Ibovespa avança com escora de commodities e cenário corporativo em destaque

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) – A Bolsa de Valores de São Paulo iniciou a semana com viés positivo, favorecida pela subida das commodities, enquanto o noticiário corporativo destacou uma oferta pelo controle da Braskem e os resultados do Itaú Unibanco e BTG Pactual, além de novos ruídos envolvendo a privatização da Eletrobras.

Às 10h37, o Ibovespa subia 1,02%, para 106.224,59 pontos. O volume financeiro foi de 4,27 bilhões de reais.

Ao mesmo tempo, o contrato porvir de Ibovespa de limitado prazo para o dia 14 de junho avançava 0,85%, a 107.510 pontos.

A estudo técnica da equipe do Itaú BBA destacou que o pregão desta sexta-feira pôs término ao cenário negativo de limitado prazo, impulsionando o Ibovespa a uma grande recuperação na semana e quebrando a resistência inicial de 104,5 milénio pontos.

“Esse movimento trouxe consolação para o limitado prazo e colocou as ações com viés positivo para os próximos dias”, disseram, destacando em relatório a clientes que o próximo objetivo – e o mais relevante – será ultrapassar 108,3 milénio pontos e iniciar uma tendência de subida de médio prazo.

DESTAQUES

– O PNA BRASKEM disparou 15,53%, para R$ 27,45, em seguida a Novonor orar que recebeu uma proposta não vinculante envolvendo o controle acionário que detém na petroquímica, mas sem identificar os grupos responsáveis ​​pela oferta recebida. Na sexta-feira, as ações da Braskem dispararam mais de 40% em seguida a notícia de que a petroleira Adnoc, dos Emirados Árabes Unidos, se juntaria à gestora Apollo para fazer uma oferta pela petroquímica brasileira. A Novonor detém 50,1% do capital votante da Braskem e a Petrobras outros 47%.

– ITAÚ UNIBANCO PN perdeu 0,12%, a R$ 25,96, em seguida proceder mais de 2% no início do dia, na esteira do aumento de 14,6% no lucro líquido recorrente do primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano pretérito, para R$ 8,435 bilhões , em risco com as expectativas do mercado, em um resultado marcado por controle de custos e inadimplência sólido em relação ao final do ano pretérito. Para a equipe da Guide Investimentos, o resultado do banco foi positivo. “O banco está conseguindo seguir um prolongamento mais racional da carteira, aumentando a exposição em segmentos menos ousados, o que a nosso ver é uma estratégia assertiva neste cenário mais reptador”, afirmou em relatório enviado a clientes.

– BTG PACTUAL UNIT avançava 0,84%, a 24,07 reais, perdendo fôlego em seguida início mais potente, quando subiu 2,7%. O banco reportou anteriormente um lucro líquido ajustado de 2,26 bilhões de reais no primeiro trimestre, em risco com as expectativas do mercado, com receitas totais avançando em dois dígitos anualmente. O resultado representa um aumento de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior. Para os analistas do Citi, os resultados do primeiro trimestre falam muito do fluxo diversificado de receita do BTG e são um bom presságio para os comentários recentes da governo sobre a expansão do retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) para o ano.

– ELETROBRAS ON caiu 2,06%, 33,26 reais. Na última sexta-feira, a Advocacia-Universal da União (AGU) pediu ao Supremo Tribunal Federalista (STF) em ação direta de inconstitucionalidade que conceda à União poder de voto na companhia de virilidade elétrica proporcional à sua participação na empresa. A ação, na prática, pede a vedação de secção da Lei de Desestatização da Eletrobras. A ação também foi subscrita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo nota da AGU. No sábado, Lula indicou que deveria questionar novos aspectos da privatização da Eletrobras. A empresa disse na segunda-feira que avaliaria medidas para prometer um “envolvente confiável”.

– PETROBRAS PN ganhava 1,63%, a 24,39 reais, em sessão de subida do petróleo no exterior. O contrato do Brent subiu 2,56%, para US$ 77,23 o barril. A empresa também recebeu autorização da Filial Vernáculo do Petróleo, Gás Procedente e Biocombustíveis (ANP) para retomar a produção em mais nove instalações no Polo Bahia Terreno e colocar em operação a plataforma Anna Nery, na Bacia de Campos. A Equinor também informou que decidiu com seus parceiros Repsol Sinopec e Petrobras investir murado de US$ 9 bilhões para desenvolver a invenção de gás e condensado BM-C-33 no Brasil.

– O VALE ON subiu 1,94%, para 70,38 reais, com os futuros do minério de ferro mostrando uma potente recuperação na segunda-feira, com o benchmark de Cingapura subindo supra de US$ 100 a tonelada, impulsionado pelas esperanças de melhora na demanda de aço na China. Na Dalian Commodity Exchange da China, o contrato de referência encerrou as negociações diurnas em subida de 5%, a RMB 721,50 (US$ 104,33) a tonelada.

– PRIO ON subiu 1,84%, para 34,92 reais. A petroleira disse na segunda-feira que não há negociações, negociações ou acordos no momento para uma potencial compra de participação na Enauta. A asseveração surge na sequência de uma nota do colunista Lauro Jardim, do jornal O Mundo, afirmando que a Prio estaria a negociar a compra da participação do Bradesco e do Santander Brasil, murado de 28% no totalidade, na Enauta. Na última sexta-feira, as ações da Enauta, que não estão no Ibovespa, dispararam mais de 16%. Nesta sessão, o ENAUTA ON ganhou 1,79%, a 12,5 reais.

– BDR INTER&CO rendeu 0,91%, a R$ 8,74, em seguida publicar lucro líquido de R$ 24,2 milhões no primeiro trimestre, revertendo prejuízo de R$ 28,8 milhões sofrido no mesmo período do ano pretérito. A empresa, combinação de banco do dedo com marketplace de produtos e serviços, apurou progresso de murado de 23% na receita líquida de janeiro a março em relação ao primeiro trimestre de 2022, para 1 bilhão de reais.

– A SLC AGRÍCOLA ON recuou 3,09%, para 41,06 reais, tendo no radar um relatório de analistas do Bank of America rebaixando a recomendação de ações para “underperform” de “neutro” e reduzindo o preço-alvo de 56 para 41 reais. “Com a transição das condições climáticas de dois La Niñas consecutivos para um potente El Niño, vemos riscos negativos…” Eles também veem benefícios reduzidos de preços mais baixos de fertilizantes e produtos químicos agrícolas.