilhas pesadas (14 a 16 arrobas). Nesse caso, os pecuaristas conseguem preços quase em linha com o valor do macho, justifica o IHS.

    atacado firme – Em relação ao mercado atacadista, a baixa liquidez no momento ainda se baseia na sazonalidade do período, marcada pelo menor poder aquisitivo da população na segunda quinzena do mês, devido à maior distância do período de pagamento de salários, no início de cada mês.

    “No entanto, diferentemente das condições anteriores, não há registro de excedentes de mercadorias, o que sustenta os preços da carne bovina”observa o IHS.

    Segundo a consultoria, os reajustes nos preços dos cortes bovinos são adotados tempestivamente, visando manter um fluxo minimamente consistente do escoamento da produção.

    “Desta forma, algumas concessões de preços devem ser informadas para liquidar qualquer excesso de volume nas câmaras frigoríficas”acrescenta o IHS.

    No entanto, as expectativas se voltam para a próxima semana, marcada pela maior entrada de salários, 13º salário e Copa do Mundo do Brasil – onde tem festa, tem churrasco com cortes bovinos, de longe a proteína preferida do consumidor brasileiro.

    Exportações seguem em bom ritmo – Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o preço médio da carne in natura exportada pelo Brasil nas três primeiras semanas de novembro foi de US$ 5.291,7/ton.

    Isso representa um aumento de 7,3% em relação ao valor médio de novembro/2021. Porém, na comparação mensal, o preço médio apresenta queda de 9,6% em relação ao praticado em outubro/22.

    “A China tem negociado contratos a preços mais baixos”justificam os analistas do IHS.

    O volume exportado atingiu 98,39 mil toneladas nos 12 dias úteis de novembro/22. No ano passado, o mês de novembro encerrou com 81,17 mil toneladas.

    É bom lembrar que, em outubro/21, o Brasil foi impedido de exportar carne bovina para a China, devido ao registro de casos atípicos de “vaca louca” em MG e MT.

    A média diária embarcada nas três primeiras semanas de novembro foi de 8,2 mil toneladas e, seguindo esse ritmo, as exportações do mês podem chegar a um total de 172,2 mil toneladas, prevê o IHS.

    Cotações máximas para homens e mulheres nesta sexta-feira, 25/11
    (Fonte: IHS Markit)

    SP-Noroeste:

    carne bovina a R$ 283/@ (prazo)
    vaca a R$ 266/@ (prazo)

    MS-Gold:

    carne bovina a R$ 261/@ (à vista)
    vaca a R$ 246/@ (dinheiro)

    MS-C.Grande:

    carne bovina a R$ 263/@ (prazo)
    vaca a R$ 246/@ (prazo)

    MS-Três Lagoas:

    carne bovina a R$ 261/@ (prazo)
    vaca a R$ 243/@ (prazo)

    MT-Cáceres:

    carne bovina a R$ 251/@ (prazo)
    vaca a R$ 226/@ (prazo)

    MT-Tangará:

    carne bovina a R$ 251/@ (prazo)
    vaca a R$ 226/@ (prazo)

    MT-B. Garças:

    carne bovina a R$ 244/@ (prazo)
    vaca a R$ 225/@ (prazo)

    MT-Cuiabá:

    carne bovina a R$ 246/@ (dinheiro)
    vaca a R$ 225/@ (dinheiro)

    MT-Collider:

    carne bovina a R$ 242/@ (à vista)
    vaca a R$ 229/@ (dinheiro)

    GO-Goiânia:

    carne bovina a R$ 273/@ (prazo)
    vaca R$ 261/@ (prazo)

    Vá para o sul:

    carne bovina a R$ 273/@ (prazo)
    vaca a R$ 258/@ (prazo)

    PR-Maringá:

    carne bovina a R$ 276/@ (à vista)
    vaca a R$ 266/@ (dinheiro)

    MG-Triângulo:

    carne bovina a R$ 276/@ (prazo)
    vaca a R$ 256/@ (prazo)

    MG-BH:

    carne bovina a R$ 271/@ (prazo)
    vaca a R$ 266/@ (prazo)

    BA-F. Santana:

    carne bovina a R$ 269/@ (à vista)
    vaca a R$ 259/@ (dinheiro)

    RS-Porto Alegre:

    carne bovina a R$ 285/@ (à vista)
    vaca a R$ 261/@ (dinheiro)

    RS-Fronteira:

    carne bovina a R$ 276/@ (à vista)
    vaca a R$ 249/@ (dinheiro)

    PA-Marabá:

    carne bovina a R$ 253/@ (prazo)
    vaca a R$ 243/@ (prazo)

    PA-Resgate:

    carne bovina a R$ 253/@ (prazo)
    vaca a R$ 243/@ (prazo)

    PA-Paragominas:

    carne bovina a R$ 259/@ (prazo)
    vaca a R$ 251/@ (prazo)

    TO-Araguaína:

    carne bovina a R$ 266/@ (prazo)
    vaca a R$ 256/@ (prazo)

    TO-Gurupi:

    carne bovina a R$ 271/@ (à vista)
    vaca a R$ 253/@ (dinheiro)

    RO-Cacoal:

    carne bovina a R$ 236/@ (à vista)
    vaca a R$ 222/@ (dinheiro)

    RJ-Campos:

    carne bovina a R$ 276/@ (prazo)
    vaca a R$ 258/@ (prazo)

    MA-Açailândia:

    carne bovina a R$ 266/@ (à vista)
    vaca a R$ 241/@ (dinheiro)

    Fonte: Portal DBO