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Revolução tecnológica para produtores de café

Sumário

1. O que é Agricultura 4.0?

1.1 Agricultura de Precisão

1.2 Big Data

1.3 Internet das Coisas

2. Ferramentas tecnológicas na cafeicultura 4.0

2.1 Softwares de gestão

2.2 Drones

2.3 Índices de vegetação NDVI

2.4 Automação de sistemas de irrigação

2.5 Telemetria em máquinas agrícolas

Introdução

O impacto da tecnologia na agricultura

Nos últimos anos, a revolução tecnológica tem transformado diversos setores da economia mundial, e o agronegócio não está imune a esse processo. A agricultura 4.0, também conhecida como agricultura digital, tem se estabelecido como um conjunto de ferramentas tecnológicas no campo, otimizando as demandas do setor e tornando as tarefas mais eficientes. Nesse contexto, a cafeicultura 4.0 surge como uma oportunidade para aumentar a produtividade e superar os desafios enfrentados pelos cafeicultores. Neste artigo, exploraremos algumas das principais ferramentas tecnológicas disponíveis na cafeicultura 4.0, como softwares de gestão, drones, índices de vegetação NDVI, automação de sistemas de irrigação e telemetria em máquinas agrícolas. Veremos como essas tecnologias podem auxiliar os cafeicultores no manejo de suas lavouras, proporcionando maior eficiência e melhores resultados.

Nos últimos anos, os mais diversos setores da economia mundial vêm passando por uma transformação tecnológica.

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O agronegócio, um dos mais importantes setores da economia mundial, não ficou de fora dessa revolução tecnológica por meio da denominada agricultura 4.0, também conhecida como agricultura digital.

 

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O que é Agricultura 4.0?

A agricultura 4.0 é um conjunto de ferramentas tecnológicas no agronegócio. Nela, a Agricultura de Precisão, a Big Data e a Internet das Coisas, trabalham em conjunto para otimizar as demandas do campo, tornando as tarefas mais eficientes. 

Na cafeicultura 4.0, as novas tecnologias disponíveis podem aumentar a produção e otimizar as etapas do processo produtivo da semente à xícara. Além disso, podem auxiliar os cafeicultores a superar os desafios que aparecem ao longo do ciclo produtivo, tais como doenças e pragas, crise climática e escassez de mão de obra. 

Tudo isso por meio de um conjunto de tecnologias digitais integradas e conectadas via através de softwares, sistemas e sensores, permitindo que os cafeicultores coloquem a agricultura de precisão em prática nas suas lavouras.

Veja a seguir, algumas ferramentas tecnológicas que podem auxiliar os cafeicultores no manejo de suas lavouras.

Softwares de gestão

Os softwares de gestão são uma excelente ferramenta tecnológica nas propriedades rurais, seja na administração do escritório ou de toda a produção cafeeira. 

Nele, o cafeicultor consegue planejar e monitorar todas as etapas das lavouras de café, desde o planejamento de plantio até o beneficiamento e comercialização, permitindo uma melhor alocação e gerenciamento dos recursos humanos, financeiros e materiais da propriedade.

SGAGRI Software de gestão Agrícola do grupo Rehagro

Drones 

Os drones vêm sendo cada vez mais utilizados nas lavouras de café no Brasil, sendo uma ótima ferramenta para substituir as aplicações costais (principalmente nas áreas de cafeicultura de montanha). 

Os drones são capazes de realizar voos rasantes e em diferentes velocidades. Isso somado ao seu pequeno porte, possibilita a pulverização dos produtos químicos com maior precisão, aumentando a efetividade e reduzindo os custos operacionais. 

Em regiões montanhosas onde não é possível o uso de tratores, os drones podem se tornar uma ferramenta indispensável, devido à crescente escassez de mão de obra que vem se agravando nas últimas safras em diversas regiões cafeeiras do país.

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Índices de vegetação NDVI

Por meio de imagens geradas por sensores acoplados em satélites e drones, é possível ter acesso ao índice de vegetação NDVI (Normalized Difference Vegetation Index).

O índice NDVI pode ser utilizado no monitoramento remoto das lavouras de café, possibilitando o produtor a monitorar uma série de problemas que afetam as lavouras, como a incidência de pragas, doenças nas lavouras, estado nutricional e estresse hídrico.

Para a obtenção de uma imagem de NDVI, os cálculos consideram a energia que é absorvida e refletida pelo cafeeiro de acordo com a energia solar que atinge a mesma.

O cálculo do NDVI é realizado com base nas bandas espectrais, captadas por sensores que consideram espectro infravermelho próximo (NIR) que está relacionado com a composição celular das plantas e o infravermelho visível (RED), região do espectro com maior absorção pela clorofila.

Assim, quando há alguma alteração no desenvolvimento da cultura, seja pela ocorrência de pragas, doenças, deficiências nutricionais ou escassez hídrica, a planta altera sua absorção e reflectância das luzes incidentes, o que interfere diretamente nos índices NDVI.

Ilustração com a Interpretação dos valores do índice NDVI

Interpretação dos valores de NDVI (Fonte: Ernani Zimmermann)

As imagens de NDVI, na maior parte das vezes, possuem escalas variando de -1 a 1. Os valores próximos a 1, são cafeeiros verdes e sadios, com alta concentração de clorofila. Já os valores próximos a 0 estão relacionados à presença de rochas e solo exposto. 

O gráfico abaixo mostra o monitoramento do NDVI de plantas de café, ao longo de um ano, submetidas a diferentes técnicas de manejo, envolvendo coberturas do solo e condicionadores de solo.

Gráfico do monitoramento NDVI de plantas de café com diferentes manejos

Evolução dos valores de NDVI em cafeeiros submetidos a diferentes técnicas de manejo (Fonte: Larissa Cocato, consultora técnica do Rehagro).

Automação de sistemas de irrigação

Essa ferramenta tecnológica é uma peça chave na busca da rentabilidade da atividade cafeeira, uma vez que ela reduz não só erros humanos de má operação, como também o consumo de insumos e energia elétrica, além de promover um uso mais racional dos recursos hídricos. 

Os sistemas de irrigação automatizados possuem um controlador eletrônico responsável por armazenar e processar as informações inseridas nele, fazendo com que o equipamento trabalhe de forma ordenada e com eficácia.

Os controladores permitem a programação prévia dos horários de partida de irrigação, o tempo de irrigação em minutos e horas, lâmina de água a ser aplicada em cada setor de irrigação, além de possibilitar um monitoramento constante e remoto dos parâmetros da irrigação, possibilitando uma intervenção rápida para solucionar possíveis problemas operacionais que afetem o sistema. 

Além disso, podem ainda ser acoplados a diversos tipos de sensores distribuídos ao longo da lavoura, que coletam informações como controle de umidade do solo e sensores de chuva para abastecer a inteligência artificial dos sistemas automatizados de irrigação para uma melhor tomada de decisão quanto ao manejo de irrigação.

Lavoura de café irrigada

Lavoura de café irrigada (fonte: Gilson Pereira)

Telemetria em máquinas agrícolas

O termo telemetria tem origem na palavra grega tele, que significa remoto, e metron que significa medida. Essa ferramenta tecnológica foi inicialmente desenvolvida para ser utilizada em competições automobilísticas, por exemplo, a Fórmula 1.

Nos últimos anos, porém, essa tecnologia vem sendo implantada nos mais diversos tipos de maquinários utilizados na cafeicultura, como as colhedoras, tratores e caminhões de transporte. 

A telemetria funciona por meio de sensores inseridos na máquina, que identificam parâmetros como: 

  • Quantidade de combustível consumido 
  • Distância percorrida durante o dia 
  • Velocidade, rotação e temperatura do motor

Estas informações são enviadas para um banco de dados, possibilitando identificar irregularidades, por menores que sejam. Assim, o produtor poderá encaminhar a máquina para manutenção, antes que o problema se agrave e o aparelho fique parado por um longo tempo. Também é possível obter o apontamento detalhado do rendimento operacional de cada máquina. 

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Ernani Zimmermann

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Nos últimos anos, tem havido uma revolução tecnológica em diversos setores da economia mundial, incluindo o agronegócio. A agricultura, sendo um dos mais importantes setores da economia global, também tem sido impactada por essa transformação tecnológica, conhecida como agricultura 4.0 ou agricultura digital.

A agricultura 4.0 é um conjunto de ferramentas tecnológicas aplicadas no agronegócio. Essas tecnologias, como a Agricultura de Precisão, Big Data e a Internet das Coisas, são utilizadas para otimizar as demandas relacionadas ao campo, tornando as tarefas agrícolas mais eficientes e produtivas.

No caso da cafeicultura 4.0, as novas tecnologias disponíveis podem contribuir para aumentar a produção e otimizar diferentes etapas do processo produtivo, desde o plantio até o momento em que o café chega à xícara do consumidor. Além disso, essas tecnologias podem auxiliar os cafeicultores a superarem desafios como doenças e pragas, crises climáticas e escassez de mão de obra.

Para colocar a agricultura de precisão em prática nas lavouras, os cafeicultores podem utilizar um conjunto de tecnologias digitais integradas e conectadas através de softwares, sistemas e sensores. A seguir, apresentaremos algumas ferramentas tecnológicas que podem auxiliar os cafeicultores no manejo de suas lavouras.

– Certamente, os softwares de gestão são ferramentas tecnológicas muito úteis nas propriedades rurais. Eles podem ser utilizados tanto na administração do escritório como na gestão de toda a produção cafeeira. Com eles, os cafeicultores podem planejar e monitorar todas as etapas das lavouras, desde o planejamento de plantio até o beneficiamento e comercialização, permitindo uma melhor alocação e gerenciamento dos recursos humanos, financeiros e materiais da propriedade. O SGAGRI, software de gestão agrícola desenvolvido pelo grupo Rehagro, é um exemplo de ferramenta que pode contribuir para a gestão eficiente das lavouras.

– Os drones têm sido cada vez mais utilizados nas lavouras de café no Brasil e são uma ótima ferramenta para substituir as aplicações costais, principalmente nas áreas de cafeicultura em regiões montanhosas. Essas aeronaves remotamente pilotadas são capazes de realizar voos rasantes e em diferentes velocidades, o que permite pulverizar os produtos químicos com maior precisão, aumentando a efetividade e reduzindo os custos operacionais. Além disso, os drones podem se tornar indispensáveis devido à crescente escassez de mão de obra nas regiões cafeeiras.

– O índice de vegetação NDVI (Normalized Difference Vegetation Index), que pode ser obtido por meio de imagens geradas por sensores acoplados em satélites e drones, é uma ferramenta que possibilita o monitoramento remoto das lavouras de café. Com o NDVI, o produtor pode monitorar problemas como incidência de pragas, doenças, estado nutricional e estresse hídrico das lavouras. Ao analisar as imagens de NDVI, é possível identificar regiões com maior concentração de clorofila, o que indica plantas saudáveis, assim como regiões com solo exposto ou problemas de desenvolvimento nas lavouras. Essas informações podem auxiliar o cafeicultor na tomada de decisões relacionadas ao manejo das lavouras.

– A automação de sistemas de irrigação é uma ferramenta tecnológica essencial para a atividade cafeeira, pois reduz erros humanos, consumo de insumos e de energia elétrica, além de promover um uso mais racional dos recursos hídricos. Com sistemas de irrigação automatizados, é possível programar os horários de irrigação, definir a lâmina de água a ser aplicada em cada setor de irrigação e monitorar constantemente os parâmetros da irrigação. Além disso, esses sistemas podem ser acoplados a sensores que coletam informações como umidade do solo e chuva, o que permite uma melhor tomada de decisão quanto ao manejo da irrigação.

– A telemetria, tecnologia inicialmente desenvolvida para competições automobilísticas como a Fórmula 1, tem sido implantada em maquinários utilizados na cafeicultura, como colhedoras, tratores e caminhões de transporte. A telemetria funciona por meio de sensores instalados nas máquinas, que coletam informações como consumo de combustível, distância percorrida e temperatura do motor. Essas informações são enviadas para um banco de dados, permitindo identificar irregularidades e realizar manutenções preventivas, evitando que a máquina fique parada por um longo período de tempo. A telemetria também permite obter o rendimento operacional de cada máquina, levando a uma melhor gestão dos recursos e aumento da produtividade.

Essas são apenas algumas das ferramentas tecnológicas disponíveis para os cafeicultores na era da agricultura 4.0. A utilização dessas tecnologias pode trazer inúmeros benefícios para a cafeicultura, como aumento da produtividade, otimização dos recursos, redução de custos e melhor qualidade do café produzido. Portanto, é fundamental que os cafeicultores estejam atentos às novas tecnologias e busquem aproveitar ao máximo seu potencial para impulsionar o setor cafeeiro rumo ao futuro.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Em conclusão, a agricultura 4.0, ou agricultura digital, tem mostrado um grande potencial para otimizar as operações no setor do agronegócio, incluindo a cafeicultura. As ferramentas tecnológicas como softwares de gestão, drones, índices de vegetação NDVI, automação de sistemas de irrigação e telemetria em máquinas agrícolas permitem aos cafeicultores maior eficiência, precisão e controle no manejo de suas lavouras. Essas tecnologias possibilitam a adoção da agricultura de precisão, garantindo uma produção mais sustentável e enfrentando os desafios atuais do setor.

Pergunta 1: O que é Agricultura 4.0?
Resposta 1: A agricultura 4.0 é um conjunto de ferramentas tecnológicas no agronegócio que busca otimizar as demandas do campo por meio da Agricultura de Precisão, Big Data e Internet das Coisas.

Pergunta 2: Como as tecnologias da agricultura 4.0 podem auxiliar os cafeicultores?
Resposta 2: As tecnologias da agricultura 4.0 podem auxiliar os cafeicultores no aumento da produção, otimização do processo produtivo, enfrentamento de desafios como doenças e pragas, crise climática e escassez de mão de obra.

Pergunta 3: Quais são as ferramentas tecnológicas que podem auxiliar os cafeicultores no manejo de suas lavouras?
Resposta 3: Algumas das ferramentas tecnológicas que podem auxiliar os cafeicultores são softwares de gestão, drones, índices de vegetação NDVI, automação de sistemas de irrigação e telemetria em máquinas agrícolas.

Pergunta 4: Como os softwares de gestão podem auxiliar os cafeicultores?
Resposta 4: Os softwares de gestão permitem aos cafeicultores planejar, monitorar e gerenciar todas as etapas das lavouras de café, desde o plantio até o beneficiamento e comercialização, possibilitando uma melhor alocação e gerenciamento dos recursos da propriedade.

Pergunta 5: Como a telemetria em máquinas agrícolas pode ajudar os cafeicultores?
Resposta 5: A telemetria em máquinas agrícolas permite aos cafeicultores monitorar parâmetros como consumo de combustível, distância percorrida e temperatura do motor, identificando possíveis irregularidades e possibilitando uma manutenção preventiva, evitando paradas prolongadas das máquinas.

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