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OUÇA 🎧 | 15 passos para se tornar um agricultor de capim • Portal DBO

Especialistas de vários setores da pecuária de corte são unânimes e categóricos em afirmar: o pecuarista precisa ser, antes de tudo, um criador de capim.

E como a atividade pede cada dia mais produtividade e sustentabilidade, “quem não vira” pode ficar de fora.

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Por diversos motivos, o cultivo de pastagens no Brasil ainda é um tabu. certo é isso “Sem planejamento e conhecimento adequados, as coisas podem ficar muito complicadas. Mas não é um animal de sete cabeças”.

É isso que nos traz Alexandre Campo Gonçalves, agrônomo formado pela Esalq/USP e diretor da Alecrim Consultoria.

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Foto: arquivo pessoal

OUVIR 🎧 o comentário de Alexandre Campos Gonçalves

1. Rodeie-se sempre de bons profissionais para apoiá-lo no planejamento, na tomada de decisões e na execução do seu trabalho no dia a dia.

dois. Faça um diagnóstico do imóvel como um todo. Verifique onde você está, sua localização, região, relevo, clima, oferta de mão de obra e sua equipe, espécies de animais com os quais você irá trabalhar, etc.

3. Realize análises ou análises de solo (pode haver uma variedade na fazenda), principalmente para avaliar seus aspectos físicos e químicos.

4. Faça um projeto do sistema desejado, combinando o que foi levantado no diagnóstico da propriedade com os objetivos da criação, as espécies animais envolvidas e a forragem escolhida. Isso permitirá saber como o sistema será operado.

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Brotação de capim em área de integração lavoura-pecuária (Foto: Arquivo pessoal)

5. Elaborar um planejamento estratégico sobre o desenho do sistema, respondendo, por exemplo, como serão realizadas as ações, em quais modelos: se as áreas serão tratadas exclusivamente para pastagem; se integra pecuária (ILP), pecuária florestal (IPF) ou pecuária florestal (ILPF).

6. Definir as espécies e raças animais que melhor acomodam e respondem às condições ambientais oferecidas. Se você depende de peças de reposição, é importante ficar atento à oferta do mercado em sua região.

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BRS Piatã (Foto: Arquivo pessoal)

7. A escolha da planta forrageira vem em seguida e deve ocorrer considerando as características dos animais de trabalho, definidas na etapa anterior.

8. O próximo passo é definir como será o pastoreio. Pode ser girado, contínuo ou alternado. O que é certo é que quanto mais se avançar para um modelo rodado – rodando por vários piquetes – mais será possível avançar para um desfolhamento e um manuseamento eficiente. No entanto, com manejo adequado, o pastoreio contínuo também pode ser considerado.

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Adubação de cobertura ou reposição de nutrientes

9. Aliado às ações da próxima etapa, o solo deve ser tratado para oferecer nutrientes ao capim, com as correções necessárias, por exemplo, acidez. A partir desse momento, outras correções e reposições de nutrientes devem ser planejadas durante sua vida produtiva.

10. Então era hora de olhar para a grama. É hora de recuperar ou reformar o pasto, principalmente se a forragem for substituída. Existe todo um protocolo de ações, dependendo das sementes, utensílios de plantio e variedade da planta.

11. O próximo passo é definir a desfolha. Qual é o melhor momento para trazer os animais e quando retirá-los? Isso precisa ser definido como manejo para garantir a longevidade do pasto e o melhor desempenho do rebanho.

12. Depois é estabelecer o manejo integrado de pragas e doenças das pastagens. Embora existam ambientes muito propícios ao desenvolvimento vegetal no Brasil. Os problemas são muitos e variados, como cupins e cigarrinhas, dependendo da região do país. Um monitoramento efetivo deve ser realizado para que as ações sejam oportunas para a melhor produtividade do sistema.

13. Então é hora de traçar um plano de suplementação para os animais: mineralização simples, proteína, proteína energética, alimentação rastejante etc. A estratégia é fundamental para fornecer ao gado o que o capim não produz, principalmente na época da seca. Uma alternativa para fornecer uma suplementação mais robusta é a redução da lotação animal.

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14. Estabelecer o acompanhamento de todo o sistema produtivo para que se possa identificar onde funciona ou não, em cada uma das engrenagens, permitindo a tomada de decisão e reorientação.

15. O último passo é estabelecer o acompanhamento das finanças do imóvel. Você está dando dinheiro? O resultado financeiro é compatível com a atividade? O faturamento está dentro do previsto para o planejamento inicial? Se a resposta for sim, ótimo! Se não, refaça tudo e descubra o que deu errado.

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Fonte: Portal DBO

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