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Recuperação de pasto: nova fronteira agrícola

Desafios e Oportunidades para o Agronegócio Brasileiro

Agricultura Sustentável em Foco

Recuperação de Pastagens: Caminho para o Futuro

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Sumário

1. Desafio do Agronegócio Brasileiro

2. Recuperação das Áreas Degradadas

2.1 Investimento Necessário

2.2 Captação de Recursos Estrangeiros

3. Profissionalização na Recuperação das Áreas

3.1 Necessidade de Crédito e Assistência Técnica

3.2 Potencial de Intensificação das Áreas degradadas em Mato Grosso

O agronegócio brasileiro enfrenta um desafio para os próximos anos: o País precisa produzir ainda mais alimentos, sem aumentar o desmatamento. Essa equação passa pelos 100 milhões de hectares de pastagens degradadas. É pela recuperação dessa área que o País pode aumentar a sua produção sem desmatar e reduzir a pegada de carbono, seja pelo uso pela pecuária, seja pela conversão para a agricultura, seja pela integração das atividades.

Patrocinadores

Dos 161 milhões de hectares ocupados por pastagem no Brasil, 63% apresentam algum grau de degradação, sobretudo na Amazônia e no Cerrado, segundo dados mais recentes do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig) da Universidade Federal de Goiás (UFG), referentes a 2021. A recuperação das áreas vem ocorrendo, mas há muito para avançar. Hoje, o País converte organicamente de 1 milhão a 2 milhões de hectares de áreas degradadas em áreas agricultáveis por ano, por iniciativa própria dos produtores. Atualmente, o financiamento para conversão de pastagens ocorre por meio do RenovaAgro (antigo Plano ABC+), no Plano Safra.

Agora, o governo federal quer acelerar esse movimento para até 4 milhões de hectares por ano. O objetivo é recuperar 40 milhões de hectares em dez anos, sendo parte destinada novamente à pecuária e outra parte convertida para a agricultura, conforme a aptidão de cada área. “Enquanto muitos países começam a recuar na produção de alimentos, nós vamos intensificar porque sabemos fazer isso com sustentabilidade e respeito ao meio ambiente”, disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, recentemente. “Quando convertemos pastagem degradada que é emissora de gás carbônico em pastagem com tecnologia e grande área foliar há sequestro de carbono.”

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O custo médio estimado pelo ministério para conversão de pastagens é em torno de US$ 3 mil por hectare, o que geraria um investimento total de, no máximo, US$ 120 bilhões (equivalente a R$ 600 bilhões), considerando a meta de recuperação de 40 milhões de hectares em dez anos. Para tal, o governo quer oferecer linhas de crédito direcionadas à conversão para os produtores rurais.

Área desmatada para pasto no município de Curionópolis (PA); recuperação de áreas degradadas pode aumentar a produtividade sem a necessidade de desmatar Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADÃO

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Segundo Carlos Ernesto Augustin, assessor especial do ministro da Agricultura, o objetivo do governo é captar recursos estrangeiros voltados à segurança alimentar com produção de baixo carbono e buscar parcerias com a iniciativa privada para fomentar o programa, sobretudo de fundos soberanos, bancos de investimento e multinacionais do agro. “Há inúmeros interessados em aderir ao programa. A trading Cofco, a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), o Korea Export Import Bankem, fundos da Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos já manifestaram intenção de integrar o projeto”, afirmou.

A ideia é de que a captação de capital estrangeiro ocorra por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como uma espécie de fundo garantidor. Esses recursos serão ofertados aos produtores com taxas de juros mais competitivas e maior limite individual do que o crédito convencional, em nível ainda a ser definido, diz Augustin. A expectativa é a de que o programa seja lançado em 22 de novembro.

Para o presidente do Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac), Caio Penido, além do acesso a crédito ao pecuarista, o processo de recuperação das áreas exige também profissionalização. “O produtor está disposto a intensificar, mas precisa de um financiamento casado com os prazos da pecuária e assistência técnica para que a recuperação seja bem-sucedida. Intensificar e recuperar exige profissionalização, mudança de paradigma e investimento. Não é um processo simples”, observou Penido.

Penido lembra que somente em Mato Grosso, maior produtor de grãos e carne bovina do País, mais de 14 milhões de hectares apresentam algum estágio de degradação. “Há o potencial de intensificar essas áreas para produzir mais alimento, fixando carbono no solo. É uma grande oportunidade para o Brasil atender às demandas globais de segurança alimentar e de segurança climática”, apontou. O Imac estuda, ainda, a criação de clusters de produtores próximos às indústrias para acelerar a recuperação dos pastos degradados.

Desafios do Agronegócio Brasileiro

Aumento na Produção sem Desmatamento

O agronegócio brasileiro enfrenta um desafio para os próximos anos: o País precisa produzir ainda mais alimentos, sem aumentar o desmatamento. Essa equação passa pelos 100 milhões de hectares de pastagens degradadas. É pela recuperação dessa área que o País pode aumentar a sua produção sem desmatar e reduzir a pegada de carbono, seja pelo uso pela pecuária, seja pela conversão para a agricultura, seja pela integração das atividades.

Dados sobre a Degradação das Pastagens

Dos 161 milhões de hectares ocupados por pastagem no Brasil, 63% apresentam algum grau de degradação, sobretudo na Amazônia e no Cerrado, segundo dados mais recentes do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig) da Universidade Federal de Goiás (UFG), referentes a 2021. A recuperação das áreas vem ocorrendo, mas há muito para avançar. Hoje, o País converte organicamente de 1 milhão a 2 milhões de hectares de áreas degradadas em áreas agricultáveis por ano, por iniciativa própria dos produtores.

Metas para Recuperação de Áreas Degradadas

Agora, o governo federal quer acelerar esse movimento para até 4 milhões de hectares por ano. O objetivo é recuperar 40 milhões de hectares em dez anos, sendo parte destinada novamente à pecuária e outra parte convertida para a agricultura, conforme a aptidão de cada área. Assim, promover a sustentabilidade e respeito ao meio ambiente, de acordo com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

Custos e Financiamento para Conversão de Pastagens

O custo médio estimado pelo ministério para conversão de pastagens é em torno de US$ 3 mil por hectare, o que geraria um investimento total de, no máximo, US$ 120 bilhões (equivalente a R$ 600 bilhões), considerando a meta de recuperação de 40 milhões de hectares em dez anos. Para tal, o governo quer oferecer linhas de crédito direcionadas à conversão para os produtores rurais.

Recursos Internacionais

Segundo Carlos Ernesto Augustin, assessor especial do ministro da Agricultura, o objetivo do governo é captar recursos estrangeiros voltados à segurança alimentar com produção de baixo carbono e buscar parcerias com a iniciativa privada para fomentar o programa, sobretudo de fundos soberanos, bancos de investimento e multinacionais do agro.

Captação de Recursos e Parcerias

A ideia é de que a captação de capital estrangeiro ocorra por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como uma espécie de fundo garantidor. Esses recursos serão ofertados aos produtores com taxas de juros mais competitivas e maior limite individual do que o crédito convencional, em nível ainda a ser definido, diz Augustin. A expectativa é a de que o programa seja lançado em 22 de novembro.

Desenvolvimento Sustentável e Profissionalização

Para o presidente do Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac), Caio Penido, além do acesso a crédito ao pecuarista, o processo de recuperação das áreas exige também profissionalização. “O produtor está disposto a intensificar, mas precisa de um financiamento casado com os prazos da pecuária e assistência técnica para que a recuperação seja bem-sucedida. Intensificar e recuperar exige profissionalização, mudança de paradigma e investimento. Não é um processo simples”, observou Penido.

Penido lembra que somente em Mato Grosso, maior produtor de grãos e carne bovina do País, mais de 14 milhões de hectares apresentam algum estágio de degradação. o Imac estuda, ainda, a criação de clusters de produtores próximos às indústrias para acelerar a recuperação dos pastos degradados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Desafios e Oportunidades para o Agronegócio Brasileiro

No Brasil, o agronegócio enfrenta o desafio de produzir mais alimentos sem aumentar o desmatamento. Para isso, a recuperação das 100 milhões de hectares de pastagens degradadas se torna crucial. A conversão dessas áreas oferece a oportunidade de aumentar a produção sem prejudicar o meio ambiente, contribuindo para a sustentabilidade e a redução da pegada de carbono.

Degradation of Pasture Lands in Brazil

What percentage of pasture lands in Brazil show some degree of degradation?

According to the most recent data from the Lapig at UFG (2021), 63% of the 161 million hectares of pasture lands in Brazil exhibit some degree of degradation. This is particularly evident in the Amazon and Cerrado regions.

Investment and Recovery Goals

What is the estimated total investment needed for the recovery of 40 million hectares of pasture lands over 10 years?

The estimated average cost for the conversion of pasture lands is about US$3,000 per hectare, totaling a maximum of US$120 billion (equivalent to R$600 billion) considering the ten-year recovery goal of 40 million hectares.

O agronegócio brasileiro enfrenta um desafio para os próximos anos: o País precisa produzir ainda mais alimentos, sem aumentar o desmatamento. Essa equação passa pelos 100 milhões de hectares de pastagens degradadas. É pela recuperação dessa área que o País pode aumentar a sua produção sem desmatar e reduzir a pegada de carbono, seja pelo uso pela pecuária, seja pela conversão para a agricultura, seja pela integração das atividades.

Dos 161 milhões de hectares ocupados por pastagem no Brasil, 63% apresentam algum grau de degradação, sobretudo na Amazônia e no Cerrado, segundo dados mais recentes do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig) da Universidade Federal de Goiás (UFG), referentes a 2021. A recuperação das áreas vem ocorrendo, mas há muito para avançar. Hoje, o País converte organicamente de 1 milhão a 2 milhões de hectares de áreas degradadas em áreas agricultáveis por ano, por iniciativa própria dos produtores. Atualmente, o financiamento para conversão de pastagens ocorre por meio do RenovaAgro (antigo Plano ABC+), no Plano Safra.

Agora, o governo federal quer acelerar esse movimento para até 4 milhões de hectares por ano. O objetivo é recuperar 40 milhões de hectares em dez anos, sendo parte destinada novamente à pecuária e outra parte convertida para a agricultura, conforme a aptidão de cada área. “Enquanto muitos países começam a recuar na produção de alimentos, nós vamos intensificar porque sabemos fazer isso com sustentabilidade e respeito ao meio ambiente”, disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, recentemente. “Quando convertemos pastagem degradada que é emissora de gás carbônico em pastagem com tecnologia e grande área foliar há sequestro de carbono.”

O custo médio estimado pelo ministério para conversão de pastagens é em torno de US$ 3 mil por hectare, o que geraria um investimento total de, no máximo, US$ 120 bilhões (equivalente a R$ 600 bilhões), considerando a meta de recuperação de 40 milhões de hectares em dez anos. Para tal, o governo quer oferecer linhas de crédito direcionadas à conversão para os produtores rurais.

Área desmatada para pasto no município de Curionópolis (PA); recuperação de áreas degradadas pode aumentar a produtividade sem a necessidade de desmatar Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADÃO

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Segundo Carlos Ernesto Augustin, assessor especial do ministro da Agricultura, o objetivo do governo é captar recursos estrangeiros voltados à segurança alimentar com produção de baixo carbono e buscar parcerias com a iniciativa privada para fomentar o programa, sobretudo de fundos soberanos, bancos de investimento e multinacionais do agro. “Há inúmeros interessados em aderir ao programa. A trading Cofco, a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), o Korea Export Import Bankem, fundos da Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos já manifestaram intenção de integrar o projeto”, afirmou.

A ideia é de que a captação de capital estrangeiro ocorra por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como uma espécie de fundo garantidor. Esses recursos serão ofertados aos produtores com taxas de juros mais competitivas e maior limite individual do que o crédito convencional, em nível ainda a ser definido, diz Augustin. A expectativa é a de que o programa seja lançado em 22 de novembro.

Para o presidente do Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac), Caio Penido, além do acesso a crédito ao pecuarista, o processo de recuperação das áreas exige também profissionalização. “O produtor está disposto a intensificar, mas precisa de um financiamento casado com os prazos da pecuária e assistência técnica para que a recuperação seja bem-sucedida. Intensificar e recuperar exige profissionalização, mudança de paradigma e investimento. Não é um processo simples”, observou Penido.

Penido lembra que somente em Mato Grosso, maior produtor de grãos e carne bovina do País, mais de 14 milhões de hectares apresentam algum estágio de degradação. “Há o potencial de intensificar essas áreas para produzir mais alimento, fixando carbono no solo. É uma grande oportunidade para o Brasil atender às demandas globais de segurança alimentar e de segurança climática”, apontou. O Imac estuda, ainda, a criação de clusters de produtores próximos às indústrias para acelerar a recuperação dos pastos degradados.

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