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mercado fecha a semana com especulações pessimistas, informam consultorias • Portal DBO

    mercado fecha a semana com especulacoes pessimistas informam consultorias •

    Após as quedas ocorridas em todas as categorias de bovinos para abate, os preços da arroba ficaram estáveis ​​nesta sexta-feira, 14 de abril, no Estado de São Paulo, uma das principais referências para outros mercados de pecuária do País.

    No entanto, a tendência de queda dos preços da arroba deve se manter no curto prazo, reforçada pela queda do dólar frente ao real, que reduz a competitividade dos frigoríficos exportadores, e pelo enfraquecimento da demanda interna por carne bovina, reflexo da menor poder de renda dos consumidores brasileiros.

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    Além disso, as escalas de abate das indústrias avançaram nos últimos dias, refletindo o aumento da oferta de gado gordo neste período de colheita de animais terminados a pasto.

    “Neste último dia da semana, a lentidão dos negócios foi acentuada pela saída de muitos frigoríficos das compras de gado gordo”dizem analistas da S&P Global Commodity Insight.

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    Segundo a consultoria, as escalas de abate avançaram, em média, para mais de seis dias, com casos de agendamentos superiores a quinze dias em algumas plantas.

    “Esse fato abriu espaço para forte especulação baixista em algumas regiões pecuárias do país, embora o registro de novos negócios nesses novos patamares tenha sido escasso”relatam analistas da S&P.

    Na avaliação de analistas, a desvalorização do dólar, negociado abaixo de R$ 5 (fechava na sexta-feira a R$ 4,92, com desvalorização semanal de 2,8%), gera efeitos negativos na receita das operações externas, prejudicando a mitigação da pecuária custos de compra.

    SAIBA MAIS | Mercado Pecuário | Por que os preços da carne bovina não atingem patamares mais elevados, mesmo após a volta da China?

    Nos últimos meses, os importadores da China conseguiram pressionar os preços da carne bovina brasileira, prejudicando a receita dos frigoríficos exportadores.

    “O volume de embarques de carne bovina deve ganhar força nos próximos dias, mas a ocorrência de renegociações contratuais (com importadores chineses) deve assombrar o setor e direcionar o comportamento dos preços da arroba no mercado físico”acredita S&P Global Commodity Insight.

    Ao mesmo tempo, o volume de abate de bovinos no Brasil continua superior ao do ano passado, impulsionado pelo aumento do número de vacas na linha de produção.

    Dados iniciais do Sistema de Informações Gerenciais do Serviço de Inspeção Federal (SIGSIF), registrados até o momento, mostram crescimento de 4% no abate de bovinos no primeiro trimestre de 2023 em relação ao volume obtido no mesmo período de 2022.

    Desse montante, cerca de 46-48% eram mulheres, observa a S&P Global. No primeiro trimestre de 2022, o abate de fêmeas representou cerca de 40%, compara a consultoria.

    “Produção nacional de carne bovina cresce em 2023 impulsionada pelo aumento do número de animais abatidos, gerando um descompasso entre oferta e demanda devido ao fraco consumo interno”prevê a S&P Global.

    Segundo Agrifatto, em algumas regiões brasileiras, os frigoríficos já trabalham com abatedouros de até 20 dias.

    VEJA TAMBÉM | Abate de fêmeas em MT cresce 23% em março/23, superando o volume de machos

    O economista Yago Travagini, analista da Agrifatto, lembra dados recentes de abates no Mato Grosso, estado brasileiro com o maior rebanho bovino do país. No primeiro trimestre deste ano, o abate total de bovinos cresceu 18%, para 1,35 milhão de cabeças, o maior volume desde 2014.

    Somente em março/23, o abate de bovinos em MT cresceu 32% em relação a março/22, com destaque para as fêmeas – um aumento de 43% na comparação anual. Apesar do maior volume de fêmeas levadas ao anzol, o abate de machos também vem crescendo consideravelmente em Mato Grosso. “Em março/33, o abate de machos atingiu o maior nível para aquele mês desde 2010”informa Travagini.

    Segundo dados da Scot Consultoria, nesta sexta-feira, boi gordo “comum” (direcionado ao mercado interno) era cotado a R$ 275/@ em São Paulo, enquanto vacas gordas e novilhas eram negociadas por R$ 252/@ e R$ 267 /@ (preços brutos e futuros).

    O preço do “boi-china” (abate mais jovem, até 30 meses) ainda vale R$ 285/@ em São Paulo (preço bruto e a prazo), uma desvalorização de mais de R$ 10/@ em relação aos preços registrados logo após o fim do embargo chinês à carne brasileira.

    Cotações máximas para homens e mulheres nesta sexta-feira, 14/04
    (Fonte: S&P Global)

    SP-Noroeste:

    carne bovina a R$ 281/@ (prazo)
    vaca a R$ 256/@ (prazo)

    MS-Gold:

    carne bovina a R$ 271/@ (à vista)
    vaca a R$ 249/@ (dinheiro)

    MS-C.Grande:

    carne bovina a R$ 271/@ (prazo)
    vaca a R$ 249/@ (prazo)

    MT-Cáceres:

    carne bovina a R$ 256/@ (prazo)
    vaca a R$ 231/@ (prazo)

    MT-Cuiabá:

    carne bovina a R$ 254/@ (à vista)
    vaca a R$ 229/@ (dinheiro)

    MT-Collider:

    carne bovina a R$ 246/@ (dinheiro)
    vaca a R$ 221/@ (dinheiro)

    GO-Goiânia:

    carne bovina a R$ 258/@ (prazo)
    vaca R$ 236/@ (prazo)

    Vá para o sul:

    carne bovina a R$ 258/@ (prazo)
    vaca a R$ 236/@ (prazo)

    PR-Maringá:

    carne bovina a R$ 276/@ (à vista)
    vaca a R$ 246/@ (dinheiro)

    MG-Triângulo:

    carne bovina a R$ 271/@ (prazo)
    vaca a R$ 241/@ (prazo)

    MG-BH:

    carne bovina a R$ 251/@ (prazo)
    vaca a R$ 231/@ (prazo)

    BA-F. Santana:

    carne bovina a R$ 246/@ (dinheiro)
    vaca a R$ 236/@ (dinheiro)

    RS-Fronteira:

    carne bovina a R$ 273/@ (dinheiro)
    vaca a R$ 243/@ (dinheiro)

    PA-Marabá:

    carne bovina a R$ 240/@ (prazo)
    vaca a R$ 231/@ (prazo)

    PA-Resgate:

    carne bovina a R$ 236/@ (prazo)
    vaca a R$ 227/@ (prazo)

    PA-Paragominas:

    carne bovina a R$ 251/@ (prazo)
    vaca a R$ 236/@ (prazo)

    TO-Araguaína:

    carne bovina a R$ 241/@ (prazo)
    vaca a R$ 217/@ (prazo)

    RO-Cacoal:

    carne bovina a R$ 236/@ (à vista)
    vaca a R$ 217/@ (dinheiro)

    MA-Açailândia:

    carne bovina a R$ 251/@ (à vista)
    vaca a R$ 212/@ (dinheiro)

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    Fonte: Portal DBO