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Novas máquinas agrícolas chinesas para famílias

    Máquinas chinesas para a agricultura familiar estão a

    Introdução: Máquinas agrícolas chinesas chegam ao Brasil para impulsionar a agricultura familiar no Nordeste

    Entre novembro e dezembro, uma leva de máquinas agrícolas chinesas chegará ao Brasil. São equipamentos como micro-tratores, roçadeiras, semeadeiras e plantadeiras que terão como destino áreas produtivas da agricultura familiar no Ceará, Maranhão, Paraíba e Rio Grande do Norte.

    Essas máquinas, cerca de 30 ao todo, serão utilizadas em 20 tipos de cultivos em áreas que incluem assentamentos do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra e de outras organizações da agricultura familiar, como o Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais de Apodi (RN).

    No município potiguar de Apodi, será instalada a Unidade Demonstrativa Brasil-China de Máquinas Agrícolas, que servirá para testar e estudar o uso do maquinário em solo nordestino.

    Essa iniciativa é resultado de um memorando de entendimento assinado em 2022 pelo Consórcio Nordeste, o Instituto Internacional de Inovação de Equipamentos Agrícolas e Agricultura Inteligente da Universidade Agrícola da China, a Associação de Fabricantes de Máquinas Agrícolas da China e a Baobab Associação Internacional para a Cooperação Popular.

    A cooperação entre Brasil e China nesse setor é de extrema importância, pois ambos são gigantes da agricultura familiar no mundo. No Brasil, 77% de todos os estabelecimentos agrícolas são da agricultura familiar, enquanto na China os camponeses representam mais de 80% da agricultura.

    A mecanização agrícola tem sido priorizada na China há décadas, visando impulsionar a produtividade e garantir a segurança alimentar. A parceria entre as instituições brasileiras e chinesas não se limita apenas à mecanização agrícola, mas também ao compartilhamento de conhecimento e políticas públicas para fortalecer a Agricultura Familiar.

    A chegada das máquinas ao Brasil é aguardada com expectativa, e a inauguração da Unidade Demonstrativa em Apodi, assim como a utilização do maquinário nas demais áreas, está prevista para acontecer em fevereiro do próximo ano.

    Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?

    Identificação das seções principais:

    1. Chegada de máquinas agrícolas chinesas ao Brasil

    2. Parceria entre o Consórcio Nordeste e a China

    3. A mecanização agrícola na China

    4. Subsídios e benefícios da mecanização agrícola na China

    5. Importância da parceria Brasil-China

    6. Cronograma de envio das máquinas e inauguração da unidade demonstrativa

    Entre novembro e dezembro, uma leva de máquinas agrícolas chinesas chegará ao Brasil. São equipamentos como micro-tratores, roçadeiras, semeadeiras e plantadeiras que terão como destino áreas produtivas da agricultura familiar no Ceará, Maranhão, Paraíba e Rio Grande do Norte. 

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    São cerca de 30 máquinas que poderão ser utilizadas em 20 tipos de cultivos em áreas que incluem assentamentos do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra e de outras organizações da agricultura familiar, como o Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais de Apodi (RN).

    No município potiguar de Apodi é onde será instalada a Unidade Demonstrativa Brasil-China de Máquinas Agrícolas, que servirá para testar e estudar o uso do maquinário em solo nordestino.

    Em 2022, o Consórcio Nordeste assinou um memorando de entendimento com o Instituto Internacional de Inovação de Equipamentos Agrícolas e Agricultura Inteligente da Universidade Agrícola da China e a Associação de Fabricantes de Máquinas Agrícolas desse país.

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    O acordo, que também foi assinado pela Baobab Associação Internacional para a Cooperação Popular, visa garantir o acesso a máquinas projetadas especificamente para o campesinato, como micro-tratores, roçadeiras, semeadeiras e plantadeiras. 

    Alexandre Lima, coordenador da Câmara Temática da Agricultura Familiar do Consórcio Nordeste, destaca a importância da parceria para a região, dada a desigualdade que existe no Brasil nesse sentido: “a região Nordeste do Brasil possui menos de 3% de mecanização, no Brasil esses níveis não alcançam 14%, e no Sul os níveis de mecanização da Agricultura Familiar beiram os 50%”. 

    A aproximação entre Brasil e China: dois gigantes do campesinato no mundo

    No Brasil, 77% de todos os estabelecimentos agrícolas são da agricultura familiar, segundo o último Censo Agropecuário, realizado em 2017. As propriedades de agricultura familiar somam 3,9 milhões no país, e ocupam apenas 23% das áreas agricultáveis, o equivalente a 80,8 milhões de hectares, segundo o Anuário Estatístico da Agricultura Familiar 2023 

    Já no caso da China, os camponeses representam mais de 80% da agricultura, que também é composta por cooperativas e empresas estatais. A categoria é responsável por cultivar mais de 70% das terras agricultáveis do país, segundo o último censo agrícola chinês, realizado em 2020. Em média, cada camponês possui menos de um hectare de terra, e a maioria tem meio hectare. 

    A mecanização agrícola na China foi colocada como uma prioridade pelo líder chinês Mao Zedong em 1959, como parte da campanha de desenvolvimento do Grande Salto para Frente, que afirmou que a saída fundamental da agricultura residia na mecanização. Apesar da priorização, foi a partir do período de Reforma e Abertura, no final dos anos ‘70, que a mecanização avançou mais rapidamente, com medidas como isenção de impostos e subsídios à indústria. 

    João Pedro Stedile, da direção nacional do MST, afirma que sobre a base da estrutura de pequenas unidades de produção, criada através da reforma agrária, ao longo do tempo , a China foi industrializando a sua economia produzindo máquinas para esse tipo de camponês. “Na China tem 8 mil fabricantes de tratores. No Brasil nós temos quatro grandes fábricas de tratores, todas multinacionais e todas dirigidas para a grande propriedade, grandes máquinas”, afirma Stedile, que esteve no país asiático em abril deste ano.


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    Integrantes do Consórcio Nordeste e do MST na Exposição Internacional de Máquinas Agrícolas da China, realizada de 26 a 28 de outubro de 2023 / Juliet Xiao

    A professora Yang Minli, da Universidade de Agricultura da China, avaliada como a segunda melhor universidade na área de ciências agrárias do mundo, pelo ranking Best Global Universities, considera que existem muitas semelhanças entre a agricultura familiar no Brasil e na China: 

    “O modelo de desenvolvimento da China para camponeses, que utiliza serviços comerciais como estratégia para impulsionar as comunidades [como cooperativas de maquinaria agrícola], bem como os produtos de máquinas agrícolas de pequeno e médio porte da China, têm certa adaptabilidade ao Brasil”, diz Yang Minli. Através das cooperativas de maquinário agrícola na China, que contam com assistência e ajudas financeiras do governo central ou dos governos locais, os camponeses chineses dividem tanto os custos quanto as máquinas.

    A mecanização agrícola na China

    Uma das razões do desenvolvimento da mecanização agrícola na China é o enorme processo de migração rural-urbano, afirma Yang Minli. O nível de urbanização na China passou de 17,92% em 1978 para 65% em 2022, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas da China.

    “Um grande número de trabalhadores rurais jovens e de meia-idade mudou-se para áreas urbanas. Devido ao rápido desenvolvimento econômico na China, houve uma elevada procura de mão-de-obra nos setores industrial e de serviços, que podem proporcionar oportunidades de renda elevada para os jovens trabalhadores migrantes rurais. Como resultado, eles migraram para as cidades”, explica a professora da Universidade Agrícola da China.

    A partir de 2004, a China iniciou uma nova campanha de concessão de subsídios para compras de máquinas agrícolas. Desse ano até 2015, o país destinou 120 bilhões de yuans (mais de R$ 82 bilhões de reais), para subsidiar a compra de mais de 35 milhões de máquinas.

    Durante esse período, o nível de mecanização agrícola na China passou de 33% para 61%. Atualmente, a cifra é de 73%.

    Após iniciada a política, o governo fez ajustes no sistema e passou somente a subsidiar diretamente os agricultores, deixando de destinar o financiamento a empresas ou instituições financeiras. Em parte para evitar exercer pressão financeira sobre as empresas, conta Wu Zhaoxiong, diretor do Centro de Desenvolvimento Agrícola da Província de Hubei.

    Uma segunda razão para a mudança foi a de garantir que os camponeses tivessem acesso às máquinas da forma mais direta possível, sem ter que se endividar, por exemplo. “Se os fundos dos subsídios fossem diretamente destinados às empresas, haveria a possibilidade de procura de lucro entre as empresas e os departamentos governamentais. No entanto, ao defender o pagamento integral da compra de maquinaria, os fundos dos subsídios são dados diretamente aos agricultores, permitindo-lhes beneficiar verdadeiramente da política nacional”, diz Zhaoxiong.

    Um estudo publicado no ano passado pelas universidades Agrícola e de Ciência e Engenharia, ambas da província de Hunan, debateu a ideia de que a mecanização agrícola só gera benefícios se for implementada em larga escala.

    Os pesquisadores mostram que a utilização de máquinas em pequenas terras agrícolas tem desempenhado na China um papel fundamental para garantir a segurança alimentar e erradicar a pobreza no meio rural. Entre os motivos da melhora na renda no meio rural, está a redução dos custos de produção e a diversificação de empregos não diretamente relacionados à agricultura.

    Yang Minli afirma que, com essa estrutura de pequena agricultura, a China consegue garantir suas metas de segurança alimentar. Há oito anos a produção total de cereais se mantém acima do objetivo colocado pelo governo central de 650 milhões de toneladas produzidas anualmente.

    Alexandre Lima afirma que a parceria com as instituições chinesas vai além do avanço na mecanização agrícola do Nordeste. “É um intercâmbio de conhecimento em relação às políticas públicas, a China tem ultimamente sido uma referência no que diz respeito ao processo de fazer com que as políticas públicas cheguem às comunidades rurais. Então, essa aproximação vai possibilitar que nós possamos cada vez mais aprender com os chineses e os chineses também aprender com a experiência brasileira no que diz respeito ao fortalecimento da Agricultura Familiar”.

    Os três envios de máquinas estão previstos para chegar entre novembro e dezembro ao Brasil.

    A inauguração da unidade demonstrativa em Apodi (RN), assim como o início da utilização do maquinário nas demais áreas deverá acontecer em fevereiro do ano que vem. 

     

    Edição: Leandro Melito





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    Reescrevendo o conteúdo mantendo os títulos HTML h2, h3, h4 e tentando tornar o conteúdo mais longo:

    Aliança Brasil-China traz máquinas agrícolas para o Nordeste

    Nova Importação de Máquinas Agrícolas Chinesas para o Brasil

    Entre novembro e dezembro, está prevista a chegada de uma nova leva de máquinas agrícolas chinesas ao Brasil. Desta vez, o destino será as áreas produtivas da agricultura familiar nos estados do Ceará, Maranhão, Paraíba e Rio Grande do Norte. O objetivo é atender o cultivo em cerca de 20 tipos diferentes de culturas, nos quais se encontram assentamentos do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra e outras organizações da agricultura familiar. A instalação da Unidade Demonstrativa Brasil-China de Máquinas Agrícolas em Apodi (RN) servirá como local para testes e estudos do uso dessas máquinas em solo nordestino.

    Parceria entre Consórcio Nordeste, China e Associação Internacional para a Cooperação Popular

    O Consórcio Nordeste assinou, em 2022, um memorando de entendimento com o Instituto Internacional de Inovação de Equipamentos Agrícolas e Agricultura Inteligente da Universidade Agrícola da China, juntamente com a Associação de Fabricantes de Máquinas Agrícolas do país asiático. O acordo, que inclui a Baobab Associação Internacional para a Cooperação Popular, tem como objetivo garantir o acesso a máquinas especialmente projetadas para o campesinato, como micro-tratores, roçadeiras, semeadeiras e plantadeiras.

    Mecanização na Região Nordeste

    Alexandre Lima, coordenador da Câmara Temática da Agricultura Familiar do Consórcio Nordeste, ressalta a importância dessa parceria para a região. Segundo ele, a região Nordeste possui menos de 3% de mecanização agrícola, enquanto a média nacional no Brasil não ultrapassa os 14%. No Sul, a mecanização da agricultura familiar chega a quase 50%. A chegada das máquinas chinesas será fundamental para avançar nesse cenário desigual.

    Brasil e China: Dois Gigantes da Agricultura Familiar

    No Brasil, 77% de todos os estabelecimentos agrícolas são da agricultura familiar, ocupando apenas 23% das áreas agricultáveis. Já na China, os camponeses representam mais de 80% da agricultura, sendo responsáveis por mais de 70% das terras agricultáveis do país. A mecanização agrícola na China foi priorizada a partir do final dos anos 70, como parte do desenvolvimento econômico do país.

    Comparações entre Ambos os Países

    Os modelos de desenvolvimento da agricultura familiar na China e no Brasil possuem algumas semelhanças. A estratégia de serviços comerciais para impulsionar as comunidades, como as cooperativas de maquinaria agrícola na China, têm adaptabilidade ao cenário brasileiro.

    Essa mecanização agrícola na China foi responsável por resultados significativos, uma vez que ajudou a garantir a segurança alimentar e reduzir os custos de produção.

    Ao estabelecer parcerias com as instituições chinesas, o Brasil se coloca em posição de aprendizado e troca de experiências, não apenas no aspecto da mecanização agrícola, mas também no fortalecimento da agricultura familiar como um todo.

    A chegada das máquinas agrícolas chinesas representa um passo importante para a evolução da agricultura familiar na região Nordeste do Brasil. Com a parceria entre Brasil e China, novas possibilidades de desenvolvimento se abrem, promovendo o acesso a tecnologias e conhecimentos que contribuirão para um crescimento sustentável das comunidades rurais.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

    **Conclusão**

    A parceria entre Brasil e China para a introdução de máquinas agrícolas em áreas de agricultura familiar do Nordeste brasileiro representa uma oportunidade única de promover o aumento da mecanização e produtividade nessas regiões. Com a chegada de equipamentos como micro-tratores, roçadeiras, semeadeiras e plantadeiras, essas comunidades terão a chance de impulsionar suas atividades agrícolas, diminuindo custos e aumentando a eficiência. Além disso, a colaboração entre as instituições dos dois países possibilita a troca de conhecimentos e experiências, essenciais para o fortalecimento das políticas públicas e o desenvolvimento da agricultura familiar.

    A expectativa gerada pela inauguração da Unidade Demonstrativa Brasil-China de Máquinas Agrícolas em Apodi (RN) e o início da utilização desses equipamentos nas áreas selecionadas para o projeto, promete trazer avanços significativos para os agricultores familiares do Nordeste brasileiro. Esta parceria pode representar um modelo de sucesso que pode ser replicado em outras regiões do Brasil, com potencial para transformar positivamente a agricultura familiar em todo o país.

    **Perguntas e respostas**

    1. **Qual é a importância da parceria entre Brasil e China na introdução de máquinas agrícolas no Nordeste?**
    – A parceria entre Brasil e China tem como objetivo promover o aumento da mecanização e produtividade nas áreas de agricultura familiar do Nordeste brasileiro.

    2. **Quais são os tipos de equipamentos que serão introduzidos nas áreas produtivas?**
    – Serão introduzidos equipamentos como micro-tratores, roçadeiras, semeadeiras e plantadeiras.

    3. **Quando está prevista a chegada das máquinas agrícolas ao Brasil e quando será realizada a inauguração da Unidade Demonstrativa em Apodi (RN)?**
    – A chegada das máquinas está prevista para entre novembro e dezembro, e a inauguração da Unidade Demonstrativa em Apodi (RN) deverá ocorrer em fevereiro do ano seguinte.

    4. **Além da disponibilização de maquinário, o que mais a parceria entre Brasil e China pode proporcionar?**
    – Além da disponibilização de maquinário, a parceria pode possibilitar a troca de conhecimentos e experiências, essenciais para o fortalecimento das políticas públicas e o desenvolvimento da agricultura familiar.

    5. **Em média, quanto de terra cada camponês possui na China?**
    – Em média, cada camponês na China possui menos de um hectare de terra, e a maioria tem meio hectare.

    A chegada das máquinas agrícolas chinesas ao Brasil é uma oportunidade de grande impacto para as áreas de agricultura familiar no Nordeste, e a colaboração entre Brasil e China promete trazer avanços significativos, tanto no quesito produtivo quanto no fortalecimento das políticas públicas voltadas para a agricultura familiar. Com a inauguração da Unidade Demonstrativa em Apodi (RN) e a utilização dos novos equipamentos, espera-se que a parceria entre os dois países represente um modelo de sucesso para o desenvolvimento da agricultura familiar em todo o Brasil.

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