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Recordes de safras no Brasil: soja, milho, sorgo, algodão e trigo.

    Brasil colherá maiores safras já vistas de soja, milho, sorgo e algodão. E, provavelmente, de trigo

    Sumário:

    1. Safra agrícola brasileira em recorde

    1.1 Problemas climáticos e condições favoráveis

    1.2 Projeção para as principais culturas

    1.3 Possíveis impactos das chuvas torrenciais

    2. Produção em alta, preços em queda

    2.1 Alívio de preços para os consumidores

    2.2 Reflexos nos setores de avicultura e suinocultura

    2.3 Redução nos preços de milho, soja e feijão

    2.4 Aumento nas estimativas para a colheita de outros produtos

    Introdução:

    RIO – A safra agrícola brasileira atingirá um recorde de 318,1 milhões de toneladas em 2023, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado representa um salto de 20,9% em relação ao desempenho de 2022, impulsionado por condições climáticas favoráveis e pela expectativa de colheitas recordes de diversas culturas. Neste artigo, analisaremos em detalhes as principais seções dessa safra histórica, além de discutir os efeitos desse aumento de produção nos preços dos alimentos e nas diversas cadeias produtivas do país.

    RIO – A safra agrícola brasileira deve totalizar um recorde de 318,1 milhões de toneladas em 2023, 54,9 milhões de toneladas a mais que o desempenho de 2022, um salto de 20,9%, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de setembro, divulgado nesta terça-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é 4,8 milhões de toneladas superior ao previsto no mês anterior, em agosto, uma alta de 1,5%.

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    “Os problemas climáticos que a gente está vendo agora não influenciam mais nas principais lavouras”, lembrou Carlos Alfredo Guedes, gerente do levantamento do IBGE. “O Centro-Oeste não teve problema climático, pelo contrário, as condições climáticas foram muito boas”, acrescentou.

    A projeção para este ano considera que o Brasil colha as maiores safras já vistas de soja, milho, trigo, sorgo e algodão. Os problemas climáticos na região Sul do País ainda podem impedir a colheita recorde projetada para o trigo, mas as estimativas para soja, milho, sorgo e algodão já estão consolidadas como as maiores já alcançadas pelos produtores brasileiros, afirmou Guedes.

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    “A gente precisa confirmar o trigo ainda, ele não está totalmente colhido”, ponderou Guedes.

    O pesquisador conta que o IBGE divulgará no próximo mês o primeiro prognóstico para a produção agrícola de 2024. Como as informações estão sendo levantadas em campo atualmente, é possível que tragam estimativas de eventuais impactos das chuvas torrenciais sobre a safra esperada para o ano que vem.

    Produção agrícola deve totalizar recorde de 318,1 milhões de toneladas em 2023, um salto de 20,9% em relação a 2022, segundo levantamento do IBGE Foto: Tiago Queiroz/ Estadão

    Para este ano, o trigo e outras culturas de inverno, como a cevada, ainda não foram colhidas. O excesso de chuvas no Rio Grande do Sul, principal produtor, pode prejudicar a produtividade da lavoura na hora da colheita.

    “O excesso de chuvas pode afetar as estimativas de trigo, porque ele perde qualidade. Ele pode não ser destinado a consumo humano”, explicou Guedes.

    Em setembro, a estimativa da produção nacional de trigo para 2023 foi de 10,5 milhões de toneladas, alta de 4,8% em relação a 2022.

    Já a soja deve somar 151,2 milhões de toneladas, uma elevação de 26,5% em relação ao produzido no ano passado. A produção de milho foi estimada em 131,7 milhões de toneladas, com crescimento de 19,6% ante 2022: a lavoura de milho 1ª safra deve somar 28,0 milhões de toneladas, um aumento de 10,1% em relação a 2022, e a de milho 2ª safra deve totalizar 103,8 milhões de toneladas, alta de 22,4%.

    O algodão herbáceo deve alcançar 7,6 milhões de toneladas, avanço de 12,3%, e o sorgo, 4,1 milhões de toneladas, alta de 43,3% ante 2022. A produção do arroz foi de 10,1 milhões de toneladas para 2023, queda de 5,1% em relação ao produzido no ano passado.

    Produção em alta, preços em queda

    Segundo Guedes, de modo geral, a safra recorde mantém a tendência de alívio de preços de alimentos para os consumidores.

    “Com a safra muito grande, os preços caíram bastante, o que é ruim para os produtores, mas traz alívio para as outras cadeias de produção, para o pessoal da avicultura, suinocultura. Eles usam milho nas rações e estavam com custo de produção alto”, citou.

    O pesquisador lembrou que houve redução nos preços dos principais produtos, como milho e soja, mas também no feijão.

    Os produtores ficam preocupados, por conta da redução na margem (de lucro), mas alivia outras cadeias produtoras”, confirmou. “O milho saía a R$ 90, R$ 100 a saca no ano passado. Esse ano, com safra recorde, está saindo em torno de R$ 40, R$ 42 a saca. No Mato Grosso, chega a estar em torno de R$ 35 a saca de 60 kg”, exemplificou.

    A última elevação na projeção para a safra brasileira de grãos deste ano foi puxada por expectativas maiores para a colheita de milho de segunda safra e de soja. Ante o previsto em agosto, houve aumentos nas estimativas para a colheita de batata 2ª safra (alta de 9,4% ou 114,5 mil toneladas), feijão 3ª safra (6,0% ou 44,2 mil toneladas), tomate (5,3% ou 197,5 mil toneladas), milho 2ª safra (4,2% ou 4,2 milhões de toneladas), cevada (4,1% ou 21,5 mil toneladas), sorgo (3,2% ou 128 mil toneladas), cana-de-açúcar (3,1% ou 20,877 milhões de toneladas), algodão herbáceo em caroço (2,1% ou 155,9 mil toneladas), café canephora (1,5% ou 14,9 mil toneladas), café arábica (1,4% ou 32,7 mil toneladas), mandioca (1,3% ou 232,9 mil toneladas) e soja (0,6% ou 888,3 mil toneladas).

    Na direção oposta, houve declínios nas projeções para laranja (-7,9% ou -1,325 milhão de toneladas), trigo (-3,2% ou -347,1 mil toneladas), feijão 2ª safra (-1,9% ou 22,9 mil toneladas), feijão 1ª safra (-1,1% ou -11 mil toneladas), batata 1ª safra (-1,1% ou 19 mil toneladas), milho 1ª safra (-0,7% ou -200 mil toneladas) e aveia (-0,6% ou -7,2 mil toneladas).

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    Safra agrícola brasileira deve atingir recorde de 318,1 milhões de toneladas em 2023

    A produção agrícola brasileira tem uma previsão de alcançar um novo recorde em 2023, com uma estimativa de 318,1 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 20,9% em relação a 2022, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de setembro divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa projeção é 4,8 milhões de toneladas maior do que a estimativa anterior, um aumento de 1,5%.

    Condições climáticas favoráveis no Centro-Oeste impulsionam a produção agrícola

    Apesar dos desafios climáticos enfrentados atualmente, as principais lavouras do país não foram afetadas, especialmente no Centro-Oeste, onde as condições climáticas foram favoráveis, conforme destacou Carlos Alfredo Guedes, gerente do levantamento do IBGE. Esse cenário contribui para a expectativa de colheitas recordes de soja, milho, trigo, sorgo e algodão.

    A colheita de trigo ainda é uma incerteza devido aos problemas climáticos na região Sul do país

    Embora as estimativas para a produção de soja, milho, sorgo e algodão sejam consideradas as maiores já alcançadas pelos produtores brasileiros, a colheita de trigo ainda é uma incógnita devido aos problemas climáticos na região Sul do país. Carlos Alfredo Guedes pondera que é necessário confirmar a colheita do trigo antes de afirmar se será recorde ou não.

    Projeção para a produção agrícola de 2024 será divulgada no próximo mês

    O IBGE divulgará no próximo mês o primeiro prognóstico para a produção agrícola de 2024. Essas informações estão sendo levantadas atualmente em campo, o que possibilita estimar eventuais impactos das chuvas torrenciais sobre a safra esperada para o próximo ano.

    Produção agrícola deve totalizar recorde de 318,1 milhões de toneladas em 2023, um salto de 20,9% em relação a 2022, segundo levantamento do IBGE – Foto: Tiago Queiroz/Estadão

    Impacto da safra recorde na redução dos preços dos alimentos

    A safra recorde tem uma tendência de aliviar os preços dos alimentos para os consumidores. Com uma oferta muito grande, os preços caíram consideravelmente, trazendo alívio para as cadeias de produção, como a avicultura e a suinocultura, que utilizam o milho nas rações. Carlos Alfredo Guedes destaca que houve uma redução nos preços dos principais produtos, como milho, soja e feijão.

    Embora a redução nos preços seja um ponto de preocupação para os produtores, ela também beneficia outras cadeias produtoras. Por exemplo, o milho era vendido a preços muito elevados no ano passado, mas agora, com a safra recorde, está sendo comercializado a preços mais acessíveis. Essa queda nos preços é uma vantagem para setores como a avicultura e a suinocultura, que estão enfrentando altos custos de produção.

    Projeções específicas para as principais culturas

    De acordo com as estimativas do levantamento do IBGE, a produção de soja em 2023 deve atingir 151,2 milhões de toneladas, um aumento de 26,5% em comparação ao ano anterior. Já a produção de milho é estimada em 131,7 milhões de toneladas, com um crescimento de 19,6% em relação a 2022. A lavoura de milho de primeira safra deve chegar a 28,0 milhões de toneladas, um aumento de 10,1%, e a de milho de segunda safra deve totalizar 103,8 milhões de toneladas, um crescimento de 22,4%.

    Outras projeções incluem a produção de algodão herbáceo, que deve alcançar 7,6 milhões de toneladas, um aumento de 12,3%, e a produção de sorgo, prevista para 4,1 milhões de toneladas, um crescimento de 43,3% em relação a 2022. No entanto, a produção de arroz apresenta uma queda de 5,1% em relação ao ano passado, totalizando 10,1 milhões de toneladas para 2023.

    Aumento nas projeções para algumas culturas e queda para outras

    O último levantamento do IBGE mostra um aumento nas projeções para algumas culturas, como batata, feijão, tomate, milho de segunda safra, cevada, sorgo, cana-de-açúcar, algodão herbáceo em caroço, café canephora, café arábica, mandioca e soja. Por outro lado, houve um declínio nas projeções para laranja, trigo, feijão de segunda safra, feijão de primeira safra, batata de primeira safra, milho de primeira safra e aveia.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

    Conclusão

    A projeção de safra agrícola recorde para 2023 no Brasil é um resultado positivo para o setor, indicando um aumento significativo na produção de diversos cultivos. Apesar dos problemas climáticos enfrentados em algumas regiões, as principais lavouras foram favorecidas pelas condições climáticas favoráveis, especialmente no Centro-Oeste do país. No entanto, ainda há cautela quanto à produção de trigo, que está sujeita aos impactos das chuvas torrenciais no Sul do Brasil. De forma geral, essa safra recorde colabora para a queda nos preços dos alimentos, o que traz alívio para diversas cadeias produtivas.

    Perguntas e Respostas

    1. Qual é a projeção para a safra agrícola brasileira em 2023?

    A projeção é de uma safra recorde de 318,1 milhões de toneladas, um aumento de 20,9% em relação a 2022.

    2. Quais são as principais culturas que devem alcançar recordes de produção?

    As maiores safras já vistas são esperadas para soja, milho, trigo, sorgo e algodão.

    3. Quais são os possíveis impactos das chuvas torrenciais na safra de trigo?

    O excesso de chuvas pode prejudicar a qualidade do trigo, tornando-o inadequado para consumo humano.

    4. Como a safra recorde afeta os preços dos alimentos?

    A safra muito grande contribui para a queda nos preços dos alimentos, trazendo alívio para as cadeias produtivas, como avicultura e suinocultura.

    5. Quais são as principais culturas que tiveram aumento nas estimativas de produção?

    Houve aumentos nas estimativas para a colheita de milho de segunda safra e soja, além de batata 2ª safra, feijão 3ª safra, tomate, entre outros.

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