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Projeto de recuperação de áreas degradadas avança no Rio Grande do Sul • Portal DBO

Equilíbrio entre sustentabilidade ambiental e financeira. É o que busca o “Projeto de Recuperação de Biomas”, estudo de caso que foi apresentado durante reunião do Comitê Gestor Estadual do Plano ABC+ RS, na tarde desta quarta-feira (18/07), coordenado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), com a participação de 32 representantes de entidades públicas e privadas, presencial e virtualmente.

O projeto teve início em 2018, em parceria entre a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag-RS) e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), com base em dados alarmantes sobre o Bioma Pampa, incluindo a diminuição de quatro milhões de hectares de área entre 1985 e 2021 (de 30 km/ha para 23 km/ha).

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“São vários projetos em sequência com duração entre 30 e 36 meses, começando pela conversão de mudas para reflorestamento obrigatório de obras de utilidade pública como, por exemplo, Corsan, RGE e Fraport. Atualmente, conseguimos chegar a 800 mil mudas compensadas, atendendo 438 propriedades familiares e 2.100 hectares de área recuperada”afirma Alexandre Scheifler, consultor da Fetag-RS.

“Esses recursos da compensação ambiental de obras de utilidade pública são convertidos em ações de melhoria da qualidade ambiental do sistema produtivo primário”diz o assessor técnico da Sema, Diogo Rech, parceiro do projeto.

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Foto: Fetag-RS

Agentes de Conservação – Assim são chamados os agricultores familiares que participaram do Plano de Recuperação do Bioma Pampa. “Eles vivem e ganham a vida nessas áreas. São eles que estão lá no dia a dia.”afirma o agrônomo Adrik Richter, da Fetag-RS.

Em cada propriedade rural selecionada, foi recuperada uma área de cinco hectares. “A Fetag dá o estímulo com alguns recursos e insumos para melhorar aquela área e também uma assistência técnica que, de fato, faz a mudança acontecer naquela propriedade”explica Richter.

O projeto também envolve treinamentos e seminários que atingem cerca de 3.000 pessoas em cerca de 150 municípios, abordando o tema do Bioma Pampa. Em uma segunda fase, o projeto deve atingir a distribuição de um milhão e meio de mudas, atendendo cerca de 1.000 propriedades, em mais três anos de atividades.

“Trata-se de um projeto que é referência para o Plano ABC+RS na promoção de práticas de recuperação de pastagens em áreas degradadas, que é uma das oito tecnologias relacionadas ao plano. O nosso objetivo é partilhar esta proposta com as várias entidades que também trabalham nesta temática para que possamos construir projetos ainda maiores.”avalia Jackson Brilhante, engenheiro florestal do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário da Secretaria de Agricultura (DDPA/Seapi) e coordenador do Comitê Gestor Estadual do Plano ABC+RS.

A reunião do Comitê Gestor Estadual do Plano ABC+ RS também tratou da formação de grupos de trabalho e ações para a Expointer 2023.

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Sobre o Plano ABC+RS – Em abril de 2023, o Estado do Rio Grande do Sul lançou as metas do Plano Agricultura de Baixo Carbono (ABC+ RS), com diretrizes para promover a adaptação às mudanças climáticas e controlar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) na agricultura gaúcha, com vistas ao aumento da eficiência e resiliência dos sistemas produtivos.

Fonte: Ascom Seapi/Governo do RS

**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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