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É natural pensar que as frutas e verduras vêm da terra, mas cada vez mais a alimentação brasileira é composta por itens cultivados em hidroponia. Esta forma alternativa de plantio apresenta uma série de vantagens, principalmente em termos de produtividade e qualidade, mas também algumas desvantagens em relação ao plantio convencional.
Na hidroponia, as plantas são cultivadas em solução nutritiva, depois o solo é substituído por água e pode ser auxiliado por substratos como cascalho, areia, lã de rocha e serragem. Nestes compostos são adicionados nutrientes que ajudam as plantas a se desenvolverem.
O método é utilizado em todo o mundo e tem como principal atrativo a possibilidade de “contornar” a falta de espaço e solos e climas hostis a determinadas espécies. Com a hidroponia você não precisa se preocupar com a sazonalidade, então as safras podem ser produzidas durante todo o ano.
O método é bastante comum no Japão, França, Holanda e Estados Unidos. No Brasil, os principais polos de produção hidropônica estão na Região Sudeste, principalmente em São Paulo.
Atualmente, a espécie mais produzida em hidroponia é a alface, mas outras folhas, como a rúcula e o agrião, também são comumente cultivadas nessa técnica. É possível plantar frutas, verduras e até grãos de forma hidropônica: morango, melão, arroz, trigo, pepino e salsa são algumas das opções possíveis.
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Vantagens da hidroponia
A hidroponia apresenta uma série de vantagens em relação ao plantio convencional, a maioria delas ligadas ao aumento da área de contato da raiz com os nutrientes ofertados. Graças a isso, a planta não precisa gastar tanta energia para crescer a raiz em busca de nutrientes, podendo se concentrar no desenvolvimento de folhas e frutos. A alface, por exemplo, leva de 60 a 65 dias para ser colhida no plantio tradicional; na hidroponia, o tempo cai para cerca de 35 dias.
O produtor tem total controle dos nutrientes que precisam ser aplicados em cada planta em hidroponia. Dessa forma, é possível otimizar a produção e reduzir custos com o processo. No plantio convencional, é mais difícil precisar quais nutrientes são necessários e quanto será absorvido por cada planta, além do risco de contaminação dos lençóis freáticos.
Outra grande vantagem da hidroponia é a possibilidade de reduzir o uso de pesticidas e herbicidas. Como não há solo, não há problemas com ervas daninhas, fungos e outras pragas comuns. Assim, a produção fica livre de resíduos de agrotóxicos e não há contaminação, degradação do solo ou danos ao meio ambiente.
Em um sistema bem instalado, a economia de água dos cultivos hidropônicos pode chegar a 70% em relação ao cultivo normal. Isso porque toda a água é reaproveitada, perdendo-se apenas o que é absorvido pelas plantas e o que evapora, além de possíveis falhas no sistema.
Sem entrar em contato com o solo e recebendo a quantidade ideal de sais minerais e outros nutrientes, as plantas crescem mais fortes, saudáveis e saborosas do que nas lavouras comuns. Além disso, podem ser cultivadas durante todo o ano. Como as raízes não precisam ser tão grandes, as plantas podem ter uma distância menor entre elas, permitindo um aumento na produtividade.
Desvantagens da hidroponia
Apesar de todas as vantagens, existem algumas desvantagens e alguns cuidados necessários. Por exemplo, o custo inicial de qualquer produção é alto porque é preciso investir em terraplenagem, construção de estufas, bancadas e sistemas elétricos e hidráulicos. Existem diversos equipamentos disponíveis no mercado para cultivos hidropônicos, mas quanto mais precisos e modernos forem, maior será o investimento que exigem.
O sistema hidropônico depende 100% de um sistema elétrico que controla o cultivo. Erros na quantidade de água e nutrientes podem levar à perda total da lavoura, já que o sistema hidropônico é muito mais vulnerável a erros no fornecimento de nutrientes.
É fundamental ter grande conhecimento técnico para manejar uma lavoura rentável, por isso é necessário escolher corretamente as plantas e os nutrientes e, se possível, investir em consultoria técnica.
Fonte: oeco, ecocenter, CPT, GroHo, Embrapa, Ecoeficiente
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2258300verificação de cookiesHidroponia: quando vale a pena essa técnica de plantio?
