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Preços de hortaliças caíram no atacado em fevereiro

O mês de fevereiro foi marcado pelo movimento predominante de queda de preços de batata, cebola e tomate na maioria das Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país. Os dados são do 3º Boletim do Programa de Modernização do Mercado Hortícola Brasileiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta quinta-feira (16). De acordo com o estudo, apenas a cenoura teve preços elevados em quase todas as Ceasas analisadas.

No caso da cebola e do tomate, a queda nos preços já vinha ocorrendo desde os meses anteriores. A cebola teve pico de preço em novembro de 2022, mas a partir de então houve quedas intensas, mesmo com a menor oferta em alguns períodos.

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Quanto ao tomate, a queda não foi unânime, refletindo-se nos percentuais da média ponderada que, no mês em análise, teve queda de -5,08%, na comparação com a média de janeiro.

Já a batata teve altas consecutivas de 22/09 a janeiro deste ano, mas em fevereiro os preços caíram na maioria das Ceasas, com exceção da Ceasa/DF – Brasília, que registrou alta de 6,69%. A oferta tem se mantido praticamente estável e sua queda nos dois primeiros meses do ano não foi suficiente para empurrar os preços para cima.

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O Boletim do Prohort também mostra que os aumentos percentuais para as cenouras foram bastante significativos. A média ponderada das Ceasas foi 44,22% superior à registrada em janeiro, mês em que a média havia subido 36,43% em relação a dezembro de 2022. O principal motivo para isso foram as chuvas acima da média nas regiões produtoras do Sudeste. Isso reduziu a oferta da safra nos centros, o que vem acontecendo desde janeiro, quando os preços se inverteram.

A maior alta no preço da cenoura foi no Distrito Federal, onde o aumento de 113,62% fez com que o produto custasse em média R$ 4,11 o quilo. Os preços da cenoura também subiram na Ceasa de Rio Branco/AC, com alta de 89,60%. Com isso, o quilo passou a custar R$ 6,56. Na Ceasa de Curitiba/PR, o aumento foi de 65,33%, com o quilo a R$ 2,59.

frutas

No mês de fevereiro, no que diz respeito às frutas, apenas a banana deu alguns sinais de baixa de preços em mercados altamente comercializados, especialmente nas Ceasas localizadas em Goiânia/GO (-11,69%) e Belo Horizonte/MG (-11,62%), onde o a fruta foi vendida por R$ 4,88/kg e R$ 3,55/kg, respectivamente.

Ainda assim, nas centrais de Rio Branco/AC e São José/SC, houve aumentos significativos. Isso porque a quantidade ofertada caiu e houve movimentação ligada à queda na produção de banana-anã, que teve alta oferta nos meses anteriores. O mercado da banana prata, na entressafra, continuou com preços altos, mas estáveis. As exportações também caíram, principalmente devido às menores compras da Argentina.

A laranja teve queda moderada na oferta, causada pela redução da colheita no campo devido às chuvas que causaram problemas logísticos, e aumento de preços influenciado pelo aumento da demanda no varejo devido ao calor, entre outros fatores. A demanda da indústria produtora de suco permaneceu alta. As exportações também cresceram e as perspectivas anuais para as vendas externas são positivas.

O mamão manteve a tendência de alta, mantendo-se em patamares elevados de preços. A oferta de mamão permaneceu baixa e as exportações diminuíram justamente pela menor disponibilidade interna do produto.

Quanto à melancia, houve queda na produção no Rio Grande do Sul e aumento no sul da Bahia, com presença de frutos de qualidade. Os empresários do setor nessas regiões tiveram boa rentabilidade. As exportações, por outro lado, diminuíram devido ao menor volume produzido no Rio Grande do Norte e ao aumento dos preços do frete marítimo.

A movimentação da maçã foi diferente, pois os preços caíram e as vendas subiram na maior parte das Ceasas, com a chegada da safra de maçã gala aos mercados, atrasada em um mês devido à estiagem no Rio Grande do Sul. A colheita da safra fuji se intensificará no final de março e início de abril. A safra de exportação começará efetivamente neste mês, com aumento do volume colhido. Ao mesmo tempo, as importações devem diminuir com a chegada da nova safra.

Ainda de acordo com o Boletim Prohort, o volume exportado da fruta, considerando janeiro e fevereiro de 2023, foi de 158,5 mil toneladas, 9,4% a menos em relação ao mesmo período do ano passado, com valor superior a US$ 155,4 milhões, 5,7% superior. Destaque para as reduções consideráveis ​​na exportação de melão (-12,8%), banana (-20,1%), mamão (-17,5%) e pêssego (-55%), em relação ao ano passado. A manga teve um aumento de 4,8% na quantidade exportada pelo Brasil: foram 16,8 mil toneladas nos dois primeiros meses deste ano.

Os dados estatísticos do Boletim Conab Prohort foram coletados em onze Centrais de Abastecimento localizadas em São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, Vitória/ES, Curitiba/PR, São José/SC, Goiânia/GO, Brasília/ DF, Recife/PE, Fortaleza/CE e Rio Branco/AC.

Clique aqui para acessar a íntegra do 3º Boletim Hortigranjeiro de fevereiro de 2023, disponível no Portal da Conab.

da Conab

Fonte: Agro

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