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Descoberta de Killifish revela segredo para viver mais de 400 anos

Você já parou para pensar como seria incrível se pudéssemos adiar o envelhecimento e viver com mais saúde por mais tempo? Acredite, alguns animais já possuem essa habilidade!

Está certo! Os embriões de killifish turquesa africanos, por exemplo, podem entrar em um estado de atividade suspensa chamado diapausa, no qual suspendem funções como crescimento celular e desenvolvimento de órgãos.

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Sobre Killifish

O killifish (Nothobranchius furzeri) é um peixe de água doce que habita principalmente regiões da África e América do Sul. São mais de 1.200 espécies diferentes, cada uma com características e habitats próprios.

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A maioria das espécies deste peixe é de vida curta, geralmente vivendo apenas 4 a 6 meses. No entanto, alguns embriões de killifish turquesa africanos são capazes de atrasar seu crescimento por até 2 anos, igualando ou mesmo excedendo em muito sua expectativa de vida adulta típica.

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O killifish também é um peixe muito resistente, podendo sobreviver em águas com altos níveis de poluição e de baixa qualidade. Ele também é conhecido por se adaptar rapidamente às mudanças em seu ambiente, permitindo-lhe sobreviver em condições adversas.

Algumas espécies são muito coloridas e apresentam padrões brilhantes na pele, o que as torna muito atraentes para os peixes de aquário. Eles também são muito ativos e podem ser vistos nadando pela tigela.

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O segredo da longevidade

Além de sua beleza, o killifish também é muito importante para a ciência. É muito utilizado em pesquisas de genética, fisiologia e outras áreas da biologia, pois é de fácil criação em laboratório e possui grande variedade de espécies. Recentemente, o killifish também tem sido usado em pesquisas de envelhecimento e longevidade, pois alguns embriões são capazes de retardar seu crescimento por longos períodos de tempo.

🇧🇷A natureza encontrou maneiras de interromper o envelhecimento”, diz Anne Brunet, geneticista da Universidade de Stanford. Ela explica que entender como os killifish conseguem pausar suas vidas pode ajudar os cientistas a descobrir como tratar doenças relacionadas ao envelhecimento e preservar os órgãos humanos por mais tempo.

Essa descoberta pode ser muito importante para a ciência, pois pode ajudar a entender como tratar doenças relacionadas ao envelhecimento ou como preservar os órgãos humanos por mais tempo. Além disso, outras espécies, como larvas de vermes nematódeos e mais de 130 espécies de mamíferos, também apresentam alguma forma de diapausa.

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Imagine se os humanos também pudessem possuir essa habilidade? Uma pessoa de 80 anos pode ter uma vida útil de 160 a mais de 400 anos! Ainda há muito a ser descoberto sobre como esses animais se protegem do envelhecimento durante a diapausa, mas essas descobertas são muito empolgantes e podem nos levar a novos entendimentos sobre o corpo humano e como envelhecemos, explica Brunet.

Sobre a pesquisa

No estudo, a equipe liderada por Brunet comparou embriões de killifish que adiaram o crescimento com aqueles que passaram pela diapausa e se tornaram adultos.

Para determinar quais genes estavam ativos nos embriões em diapausa, a equipe analisou o modelo genético desses embriões. Eles descobriram que, embora o jovem killifish tivesse desenvolvido músculos, corações e cérebros antes da diapausa, os genes envolvidos no desenvolvimento de órgãos e na proliferação celular foram posteriormente desativados.

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No entanto, outros genes foram ativados, como o gene chromobox 7 (CBX7), que reprimiu genes envolvidos no metabolismo, mas ativou aqueles importantes para a manutenção da musculatura e permanência na diapausa. Embriões sem CBX7 saíram da diapausa mais cedo e seus músculos começaram a se deteriorar após um mês.

🇧🇷Sempre consideramos a diapausa como um estado passivo onde não há atividade ativa.”, diz Christoph Englert, geneticista molecular do Instituto Leibniz sobre Envelhecimento em Jena, Alemanha, que não participou do trabalho. No entanto, a nova pesquisamuda o paradigma da diapausa de um estado passivo e inativo para um estado ativo de desenvolvimento embrionário interrompido.”, finaliza.

Não deixe de acreditar no seu potencial e na sua capacidade de realizar grandes coisas. Quem sabe, um dia, essa descoberta pode até nos ajudar a viver vidas mais longas e saudáveis. Nunca é tarde para começar a cuidar de você e do seu corpo, e esta é uma oportunidade incrível de aprender mais sobre como nosso corpo funciona e como podemos mantê-lo saudável por mais tempo. Vamos juntos nessa jornada em busca de mais saúde e longevidade!

A pesquisa foi publicada na revista Science e pode ser acessada clicando aqui.

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Fonte: Noticias Agricolas

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