Pular para o conteúdo

Agro acumula mais de R$ 4 bilhões em financiamentos do FCO Rural em Goiás

    Agro acumula mais de R 4 bilhoes em financiamentos do

    Em quatro anos, com redução do tíquete médio e prioridade para pequenos produtores, o Fundo ampliou sua abrangência, com 3.266 cartas-consulta aprovadas e estimativa de geração de 8.400 empregos diretos em 192 municípios

    Ao oferecer crédito com juros baixos e prazos adequados à realidade dos produtores rurais, o Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) tornou-se uma importante ferramenta de apoio ao setor agropecuário. Nos últimos quatro anos, o FCO cumpriu sua missão primordial e foi além: tornou-se acessível a um maior número de empreendedores, principalmente pequenos e médios. Os números bateram recordes. De 2019 a 2022, a Câmara Deliberativa do Conselho Estadual de Desenvolvimento aprovou 3.266 cartas-consulta da linha FCO Rural, o volume de financiamentos autorizados chegou a R$ 4 bilhões e a estimativa de empregos diretos gerados chegou a 8.440, beneficiando 192 municípios de todas as regiões do Goiás.

    Patrocinadores

    “Estamos trazendo igualdade de oportunidades para pequenas e médias empresas. Antes, o FCO estava nas mãos de poucos goianos. Agora há uma distribuição para que chegue a todos. Se houver crédito mais barato, todo mundo deveria ter acesso”, explica o governador Ronaldo Caiado, que, ao tomar posse em 2019, determinou a dispersão de recursos e a ampliação do foco nos pequenos produtores.

    A evolução fica evidente na comparação entre os anos de 2018 e 2022. Em 2018, foram aprovadas 286 cartas-consulta ao FCO Rural, com tíquete médio de R$ 3,8 milhões e estimativa de geração de 1.963 empregos em 93 municípios. Os recursos ficaram assim distribuídos: 65,12% para mini, pequenos e pequenos-médios estabelecimentos; 14,14% para médio porte; e 20,74% para grandes empresas.

    Patrocinadores

    Em 2022, foram concedidas 1.423 cartas (1.137 a mais que em 2018), com tíquete médio de R$ 1,2 milhão e estimativa de geração de 2.590 empregos em 163 municípios. Nesse caso, a distribuição dos recursos foi de 77,41% para estabelecimentos rurais de mini, pequeno e pequeno-médio porte; 22,35% para portes médio e médio-grande; e 0,24% para grandes empresas.

    A Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) integra a Câmara Deliberativa do Conselho Estadual de Desenvolvimento e é responsável por analisar as cartas-consulta ao FCO Rural. “A redução de 67% no tíquete médio de financiamento de 2018 para 2022 prova que cumprimos a missão dada pelo governador. Beneficiamos mais produtores e levamos desenvolvimento para todas as regiões do estado”, enfatiza o titular da pasta, Tiago Mendonça.

    investimentos

    Em Goiás, a maior parte dos recursos foi utilizada, nos últimos quatro anos, em investimentos em máquinas e implementos, matrizes e reprodutores, correção de solo, benfeitorias, aviários, irrigação, pastagens e armazenamento. A aquisição de sistemas fotovoltaicos também está entre os itens mais citados nos projetos de financiamento aprovados. Essas propostas têm uma linha especial, que vem recebendo maior atenção desde 2019: a chamada Linha Verde. Desde então, a Câmara Deliberativa do Conselho Estadual de Desenvolvimento aprovou 94 cartas-consulta para aquisição de sistemas fotovoltaicos. O volume de financiamentos autorizados totalizou R$ 99 milhões.

    “O FCO Rural sempre teve um papel importante no avanço da produção e produtividade agrícola, proporcionando a renovação de maquinário, melhoramento genético e outras melhorias. Com a expansão da Linha Verde, ela também se tornou uma ferramenta estratégica para incentivar o avanço da sustentabilidade agrícola”, destaca o superintendente de Produção Rural Sustentável da Seapa, Donalvam Maia. “Esse é hoje um tema crucial para a conquista de novos mercados e Goiás está muito bem posicionado nesse quesito, tanto que vem batendo sucessivos recordes de crescimento na produção e nas exportações”, argumenta.

    O agricultor Marcello Mamedes dos Santos conseguiu seu segundo empréstimo neste ano. Criador de gado de corte em Bela Vista de Goiás, ele está investindo a maior parte de seus recursos na melhoria da estrutura da fazenda, com a construção de novas cercas e currais, colocação de bebedouros e até recuperação e formação de pastagens. Outra parte, menor, foi utilizada na aquisição de matrizes. O objetivo é aumentar a taxa de lotação dos animais por hectare e obter um ganho de produtividade em torno de 15%. “Esse ano os juros foram impactados pela Selic e estão um pouco mais altos, e a liberação dos recursos pelas instituições financeiras poderia ser mais rápida, mas o FCO Rural continua sendo um importante instrumento de fomento à atividade agrícola. Estamos confiantes de que teremos bons resultados”, afirma.

    Com experiência anterior em instituições financeiras privadas, o gerente de Inteligência de Mercado da Seapa, Petherson Santana, acompanhou a evolução do FCO ao longo dos anos. “Quando comecei a trabalhar na rede bancária, em 2006, o FCO era uma linha muito exclusiva, de difícil acesso e informação. Hoje a realidade é outra”, relata. O Fundo vive atualmente uma verdadeira revolução tecnológica, com a implantação de um processo 100% digital de tramitação de propostas. “A partir de 2023, com o Sistema de Carta-Consulta Digital FCO, todo o processo ganhará ainda mais agilidade e transparência, desde a inclusão da proposta até o desembolso, passando pela etapa de análise técnica da equipe de Gestão de Inteligência de Mercado da Seapa”, ele garantias.

    Outro ponto fundamental, acrescenta Santana, é a ampliação do número de sócios que operam os recursos do FCO em Goiás. “Atualmente, o produtor pode procurar um banco, cooperativa ou GoiásFomento para ter acesso ao crédito com subsídio, trabalhando com quem lhe oferecer o melhor pacote de benefícios”, destaca.



    Fonte: Noticias Agricolas