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Leite disparou Mas Devemos Abrir os Olhos Urgente ?

    Leite disparou Mas Devemos Abrir os Olhos Urgente ?

    Produto registra inflação de 25% em julho e acumula no ano chega a 77%; aumento de fertilizantes e combustíveis contribuem para a crise de grãos.

    O mercado de lácteos teve mais uma valorização em julho, com alta generalizada de preços.

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    O valor de referência Do Leite Disparou

    usado como base na negociação entre produtores e indústrias – registrou alta de 17,2% para o litro de leite padrão entregue em julho, pago em agosto.

    Nas últimas três semanas, no entanto, o setor recuou consecutivamente, encolhendo 10,4%. Com isso, as projeções são de que o valor de referência fique em R$ 2,8195 para o leite entregue em agosto a ser pago em setembro.

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    O cenário foi apresentado em reunião do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Paraná (Conseleite-PR), realizado nesta terça-feira (23).

    “Para julho, tínhamos expectativas de preços recordes. Esse alta se confirmou, mas em agosto o mercado virou.

    Agora, estamos verificando um recuo gradativo em derivados importantes”, disse o vice-presidente do Conseleite-PR, Ronei Volpi – que representa o Sistema FAEP/SENAR-PR no colegiado.

    “Além disso, neste ano, temos tido uma menor captação em relação a anos anteriores. Isso corrobora para preços mais elevados”, explicou.

    A interrupção na sequência de altas se deve ao desempenho de produtos, como muçarela, leite UHT e queijo prato – três itens mais comercializados no Paraná e que exercem um peso maior no cálculo do valor de referência do leite.

    Após terem tido alta expressiva em julho, esses derivados tiveram queda significativa em agosto: o UHT despencou 17%; o muçarela caiu 10%; e o queijo prato, 4,7%.

    “Ainda assim, esses produtos seguem com valores nominais bem acima dos registrados no início do ano”, observou Volpi.

    Leite disparou Mas Devemos Abrir os Olhos Urgente ?
    Leite disparou Mas Devemos Abrir os Olhos Urgente ?

    Alguns derivados que não têm comercialização tão expressiva perderam menos preço.

    É o caso do requeijão, que permaneceu estável; do parmesão, que recuou 1,2%; da bebida láctea, que teve queda de 1,1%; e do creme de leite, de 2,1%.

    Apenas quatro itens do mix de comercialização mantiveram a alta: leite pasteurizado (2,4%); leite em pó (12,2%); doce de leite (4,2%); e iogurte (2,1%).

    Volpi, avalia que, por um lado, a queda está atrelada ao poder aquisitivo da população.

    Por outro, o vice-presidente do Conseleite-PR mencionou o momento difícil pelo qual passa o setor, pressionado por aumentos consecutivos dos custos de produção e desafios externos.

    “Temos enfrentando uma série de dificuldades, começando por questões climáticas, desestímulos ao setor, culminando com muitos produtores abandonando a atividade.

    Neste momento, reputamos que essa queda tem a ver mais com o fato de os preços terem batido no teto para o consumidor do que com questões relacionados à produção”, avaliou.

    Os alimentos básicos pesam cada vez mais no bolso dos brasileiros.

    O leite e seus derivados, como queijos, iogurtes e leite condensado, presentes do café da manhã à sobremesa do jantar, estão passando por um aumento de preços que gerou um impacto negativo na inflação de 0,22 ponto percentual. Somente entre janeiro e julho de 2022,

    O leite teve alta de 77,84%, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

    O que quase ninguém sabe é que a inflação do leite está diretamente relacionada a problemas no cenário internacional, como a guerra na Ucrânia, por exemplo.

    Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficianza, empresa especializada em negócios internacionais, explica que “o preço do leite não depende apenas do desejo do estabelecimento em obter mais lucros.

    O aumento dos preços dos combustíveis e a escassez de grãos, exacerbados pelo conflito na Ucrânia, afetam o valor final dos alimentos”.

    Durante o período mais severo de isolamento causado pela pandemia, em 2021, o brasileiro se acostumou ainda mais a levar leite para casa. O país registrou um aumento de 22% no consumo de alimentos, segundo a Embrapa.

    A abundância deu lugar a uma economia forçada. Pesquisa do Datafolha revelou que 23% estão substituindo o leite integral puro por soro de leite.

    ”O aumento da demanda por um determinado produto afeta diretamente seu valor.

    E isso não é exclusivo do Brasil. Problemas internacionais como a crise de fertilizantes e a escassez de grãos afetam diretamente a alimentação das vacas, o que interfere no custo do leite”, diz o especialista.

    Outro problema é o aumento dos preços dos combustíveis. Em maio, o diesel atingiu o teto de R$ 7, o maior valor da série histórica da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

    Desde então, o preço caiu, mas ainda tem um impacto negativo no custo do leite.

    As circunstâncias do mercado externo ajudam o consumidor a entender o que pode acontecer com os preços dos produtos e se haverá variação nos valores.

    ”Não só a agricultura, mas todas as esferas de consumo dependem das importações, dependem dos combustíveis.

    Manter-se informado sobre esses processos nos permite entender que se houver um choque em qualquer parte da produção, mesmo que pareça distante, o consumidor sentirá a diferença de preços”, disse o diretor da Efficianza.

    Sobre a Efficianza

    A Efficianza é uma empresa fundada em 1996 com o objetivo de prestar assessoria em comércio internacional.

    A empresa se destaca como uma solução abrangente na área de desembaraço aduaneiro, logística internacional e consultoria em comércio internacional.

    Uma boa notícia para o consumidor: o preço do litro do leite, o maior vilão da inflação, começa a recuar nesse mês nas prateleiras dos mercados e já vai ser sentida no bolso dos brasileiros.

    Isso porque o mercado está com estoque do produto aliado ao fim do período de estiagem que prejudicou a produção.

    De acordo com o portal Uol, o leite subiu mais de 25% no varejo no mês passado acumulando uma alta de quase 80% nesse ano, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

    Mas, na última terça-feira o produto já apresentava redução de quase 17% no preço do varejo na cidade de São Paulo, segundo os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

    “O pior momento de alta de preços acho que já passou”, afirmou o pesquisador em economia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Gado de Leite, Samuel José de Magalhães Oliveira.

    Ele acredita que o valor praticado antes da pandemia não deve ser retomado, mas acredita que as cotações muito elevadas devem ceder neste segundo semestre.

    No mês passado, o leite em caixinha sumiu das prateleiras tendo uma redução de 22,7% do volume regulamente ofertado às redes atacadistas.

    Esse foi o maior índice registrado em ausência do produto nos supermercados nos últimos três anos, como mostrou a pesquisa nacional da consultoria Neogrid que monitora 80% das maiores redes de supermercados.

    A falta do produto no varejo foi o resultado das negociações mais intensas entre os supermercados e os laticínios, exatamente por conta da alta de preços.

    Para a Embrapa, esta foi uma das piores entressafras do laticínio. No primeiro trimestre, a captação de leite pela indústria, que reponde pela maior fatia do mercado, foi de 5,9 bilhões de litros.

    É um volume 10,3% menor comparado ao do mesmo período do ano anterior. Mas, esse cenário já começou a mudar com o estímulo dos produtores em atender um mercado com preços mais elevados.

    Além disso, a recessão da economia global fez os custos de grãos caírem e dessa forma diminuir os custos de produção.

    “Poucas vezes houve um estímulo tão forte via preço para o aumento da produção como neste meio de ano”, frisou Oliveira.

    Para o pesquisador em economia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Gado de Leite, Samuel José de Magalhães Oliveira, além da forte seca outros fatores levaram à disparada do preço do leite.

    Entre eles, estão os choques de preços dos grãos usados na alimentação do gado, como milho e soja, e as restrições sociais provocadas pela pandemia, como os lockdowns.

    Vale lembrar que os dois grandes produtores de grãos, Rússia e Ucrânia, estão em guerra e isso fez subir o preço dos grãos e como consequência encareceu ainda mais o litro de leite

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