Lula aprova indicações de Haddad para conselhos do BC em meneio ao mercado e…

Por Marcela Ayres e Bernardo Caram e Luana Maria Benedito

BRASÍLIA (Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aprovou as indicações de Rodolfo Fróes para o missão de diretor de Política Monetária do Banco Médio e de Rodrigo Monteiro para a extensão de Fiscalização da autonomia, segundo três fontes com conhecimento do tema.

As indicações para o BC, instituição que tem sido escopo de fortes críticas de Lula, foram levadas à presidência pelo ministro da Rancho, Fernando Haddad. A indicação dos diretores cabe a Lula e só é realizada posteriormente aprovação do Senado.

Segundo uma das fontes, que pediu anonimato porque as discussões não são públicas, o governo procura fazer acenos ao mercado e aos funcionários do Banco Médio com as indicações.

Fróes trabalhou no Banco Fator até 2021 porquê membro do recomendação e vice-presidente. No início dos anos 2000, ingressou no Bank of America, onde era gerente de portfólio. Bacharel em Governo de Empresas pela PUC-Rio, com especialização em Harvard, Fróes conta, em sua página no Linkedin, que é investidor querubim da startup Qulture.Rocks, de São Francisco.

A avaliação, disse a natividade, é que a indicação de uma pessoa do mercado mostra que Lula não pretende fazer “zero de louco” dentro do BC, afastando os temores de que o governo possa levar um diretor à poder monetária para se opor ao presidente do autonomia, Roberto Campos Neto.

A natividade disse ainda que Fróes é próximo do secretário-executivo do Ministério da Rancho, Gabriel Galípolo, que já presidiu o Banco Fator, o que facilitaria o diálogo do governo com aquele missão, considerado chave na diretoria do BC.

Em universal, economistas e participantes do mercado financeiro saudaram o nome de Fróes, mas isso não foi suficiente para sublevar o preço dos ativos brasileiros em um pregão marcado pela consumição diante das decisões de política monetária do Brasil e dos Estados Unidos.

“Rodolfo Fróes, além de entender o mercado e sua ‘visão’, vem das fileiras da PUC/Rio, tradicional universidade ortodoxa em termos econômicos”, avaliou o economista André Perfeito.

“Acho que o nome do jogo cá é o gesto de ‘gentileza’ do governo para com o BC. Foi um gesto simbólico que visa terebrar caminho para boas relações institucionais que serão coroadas com o novo Marco Fiscal.”

A equipe da Tullett Prebon Brasil considerou a indicação positiva, pois veio “sem muita surpresa e estrondo”, enquanto Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital, disse à Reuters que a aprovação de Fróes por Lula vai na contramão dos recentes ataques do presidente ao BC.

“Mais do que um sinal pró-mercado, é uma ação pró-mercado”, disse ela. “Se a vaga fosse para alguém com perfil acadêmico seria bastante negativa, mas não foi o caso; era um profissional que nem é economista e que tem uma experiência gigantesca dentro do mercado financeiro e foi trazido por ( Gabriel) Galípolo, que é um dos caras mais ortodoxos que compõem oriente Ministério da Rancho.”

Para Argenta, “não fossem esses sucessivos ataques do Poder Executivo ao Banco Médio, esse nome (Fróes) estaria muito muito visto, muito muito visto”, com impacto mais significativo no preço dos ativos brasileiros.

Por outro lado, Dan Kawa, diretor de investimentos da TAG Investimentos, adotou um tom mais pessimista em relação a Fróes, avaliando que sua nomeação foi, “dos males, o menor”. Segundo Kawa, “a indicação é de um economista sem frase no meio acadêmico e com participação insignificante no mercado financeiro. Parece ser uma indicação do Galípolo e estar na lado de Haddad”.

Rodrigo Monteiro, por sua vez, é servidor público de curso do Banco Médio, o que atende aos anseios da categoria, que se opôs à indicação de um nome de fora do banco por considerar que o Diretor de Fiscalização precisa de independência em relação às instituições financeiras, que são monitorou.

O presidente do Sindicato Pátrio dos Empregados do Banco Médio (Sinal), Fabio Faiad, disse em nota que a indicação de Monteiro “foi recebida com refrigério pela categoria”.

“Monteiro reúne todas as condições para treinar as suas atribuições de diretoria, uma das mais sensíveis e importantes da autonomia para prometer a firmeza e segurança do sistema financeiro”, afirmou. “Seria imprudente o superintendente do recomendação ser um nome no mercado, o que poderia gerar conflitos de interesse”.

No final de fevereiro, encerraram-se os mandatos dos diretores de Política Monetária, Bruno Serra, e de Fiscalização, Paulo Souza. No entanto, eles continuam no missão e até votam a decisão de política monetária do Banco Médio que será divulgada nesta quarta-feira.

Se confirmados por Lula e aprovados pelo Senado, os novos diretores farão segmento do Comitê de Política Monetária do Banco Médio, órgão colegiado responsável pela definição da taxa básica de juros do país.

Pela lei de autonomia do BC de 2021, Campos Neto permanecerá porquê presidente da autonomia até dezembro de 2024. Lula indicará todos os membros do recomendação de gestão do banco, formado por nove pessoas.

Nesta quarta-feira, o Copom deve manter a taxa básica de juros Selic no patamar atual de 13,75% pela quinta vez consecutiva, mas todos os olhos estarão voltados para porquê a poder monetária descreverá a evolução dos riscos para a inflação em meio a uma crise crise bancária global.