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Mercado de Peixe esta semana, 14 de outubro de 2022

Demanda aquecida, falta de alevinos e aumento do preço pago ao produtor. Confira como foi a peixaria esta semana no Brasil.

Mais uma semana movimentada, principalmente em tilápia, pois já estamos indo para a 12ª semana de aumento de preços. Então, para iniciar essa análise, é importante ressaltar que no Paraná já começou a abater tilápia abaixo de 700g, os alevinos ainda estão em falta, ou seja, a demanda está aquecida e essa escassez já pode impactar a produção no primeiro semestre de 2023.

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Mercado de Peixe esta semana, 14 de outubro de 2022
Mercado de Peixe esta semana, 14 de outubro de 2022 1

mercado de peixe no brasil

O lojista já está começando a se preocupar com esse aumento de preço, porque a indústria tem que repassar esse preço para o lojista e o lojista começa a reclamar. Então podemos ver que estamos em um momento de melhora significativa no preço pago ao produtor. Mas quem vende para o consumidor já está preocupado.

Assista abaixo a análise da semana com Francisco Medeiros – presidente da peixe BR. Aperte o play!

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Francisco Medeiros – presidente do Peixe BR

Ainda nesta semana, o Grupo de Trabalho de Aquicultura apresentou na Câmara Setorial as sugestões do setor para o PNDA, que é o Programa Nacional de Desenvolvimento da Aquicultura, programa da Secretaria de Aquicultura e Pesca – SAP para 2022 a 2032. mais próximo da realidade do setor produtivo da piscicultura.

Outro ponto importante foi a participação do Peixe BR em Goiás, a convite do presidente da Comissão de Aquicultura da FAEG, Cleiton Coldebella, onde nos reunimos com o atual presidente, com o secretário de Meio Ambiente, o secretário de Fazenda, o secretário de Agricultura e outros órgãos que impactam diretamente a produção.

Com o objetivo de coletar recomendações, propor diretrizes e políticas para a construção de um Plano Estadual de Desenvolvimento da Cadeia Piscicultura do Estado de Goiás, o Sistema Faeg/Senar/Ifag convidou lideranças e entidades como: Agrodefesa, Adian, Comissão de Aquicultura da Faeg, Emater, Embrapa, Fieg, Fapeg, Mapa, Seapa, Semad, OCB-GO, Sebrae, SIC, Sead e Peixe BR, para o Workshop – Fomento à Piscicultura. O evento foi realizado na última sexta-feira (10/07), na Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg).

mercado de Peixe
Mercado de Peixe esta semana, 14 de outubro de 2022 2

O programa trouxe as ações do Sistema Faeg/Senar/Ifag em prol da piscicultura goiana, com o superintendente Dirceu Borges e o diretor executivo do Ifag, Edson Alves Novaes. Os principais desafios da piscicultura no Estado foram apresentados pelo presidente da Comissão de Aquicultura da Faeg, Cleiton Coldebella. Também foi realizado um debate sobre as recomendações de diretrizes e políticas para a construção do plano de desenvolvimento da piscicultura em Goiás.

Em resumo, a intenção deste evento foi discutir por que nos últimos anos a piscicultura não cresceu no estado de Goiás. Foi uma reunião extremamente produtiva, pois todos os agentes envolvidos estavam sentados na mesma mesa de discussão.

Este é um bom exemplo, uma excelente iniciativa e acreditamos que trará resultados muito positivos. Até porque o estado de Goiás possui um dos melhores arranjos produtivos em relação à proteína suína e de aves, com agroindústrias integradoras. Então o caminho já está trilhado, basta seguir este caminho.

Sobre a piscicultura em Goiás

De acordo com a 6ª edição do Anuário da Associação Brasileira de Piscicultura (PeixeBR), no cenário nacional, a produção de peixes de viveiro fechou em 841 mil toneladas, o que representa um crescimento de 4,7%, quando comparado ao ano de 2020 A tilápia tem o maior cultivo, com 63,5% de toda a produção do país. Em 2021, o Estado de Goiás produziu 29,7 mil toneladas de pescado, sendo 20,2 mil toneladas de tilápia, 9,2 mil toneladas de espécies nativas e 300 toneladas de outros peixes.

Entre os estados que mais exportaram tilápia, Goiás ocupa o sétimo lugar no ranking, com faturamento de US$ 189,8 mil, atrás de Mato Grosso do Sul (US$ 6,7 milhões); Paraná (US$ 6,2 milhões); Bahia (US$ 2,2 milhões); Santa Catarina (US$ 1,3 milhão); São Paulo (US$ 1,1 milhão); e Ceará (US$ 190,8 mil). Apesar desses números, Goiás está em 11º lugar no ranking brasileiro de produção de pescado, com grande potencial para se tornar um dos maiores players do mercado brasileiro e mundial.

O Estado possui algumas vantagens comparativas para promover o crescimento da atividade, como água abundante para o desenvolvimento de lagoas escavadas e lagoas-rede. Além de infraestrutura e logística que favorecem o escoamento da produção; vocação de municípios com potencial para instalação de pisciculturas, disponibilidade de mão de obra.

Goiás ainda enfrenta inúmeros desafios para promover o desenvolvimento e o crescimento da Cadeia Piscicultura. Destacam-se as áreas tributária, ambiental e sanitária, além de agregar valor aos produtos da cadeia, na comercialização do produto goiano, entre outras.

Por Francisco Medeiros – Pres. peixe BR

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Fonte: Noticias Agricolas

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