Cenário do consumo de carne no Brasil em 2023
Cada cidadão terá consumido 39 kg de carne de boi no ano, estima associação; frango fica a 42 kg per capita
O aumento do consumo de carne bovina
O consumo de carne bovina por pessoa no Brasil deve fechar 2023 no maior patamar em 4 anos. O brasileiro terá se alimentado, em média, com 39 kg de carne anualmente, segundo estimativa da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes). O valor é 2 kg maior que em 2022.
Mais cortes de frango consumidos
A expectativa é que o consumo per capita dos cortes de frango aumente em 1 kg na comparação anual. Assim, fecharão 2023 em 46 kg por pessoa. É a proteína mais comida anualmente no país. Estes dados são estimados pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).
Outras proteínas também em alta
As pessoas agora consomem, em média, uma unidade a mais de ovo por ano –passando a ingerir 242 no período. O consumo de carne de porco se manteve estável em 18 kg por ano. Nenhuma das proteínas registrou queda.
O barateamento das carnes em 2023
Os resultados estão associados a um processo de redução de preços das carnes em 2023. Uma estimativa da LCA Consultores mostra que os bovinos registram a maior redução de preço (-11,9%) em 2023 depois de uma alta no ano anterior. O frango (-9,2%) teve a 2ª maior retração, também depois de uma elevação em 2022. Suínos (-4,9%) vêm em seguida, mas já estavam em processo de queda dos preços desde 2021. Os ovos tiveram aumento de 4% e registram alta nos preços há 3 anos.
O excedente de carnes no Brasil
O resultado tanto do aumento de consumo, quanto do barateamento de bovinos foi impulsionado por causa do excedente de carnes do tipo no Brasil, diz o presidente da ABPA, Ricardo Santin. O especialista falou que o descarte de matrizes (quando o frigorífico realiza abate de bois menos produtivos para deixar somente os animais com maior capacidade) aumentou a quantidade da commodity no Brasil.
Além disso, na análise de Santin, houve uma influência do mercado externo. Frigoríficos brasileiros queriam mais exportações, mas a demanda do exterior não estava quente. Um exemplo foi quando o envio de carne de boi para China foi suspenso em março por causa de um caso atípico de “mal da vaca louca”.
Fatores macroeconômicos e novos hábitos alimentares
Além disso, há fatores macroeconômicos que contribuíram para aumentar o poder de compra dos brasileiros. Um deles foi o processo de baixa na inflação. O índice para alimentos foi o que mais segurou a baixa do indicador no geral em 2023.
O presidente associa o aumento das outras proteínas ao desenvolvimento de novos hábitos alimentares da população durante a pandemia. Naquela época, os cortes bovinos ficaram mais caros e os cidadãos recorreram a carnes mais baratas –frango, suínos e ovos. Dessas 3, nenhuma está com o consumo per capita menor que em 2019, ano anterior ao surto de covid-19. De certa forma, esses cortes teriam se inserido mais no cotidiano dos brasileiros ao decorrer do tempo.
Ricardo diz que a troca do boi por outras carnes foi puxada, especialmente, pela população mais pobre. Esse mesmo segmento puxa os resultados de 2023. “Nas classes menos favorecidas, quando tem uma oferta maior e um preço estável, aumenta o consumo”, declarou.
Informações desta reportagem foram publicadas antes pelo Drive, com exclusividade. A newsletter é produzida para assinantes pela equipe de jornalistas do Poder360. Conheça mais o Drive aqui e saiba como receber com antecedência todas as principais informações do poder e da política.
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Sumário:
1. Estimativa de consumo de carne bovina por pessoa no Brasil em 2023
2. Aumento no consumo per capita de cortes de frango em 2023
3. Variação no consumo de ovos e carne de porco
4. Redução de preços das carnes em 2023
5. Excedente de carne bovina no Brasil impulsiona aumento de consumo e redução de preços
6. Influência do mercado externo no consumo de carne bovina
7. Fatores macroeconômicos que contribuíram para o aumento do poder de compra dos brasileiros
8. Novos hábitos alimentares durante a pandemia e troca do boi por outras carnes
9. Aumento do consumo de carnes por parte da população mais pobre
10. Informações exclusivas do Drive sobre consumo de proteína no Brasil
Cada cidadão terá consumido 39 kg de carne de boi no ano, estima associação; frango fica a 42 kg per capita
O consumo de carne bovina por pessoa no Brasil deve fechar 2023 no maior patamar em 4 anos. O brasileiro terá se alimentado, em média, com 39 kg de carne anualmente, segundo estimativa da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes). O valor é 2 kg maior que em 2022.
A expectativa é que o consumo per capita dos cortes de frango aumente em 1 kg na comparação anual. Assim, fecharão 2023 em 46 kg por pessoa. É a proteína mais comida anualmente no país. Estes dados são estimados pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).
As pessoas agora consomem, em média, uma unidade a mais de ovo por ano –passando a ingerir 242 no período. O consumo de carne de porco se manteve estável em 18 kg por ano. Nenhuma das proteínas registrou queda.
Os resultados estão associados a um processo de redução de preços das carnes em 2023. Uma estimativa da LCA Consultores mostra que os bovinos registram a maior redução de preço (-11,9%) em 2023 depois de uma alta no ano anterior.
O frango (-9,2%) teve a 2ª maior retração, também depois de uma elevação em 2022. Suínos (-4,9%) vêm em seguida, mas já estavam em processo de queda dos preços desde 2021. Os ovos tiveram aumento de 4% e registram alta nos preços há 3 anos.
O resultado tanto do aumento de consumo, quanto do barateamento de bovinos foi impulsionado por causa do excedente de carnes do tipo no Brasil, diz o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
O especialista falou que o descarte de matrizes (quando o frigorífico realiza abate de bois menos produtivos para deixar somente os animais com maior capacidade) aumentou a quantidade da commodity no Brasil.
Além disso, na análise de Santin, houve uma influência do mercado externo. Frigoríficos brasileiros queriam mais exportações, mas a demanda do exterior não estava quente. Um exemplo foi quando o envio de carne de boi para China foi suspenso em março por causa de um caso atípico de “mal da vaca louca”.
Além disso, há fatores macroeconômicos que contribuíram para aumentar o poder de compra dos brasileiros. Um deles foi o processo de baixa na inflação. O índice para alimentos foi o que mais segurou a baixa do indicador no geral em 2023.
O presidente associa o aumento das outras proteínas ao desenvolvimento de novos hábitos alimentares da população durante a pandemia. Naquela época, os cortes bovinos ficaram mais caros e os cidadãos recorreram a carnes mais baratas –frango, suínos e ovos. Dessas 3, nenhuma está com o consumo per capita menor que em 2019, ano anterior ao surto de covid-19. De certa forma, esses cortes teriam se inserido mais no cotidiano dos brasileiros ao decorrer do tempo.
Ricardo diz que a troca do boi por outras carnes foi puxada, especialmente, pela população mais pobre. Esse mesmo segmento puxa os resultados de 2023. “Nas classes menos favorecidas, quando tem uma oferta maior e um preço estável, aumenta o consumo”, declarou.
Informações desta reportagem foram publicadas antes pelo Drive, com exclusividade. A newsletter é produzida para assinantes pela equipe de jornalistas do Poder360. Conheça mais o Drive aqui e saiba como receber com antecedência todas as principais informações do poder e da política.
O consumo de carne bovina por pessoa no Brasil está previsto para atingir o maior patamar em 4 anos, chegando a uma média de 39 kg de carne anualmente em 2023, de acordo com a Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes). Isso representa um aumento de 2 kg em relação a 2022.
A expectativa é que o consumo per capita de cortes de frango também aumente em 1 kg em comparação ao ano anterior, chegando a 46 kg por pessoa em 2023. O frango é a proteína mais consumida anualmente no país, segundo estimativas da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).
Além disso, o consumo médio de ovos por pessoa aumentou em uma unidade, chegando a 242 por ano. Já o consumo de carne de porco se manteve estável em 18 kg anuais. Nenhuma das proteínas apresentou queda no consumo.
Esses resultados estão relacionados a uma redução de preços das carnes em 2023. Segundo a LCA Consultores, os bovinos tiveram a maior redução de preço (-11,9%) no ano, após uma alta no ano anterior. O frango (-9,2%) teve a segunda maior retração, também após uma elevação em 2022. Os suínos (-4,9%) também registraram queda, mas já estavam em processo de redução de preços desde 2021. Já os ovos tiveram um aumento de 4% e registraram alta nos preços nos últimos 3 anos.
Esses resultados foram impulsionados pelo excedente de carne bovina no Brasil, segundo o presidente da ABPA, Ricardo Santin. O descarte de matrizes contribuiu para aumentar a quantidade de carne disponível no mercado.
Além disso, fatores macroeconômicos, como a baixa inflação, contribuíram para aumentar o poder de compra dos brasileiros. Durante a pandemia, houve uma mudança nos hábitos alimentares da população, que passou a consumir carnes mais baratas, como frango, suínos e ovos.
A troca do consumo de carne bovina por outras proteínas foi mais acentuada nas classes menos favorecidas, que foram impulsionadas pela oferta maior e pelo preço estável dessas carnes. Essa troca de proteínas se consolidou ao longo do tempo e o consumo per capita dessas carnes não está menor do que em 2019, ano anterior à pandemia de covid-19.
É importante ressaltar que estas informações foram publicadas pelo Drive, com exclusividade, e são produzidas pela equipe de jornalistas do Poder360.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Cada cidadão terá consumido 39 kg de carne de boi no ano, estima associação; frango fica a 42 kg per capita
De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o consumo de carne bovina por pessoa no Brasil deve chegar ao maior patamar em 4 anos, fechando o ano de 2023 em uma média de 39 kg por pessoa. Isso representa um aumento de 2 kg em relação a 2022. Já o consumo per capita dos cortes de frango, estimado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), deve aumentar em 1 kg, chegando a 46 kg por pessoa. O consumo de carne de porco permanece estável em 18 kg por ano, enquanto o consumo de ovos aumentou em uma unidade, totalizando 242 ovos por ano por pessoa. Vale ressaltar que nenhuma das proteínas registrou queda no consumo.
O aumento no consumo de carne bovina e de frango está relacionado à redução de preços dessas carnes em 2023. Segundo a LCA Consultores, os bovinos tiveram a maior redução de preço (-11,9%) após uma alta no ano anterior, seguidos pelo frango (-9,2%) e pelos suínos (-4,9%). Já os ovos tiveram um aumento de 4% nos preços, registrando alta nos últimos 3 anos.
Esses resultados são impulsionados pelo excedente de carne bovina no Brasil, o que gerou uma redução nos preços. Esse excedente foi resultado do aumento no descarte de matrizes menos produtivas pelos frigoríficos, deixando apenas os animais com maior capacidade produtiva. Além disso, a demanda externa por carne bovina também influenciou nessa queda de preços, com a suspensão das exportações para a China em março devido a um caso de “mal da vaca louca”.
Outro fator que contribuiu para o aumento no consumo de outras proteínas foi o desenvolvimento de novos hábitos alimentares durante a pandemia. Com o aumento no preço da carne bovina, as pessoas passaram a optar por carnes mais baratas, como frango, suínos e ovos. Essa troca de proteína foi mais evidente nas classes menos favorecidas, que aumentaram o consumo dessas carnes quando houve uma oferta maior e preços mais estáveis.
Perguntas e Respostas:
1. Qual é a previsão de consumo per capita de carne bovina para o ano de 2023?
A previsão é de que o consumo per capita de carne bovina seja de 39 kg por ano.
2. Qual é a proteína mais consumida anualmente no Brasil?
O frango é a proteína mais consumida anualmente, com uma previsão de consumo de 46 kg per capita em 2023.
3. Quantos ovos por ano uma pessoa deve consumir, em média, segundo os dados?
A média de consumo de ovos por ano é de 242 unidades por pessoa.
4. Houve queda no consumo de alguma das proteínas mencionadas?
Nenhuma das proteínas mencionadas registrou queda no consumo.
5. O que impulsionou o aumento no consumo de outras proteínas além da carne bovina?
Além do aumento no preço da carne bovina, durante a pandemia houve a busca por opções mais baratas, como frango, suínos e ovos, especialmente pelas classes menos favorecidas.
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