Não tem jeito, equipes policiais continuam pegando contrabando de vinho. Desta vez foi durante a Operação Horus e no dia 10 de agosto, policiais militares do BPFron faziam patrulhamento em Santo Antônio do Sudoeste, onde abordaram um veículo conduzido por um homem de 61 anos.
No interior da viatura encontravam-se 12 caixas de vinho de diversas marcas e 2 caixas de energéticos sem autorização alfandegária. Diante dos fatos o condutor foi identificado e liberado juntamente com seu veículo, os bens foram apreendidos e entregues na Receita Federal para os procedimentos cabíveis.
PREOCUPAÇÃO COM O CONTRABANO DE VINHO
A Polícia Rodoviária Federal já manifestou preocupação com esse aumento das apreensões de vinhos com entrada irregular no Brasil. Segundo a PRF, o perfil de quem traz vinho ilegalmente mudou nos últimos anos. Se no início das apreensões era mais comum o “contrabandista”, pessoas que transportavam pequenas cargas, agora o crime organizado é o dono do comércio ilegal de vinhos. O uso de veículos roubados, clones, batedores e batedores são alguns dos truques praticados por contrabandistas e quadrilhas.
As quadrilhas do narcotráfico estão diversificando o leque de crimes com o comércio ilegal de vinho, uma forma de investimento criminoso para lucrar com as organizações. É o que aponta levantamento feito pelos setores de atuação da PRF no Paraná. “Não é o muambeirozinho que vai lá comprar um vinho e traz de volta, são as quadrilhas altamente organizadas”, comenta um policial rodoviário federal que atua no combate a esse tipo de crime.
Para quem compra vinhos ilegais, a impressão que se tem é que estão apenas burlando as leis tributárias e não pagando impostos, tendo assim a vantagem de comprar vinhos a preços mais acessíveis. No entanto, quem compra o vinho que entra ilegalmente pode estar contribuindo diretamente para a manutenção da saúde financeira das quadrilhas do crime organizado.
(com PRF e BPFRON)
(Débora Damasceno/Sou Agro)
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