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Mato Grosso realiza exercício simulado para conter surto de febre aftosa

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Foto: Divulgação

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) participou, em Juscimeira, entre os dias 30 de julho e 6 de agosto, de um exercício simulado de emergências sanitárias com ênfase em febre aftosa, realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT).

Além de servidores do Indea, Defesa Civil, forças de segurança pública, Exército e instituições privadas ligadas à pecuária em Mato Grosso, participaram do treinamento órgãos estaduais e superintendências federais da Defesa Agropecuária do Brasil e de países da América do Sul. A Famato foi representada pelo analista pecuário e veterinário Marcos de Carvalho.

Os participantes simularam como agir em caso de surto de febre aftosa, como instalação de barreiras sanitárias, desinfecção de veículos, sacrifício de animais e ações de contenção do vírus em propriedades rurais.

Segundo Marcos de Carvalho, o exercício de simulação de ações contra a febre aftosa deve fortalecer ainda mais o serviço veterinário oficial de Mato Grosso e do país. “Esta parceria entre o Indea, o Mapa e a iniciativa privada possibilita a formação de um número maior de profissionais no estado, tornando a defesa sanitária de Mato Grosso ainda mais preparada para responder às emergências zoossanitárias.”

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A ênfase na capacitação em febre aftosa faz parte do esforço do Brasil para alcançar a condição de saúde como zona livre de doença sem vacinação, mas a ação também orientou os participantes sobre outras emergências zoossanitárias, como peste suína clássica, peste suína africana e gripe. .

Indenização

Em caso de surto de febre aftosa, os produtores rurais de Mato Grosso têm direito a receber indenização pelo valor integral dos animais sacrificados em estado de emergência, conforme previsto na Lei 569/1948.

A compensação é calculada por uma comissão de avaliação, instituída por portaria do Mapa e composta por representantes do próprio ministério, Indea e produtores rurais.

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A eliminação do foco nas propriedades prevê o sacrifício de animais, inclusive aqueles que não apresentam sinais da doença, para conter a propagação do vírus.

O cálculo do valor pago é estipulado pela comissão com a participação do produtor, sendo 50% do valor total pago ao Fundo Estadual de Saúde Animal (FESA-MT) e os 50% restantes pagos pelo governo, por meio da Receita Federal. governo. (2/3 do valor da indenização pública) e do governo estadual (1/3 do valor da indenização pública).

protocolos

Ao redor da fazenda com qualquer caso da doença, são formadas zonas para evitar que o vírus se espalhe. As propriedades rurais que estão em um raio de 3 km do foco estão na perifocal. A partir do perifoco, há uma zona de vigilância por mais 7 km e, a partir desta, surge a área de proteção, com extensão de 15 km. São necessárias ações para conter o surto em uma extensão de 25 km no entorno da propriedade com animais positivos.

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O Centro de Operações de Emergência Zoosanitária (Coezoo) também pode decidir realizar o sacrifício de bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos nas zonas de vigilância e na zona de proteção, para conter a propagação viral mais rapidamente. Também nesta situação o produtor será compensado.

A comissão de avaliação de Mato Grosso e o produtor calcularão o preço dos animais e o valor será pago integralmente pelo governo. O valor da indenização será pago pelo governo federal (2/3 do valor total) e pelo governo estadual (1/3 do valor total).

Se as propriedades estiverem a até 150 km da fronteira internacional, seja foco ou na zona de contenção, o valor será pago integralmente apenas pelo governo federal.

valor genético

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A comissão tem autonomia para avaliar e calcular o valor genético dos animais. Por exemplo: se houver vacas leiteiras de alta produção ou touros de valor genético, a compensação poderá ser acordada com o produtor, sempre visando o valor real do animal (artigo 5º do Decreto 27.932 de 1950).

sacrifício de animais

A comissão também pode avaliar o valor dos prédios e o produtor será ressarcido.

O sacrifício de animais é a maneira mais rápida de conter a propagação do vírus, criando um vazio sanitário em torno do surto. O sacrifício é realizado conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) respeitando todas as regras de bem-estar animal.

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Ao estabelecer o vácuo sanitário, ou seja, sem a presença de animais suscetíveis ao desenvolvimento da doença, a circulação e replicação viral é interrompida, interferindo diretamente na hora de recuperar o status sanitário de livre sem vacinação. Portanto, é preciso levar em consideração os benefícios da rápida contenção do vírus, evitando que mais animais adoeçam, a fim de evitar danos futuros e de longo prazo ao estado e ao país.

Fonte: Agro

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