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Produtores Familiares de Santa Catarina investem no turismo rural

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A atividade rural vai muito além da produção agrícola. Com capacitação e apoio, os produtores familiares abrem as portas de suas propriedades para que o mundo conheça a vida ali, com a rotina, os sabores, os costumes, a tranquilidade e a hospitalidade da vida no campo. Em Santa Catarina existem vários casos de sucesso.

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É com esta proposta que o Empresa Epagri-Agrícola de Pesquisa e Extensão Rural ajuda agricultores, pescadores e maricultores catarinenses a se tornarem empreendedores do turismo. A ideia é que as famílias possam diversificar a sua renda oferecendo serviços, experiências e produtos de valor agregado aos visitantes.

Novos negócios na área

Para fazer o turismo decolar na propriedade, a Epagri utiliza ferramentas de apoio a Políticas Públicas e Programas Governamentais. Eles permitem que as famílias tenham acesso ao crédito para investir no novo negócio, com condições facilitadas de pagamento. Esses recursos são transformados em agroindústrias familiares, chalés para hospedagem, cafés coloniais, reformas em espaços para melhor receber turistas, entre outras melhorias.

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Graças a este trabalho, cada vez mais famílias rurais e piscatórias estão preparadas para oferecer serviços como alojamento, alimentação e entretenimento. Ao mesmo tempo, Santa Catarina amplia a variedade de destinos onde o visitante pode viver experiências completamente diferentes de sua rotina, como colher frutas no pomar, coletar ovos no galinheiro, pintar biscoitos, andar de trator pela roça, tomar café na fazenda, passear a cavalo e fazer piquenique sob os cipós.turismo rural santa catarina 3 Easy Resize.com

Turismo no Vale do Itajaí
Uma experiência de sucesso está no Vale do Itajaí, onde a Epagri ajuda a despertar o turismo rural em 31 municípios, trabalhando em parceria com diversas entidades. O projeto ‘Vale Agregar: Turismo Rural na Agricultura Familiar’ teve início em 2022 com o objetivo de aproveitar as vocações da região, como as riquezas naturais, culturais e gastronômicas, e desenvolver estrategicamente cadeias de produção agrícola para impulsionar o turismo.

No primeiro ano do projeto, foram investidos R$ 943 mil em projetos na região por meio de políticas públicas de incentivo ao setor. Foram 13 projetos de crédito elaborados pela Epagri em parceria com as famílias beneficiárias, que possibilitaram o acesso a recursos das seguintes linhas: Fomento Agro SC, Investe Agro SC e Jovens e Mulheres em Ação. 800 serviços prestados pela Epagri no turismo.

FOTO 4 (Crédito: Epagri)

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Resultado ambiental e social

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A sustentabilidade está no centro deste trabalho: o turismo rural procura valorizar o campo e as paisagens naturais, e isso contribui para a recuperação ambiental. Em 2022, cerca de 30 propriedades turísticas do Vale do Itajaí foram atendidas pela Epagri no uso de tecnologias ambientais. Isso resultou em melhorias nos sistemas de captação de água para consumo, proteção de nascentes, destinação adequada de efluentes e adoção de boas práticas agrícolas. O Sistema de Plantio Direto de Hortaliças, que funciona como uma transição da agricultura convencional para a orgânica, vem ganhando espaço nessas propriedades.

A participação das mulheres, na liderança da atividade e na tomada de decisões, é um ponto forte dentro do turismo rural. O empreendedorismo neste setor acaba por envolver todos os membros da família e incentiva a participação dos jovens, especialmente na adoção de novas tecnologias. Além disso, ver que o imóvel se transformou num negócio de sucesso é o melhor estímulo para que a nova geração de empreendedores do turismo continue realizada no campo.

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Empreendimento turístico garante permanência de famílias no meio rural

Café colonial com capacidade para atender 80 pessoas, realizar casamentos, aniversários e receber grupos de excursões. Uma agroindústria que produz mais de 200 quilos de biscoitos caseiros por mês. Tudo isso funciona na propriedade rural da família Schafer, no interior de Ituporanga, município do Vale do Itajaí. A agricultora Solange, com a ajuda da nora Marina, está à frente da Schuatz Produtos Coloniais – empreendimento “que leva o nome” do apelido do marido, Cedenir.

O empreendimento instalado na Capital Nacional da Cebola recebe visitantes de diversos municípios catarinenses. Eles vão degustar a famosa torta cremosa de cebola, além de pratos como torta de linguiça com cebola, cuca de linguiça, queijo, salame, torresmo e bolinhos de batata, milho e mandioca fresquinhos. “Em termos de doces, temos bolo de mandioca, bacon do céu, bolo de amendoim, cuca, rocambole, bolo recheado, biscoitos e também suco natural de frutas colhido na propriedade”, diz Solange. Além de desfrutar dos sabores do campo, os clientes também podem adquirir biscoitos caseiros.

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mudança de curso

A história deste negócio começou com a necessidade da família mudar radicalmente a sua atividade produtiva. Cedenir descobriu, em 2007, uma doença causada por contaminação por agrotóxicos e teve que interromper a produção de cebola. A Epagri foi decisiva na busca de uma nova fonte de renda que garantisse a permanência da família no meio rural.

Foi assim que Solange começou a fazer massas caseiras, depois passou para biscoitos e bolos. Com a ajuda da Epagri, ele conseguiu uma linha de crédito, financiou, legalizou e montou uma pequena padaria na propriedade há dez anos. Aproveitando a experiência, Solange passou a entregar cafés coloniais para eventos externos, sob encomenda. As delícias ficaram famosas e logo o café passou a ser servido na propriedade da família, em espaço adaptado na garagem.

Políticas públicas

O grande salto nos negócios veio em 2022. Um projeto de financiamento de R$ 50 mil do Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), elaborado pela Epagri, permitiu a construção de um espaço com capacidade para 80 visitantes ao lado da casa da família. O café colonial está aberto ao público uma vez por mês e, nos restantes dias, funciona mediante marcação. Além disso, a família vende biscoitos no espaço e na feira de Ituporanga. “Tivemos queda no atendimento por causa da pandemia, mas nos últimos meses tivemos agenda lotada e espaço lotado. Minha filha Melissa pretende voltar a trabalhar aqui”, afirma Solange.

Com o acompanhamento da Epagri, a família se sentiu segura para investir na nova atividade. Hoje, o empresário não tem dúvidas de que o seu futuro está no turismo rural. “Através da Epagri conseguimos de tudo, desde a venda dos produtos na feira, legalização do empreendimento, até financiamentos e equipamentos que nem sabíamos que precisávamos. Também fiz cursos de culinária no Centro de Formação Agronómica. A Epagri, para nós, é família”, revela Solange.

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(Com: Epagri)

(Fernanda Toigo/Sou Agro)


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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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