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IPCA-15 foi de 0,28% em agosto

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No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,38% e, em 12 meses, de 4,24%, acima dos 3,19% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2022, a taxa era de -0,73%.

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Sete grupos, dos nove pesquisados, registraram alta em agosto. A maior variação (1,08%) e o maior impacto (0,16 p.p.) vieram de Habitação. Também cresceram os grupos Saúde e cuidados pessoais (0,81%) e Educação (0,71%), que contribuíram com impactos de 0,11 pp e 0,04 pp, respectivamente. Do lado das quedas, o destaque ficou com Alimentação e bebidas (-0,65%), que contribuiu com -0,14 p.p. Os demais grupamentos ficaram entre a queda de Vestuário (-0,03%) e a alta de Despesas Pessoais (0,60%).

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No grupo Habitação (1,08%), destaca-se o aumento da energia elétrica residencial (4,59% e 0,18 pp), influenciado pelo fim da incorporação do Bônus Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês anterior. Além disso, foram aplicados reajustes em três regiões abrangidas pelo índice: em Curitiba (9,68%), onde o reajuste de 10,66% entrou em vigor a partir de 24 de junho; em Porto Alegre (5,44%), com reajuste de 2,92% a partir de 19 de junho, em uma das concessionárias pesquisadas; e em São Paulo (4,21%), onde o reajuste de -1,13% foi aplicado a partir de 4 de julho, em uma das concessionárias pesquisadas.

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Ainda no grupo Habitação, o aumento na taxa de água e esgoto (0,20%) se deve aos reajustes de 3,45% em uma das concessionárias de Porto Alegre (0,93%), a partir de 1º de julho, e de 5,02% em Brasília ( 2,20%), a partir de 1º de agosto. Por sua vez, a queda do gás canalizado (-0,31%) deve-se às reduções tarifárias em duas áreas abrangidas: no Rio de Janeiro (-0,65%), uma redução média de 1,70%, a partir de 1 de agosto; e em Curitiba (-0,77%), redução de 2,23%, a partir de 4 de agosto.

A aceleração de Saúde e cuidados pessoais (0,81%) se deve aos itens de higiene pessoal, que passou de -0,71% em julho para 1,59% em agosto. Os preços de produtos para a pele (8,57%) e perfumes (2,94%) subiram, após caírem 4,32% e 1,90% em julho, respectivamente. Na Educação (0,71%), os cursos regulares aumentaram 0,74%, principalmente por conta dos subitens creche (1,91%) e ensino superior (1,12%). A alta nos cursos diversos (0,06%) foi influenciada pelos cursos preparatórios (1,22%) e pelos cursos de idiomas (0,14%).

Nos Transportes (0,23%), o resultado foi puxado pela alta nos preços dos carros novos (2,94%). Nos combustíveis (0,46%), houve aumento nos preços da gasolina (0,90%) e do gás veicular (1,88%) e quedas no óleo diesel (-0,81%) e no etanol (-2,55%). Destaque também para a queda de 11,36% nos preços das passagens aéreas, que haviam aumentado 4,70% em julho.

Ainda em Transportes, o aumento nas tarifas de táxi (0,43%) se deve ao reajuste de 20,19% nas tarifas a partir de 24 de julho em Fortaleza (13,89%). Vale citar também a queda nos ônibus urbanos (-2,80%), devido à redução de 25,00% nas tarifas de Belo Horizonte (-20,91%), a partir de 8 de julho. Nos ônibus intermunicipais (0,49%), houve reajustes de 7,24% em Recife (2,63%), a partir de 10 de julho, e de 6,00% em Porto Alegre (0,08%), a partir de 1º de agosto.

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A queda no grupo Alimentação e bebidas (-0,65%) se deve principalmente à deflação da alimentação no domicílio (-0,99%), que já havia recuado nos últimos dois meses. Os destaques são as quedas em batata (-12,68%), tomate (-5,60%), pedaços de frango (-3,66%), leite longa vida (-2,40%) e carnes (-1,44%). Em alta, as frutas (1,42%) subiram de preço.

A alimentação fora do domicílio (0,22%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,46%), devido à desaceleração dos lanches (1,02% em julho para 0,14% em agosto). A alimentação (0,35%) acelerou frente ao resultado de julho (0,17%).

Quanto aos índices regionais, apenas uma região teve variação negativa em agosto. A menor variação ocorreu em Belo Horizonte (-0,18%), cujo resultado foi influenciado pela queda nos ônibus urbanos (-20,91%). A maior variação foi em Fortaleza (0,73%), devido ao aumento dos preços da gasolina (5,92%) e dos preços da energia elétrica residencial (3,23%).

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Para o cálculo do IPCA-15 foram coletados os preços do período de 14 de julho a 14 de agosto (referência) e comparados com os vigentes de 15 de junho a 13 de julho (base). O indicador refere-se às famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

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