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Pela terceira vez consecutiva, Colibri Matrero e Gabriel Marty conquistam o título

    1662489346 Pela terceira vez consecutiva Colibri Matrero e Gabriel Marty conquistam

    Chegou ao fim a 20ª edição da tradicional Marcha Anual de Resistência do Cavalo Crioulo, promovida pela Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Crioulo (ABCCC). A prova, considerada um dos pilares da raça, foi realizada em Quaraí/RS e reuniu 25 conjuntos da raça.

    Contando com a rusticidade, resistência e poder de recuperação do Cavalo Crioulo, os grupos percorreram os quinze dias de disputa. Nos primeiros 12 dias de março, as etapas regulamentadas serviram para os competidores conhecerem a estrada e seus cavalos, formularem estratégias e se prepararem para a etapa final, com a chegada dos percursos livres que aconteceram nos últimos três dias de competição.

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    Na categoria Geral, quem ficou em primeiro lugar foram dois nomes já conhecidos na modalidade: Jura do Rincão da Querência e Luís Umberto Silva Rodrigues, o Balula, com 7 horas, 26 minutos e 55 segundos – tempo que soma as três etapas livres – consagrando assim o bicampeonato do grupo no desafio de resistência.

    O grupo, além de ganhar a soma total de tempo livre, também venceu em sua categoria (Éguas acima de 7 anos).

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    “Estou extremamente feliz, principalmente pelo que a Marcha nos proporciona. Aqui eu vejo tudo, vejo amigos, famílias, vejo pessoas acompanhando nosso trabalho e quem não traz a família acaba formando uma aqui. Aqui somos todos família”.

    Além de todo o clima de fraternidade, ele também comenta sobre seu parceiro de teste. “Jura foi quem ganhou esta corrida, o prêmio é dela, é mérito dela. Temos uma história de parceria, nos conhecemos, eu a entendo e ela me entende. Foi ela que me deu o primeiro lugar e agora vou retribuir com o merecido descanso”, finaliza Balula.

    Uma das maiores características da Marcha da Resistência é o controle sobre o tempo e como usá-lo a seu favor. Na categoria Égua Sub 7 Anos, a gestão do tempo foi fundamental para Filipe Fernandes Garcia Vaz completar os 750 quilómetros em primeiro lugar. Conduzindo o Ipiranga da Gap São Pedro, o piloto terminou as etapas livres com 8 horas, 52 minutos e 41 segundos, com uma diferença de 24 minutos em relação ao segundo colocado, distância que adquiriu acompanhando o percurso e aproveitando os melhores momentos da prova corrida.

    “Aqui a gente vive como se fosse o dia a dia da fazenda, porque é exatamente isso que fazemos quando transportamos tropilha para encilha. Não é fácil e nem sempre conseguimos tudo o que queremos, mas quando entramos no esporte não tem saída, nunca mais sairemos”, confessa o vencedor.

    Com uma trajetória promissora no universo de quem vive a Marcha da Resistência, um jovem de apenas 17 anos fez história ao concluir sua primeira participação na modalidade, já alcançando o primeiro lugar no pódio.

    Com um exemplar que carrega o sangue de Marcheiro, João Pedro Sune Martins da Silva, cruzou a linha de chegada ao lado de Cedrillo La Invernada, com 8 horas, 16 minutos e 11 segundos de etapas livres.

    Já tendo disputado outras provas de enduro, como Enduro, Marchita e Chasques (competição uruguaia), ele conta como a primeira impressão da Marcha traz uma visão diferente de quando apenas acompanhava de longe.

    “Esta corrida é completamente diferente. Foram 15 dias de altos e baixos, uma verdadeira montanha russa de emoções”, concluiu João Pedro.

    Presença internacional da Marcha de Resistência do Cavalo Crioulo

    A canadense de 37 anos, Sarah Anne Cuthbertson, também teve a experiência de percorrer os 750 quilômetros com o Cavalo Crioulo, que percorreu cerca de 10 mil quilômetros para vivenciar uma das modalidades.

    Com um estilo de vida voltado para o cavalo, conheceu a corrida através de Adriana Pires Neves, médica em Medicina Veterinária que também participa ativamente da corrida. Com nacionalidade e língua diferentes, foi acolhida pela família crioula, o que a fez integrar-se rapidamente ao mundo do Cavalo Crioulo.

    Com muita vontade e apoiada por quem a acolheu, não só conseguiu experimentar o que queria, como também subiu ao pódio, levando ao Canadá o segundo lugar na categoria Castrados, com o cavalo Almirante da Reserva do Jaguél, com 8 horas , 24 minutos e 39 segundos de passos livres.

    “Foi incrível viver essa experiência. Aqui fiz grandes amigos e, graças a Adriana e a todos que gritaram meu nome e aplaudiram enquanto eu percorria o caminho, consegui sair vitorioso. Foi uma experiência com a qual quero ter contato novamente e também quero que outras pessoas possam vir aqui e ter contato com esse cavalo incrível que é o Cavalo Crioulo”, disse Sara.

    Mais uma etapa da Marcha de Resistência do Cavalo Crioulo que entra na história da raça

    Por: Conselho ABCCC

    Foto: Fagner Almeida/Divulgação

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    Fonte: Agro