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Governo deveria intervir nos custos do leite?

    PCP defende intervenção do Governo nos custos de produção do leite

    Sumário

    Identifique as seções principais

    • O Governo “tem a obrigatoriedade de intervir em duas linhas: nos custos dos fatores de produção e na pressão política”
    • Aludindo ao peso dos fatores de produção no preço do leite
    • No entender de Paulo Raimundo, o executivo socialista “tem que intervir do ponto de vista dos combustíveis
    • A visita de Paulo Raimundo, integrada na iniciativa “Viver melhor na nossa terra”, centrou-se hoje no tópico “Defender a Produção Leiteira”
    • A responsabilidade sobre a crise no setor que conta hoje com pouco mais de três mil produtores de leite “é do Governo”
    • Segundo o presidente da Aprolep, o setor conta com cerca de 3.100 produtores, e tem registado fechos na ordem das 200 empresas por ano, nos últimos dois anos

    Introdução

    O Governo e a crise na produção leiteira

    O Governo tem a obrigação de intervir nos custos dos fatores de produção e na pressão política para criar condições que aumentem o preço à produção. Caso contrário, o setor leiteiro corre o risco de acabar com a produção. Neste artigo, abordaremos a necessidade de intervenção do Governo nos combustíveis e na concentração, assim como os desafios enfrentados pela produção leiteira e a responsabilidade do Governo e de outros partidos políticos na crise do setor.

    O Governo “tem a obrigatoriedade de intervir em duas linhas: nos custos dos fatores de produção e na pressão política” no sentido de criar condições “para que o preço à produção seja mais elevado, o que obriga a fixar preços também do ponto de vista da distribuição”, disse Paulo Raimundo no final de uma vista a uma vacaria e queijaria em Valado de Santa Quitéria, no concelho de Alcobaça, no distrito de Leiria.

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    Aludindo ao peso dos fatores de produção no preço do leite, o dirigente comunista considerou que estes “estão a pressionar toda a gente” e que o Governo “podia devia e tem que fazer mais”, sob o risco de “mais tarde ou mais cedo” a única opção do setor ser “acabar com a produção”.

    No entender de Paulo Raimundo, o executivo socialista “tem que intervir do ponto de vista dos combustíveis, tem que intervir do ponto de vista da concentração em si mesmo, fazer uma compra dos fatores de produção para os vender aos produtores a preços acessíveis”. Caso contrário, “as pessoas não aguentam mais e vai sobrar para todos”, produtores e consumidores.

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    A visita de Paulo Raimundo, integrada na iniciativa “Viver melhor na nossa terra”, centrou-se hoje no tópico “Defender a Produção Leiteira”, setor que o líder do PCP considerou ter feito “u esforço tremendo” para se modernizar e cumprir a legislação europeia e que tem sido estrangulado “pelo fim das quotas leiteiras” e uma política “conduzida para cumprir os interesses dos países da Europa Central”.

    A responsabilidade sobre a crise no setor que conta hoje com pouco mais de três mil produtores de leite “é do Governo”, mas também, rematou “do PSD, do Chega e da Iniciativa Liberal que, neste caso concreto, alinham profundamente com estas opções erradas que apertam os produtores e que acabam por apertar as nossas vidas”.

    Na visita em que se associou “ao grito de alma dos produtores” o líder do PCP ouviu do presidente da Associação dos Produtores de Leite de Portugal (Aprolep), e dono da exploração, Jorge Silva, explicar que o leite está a ser vendido pelo produtor a “46 ou 47 cêntimos” e que “os custos de produção de rondam os 56 cêntimos”.

    Ainda que o preço ao produtor tenha conhecido um ligeiro aumento “o custo de produção de uma vaca subiu cerca de 60%”.

    Para o produtor, “se o Governo quiser manter a produção nacional” terá que tomar medidas, entre as quais “apoios para compensar as percas ou alguma coordenação da distribuição de resultados” para que as três fileiras: produção, industria e distribuição, “se possam ajudar mutuamente”.

    Segundo o presidente da Aprolep, o setor conta com cerca de 3.100 produtores, e tem registado fechos na ordem das 200 empresas por ano, nos últimos dois anos. Ainda assim, garante não haver risco de necessidade de importação de leite.

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    Governo deve intervir nos custos de produção e na pressão política

    O Governo “tem a obrigatoriedade de intervir em duas linhas: nos custos dos fatores de produção e na pressão política” no sentido de criar condições “para que o preço à produção seja mais elevado, o que obriga a fixar preços também do ponto de vista da distribuição”, disse Paulo Raimundo no final de uma visita a uma vacaria e queijaria.

    Pressão nos fatores de produção pode levar ao fim da produção

    Os custos dos fatores de produção estão a pressionar todos os produtores de leite e o Governo “podia devia e tem que fazer mais” para resolver esta situação, caso contrário, o setor leiteiro corre o risco de acabar com a produção.

    Governo deve intervir nos combustíveis e na concentração para garantir preços acessíveis

    Na opinião de Paulo Raimundo, o Governo deve intervir no setor dos combustíveis e na concentração para garantir preços acessíveis aos produtores, caso contrário, a situação será insustentável tanto para os produtores quanto para os consumidores.

    Setor leiteiro está a sofrer com o fim das quotas e política europeia

    O setor leiteiro fez um grande esforço para se modernizar e cumprir as leis europeias, no entanto, tem sido estrangulado pelo fim das quotas leiteiras e por uma política que favorece os países da Europa Central.

    O Governo e outros partidos são responsáveis pela crise no setor

    Paulo Raimundo responsabiliza o Governo, o PSD, Chega e Iniciativa Liberal pelas opções erradas que têm prejudicado os produtores de leite e afetado a vida das pessoas.

    Produtor alerta para os custos de produção superiores ao preço de venda

    O presidente da Associação dos Produtores de Leite de Portugal (Aprolep), Jorge Silva, alerta para a diferença entre o preço de venda do leite (46 ou 47 cêntimos) e os custos de produção (56 cêntimos).

    Medidas necessárias para manter a produção nacional de leite

    Para manter a produção nacional de leite, o Governo deve implementar medidas de apoio aos produtores e coordenar a distribuição dos resultados entre as três fileiras: produção, indústria e distribuição.

    Setor leiteiro conta com cerca de 3.100 produtores

    O setor leiteiro em Portugal tem cerca de 3.100 produtores e tem registado o encerramento de cerca de 200 empresas por ano nos últimos dois anos. No entanto, não há risco de necessidade de importação de leite.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

    Conclusão

    O líder do PCP, Paulo Raimundo, defendeu que o Governo português deve intervir nos custos dos fatores de produção e na pressão política para criar condições que permitam um preço mais elevado à produção e uma distribuição equilibrada. Segundo ele, as medidas atuais estão a pressionar os produtores, o que pode levar ao fim da produção no setor leiteiro. Raimundo também responsabilizou outros partidos políticos pelas opções erradas que afetam os produtores e a vida das pessoas.

    1. Quais são as áreas em que o Governo português deve intervir, segundo Paulo Raimundo?

    O Governo português deve intervir nos custos dos fatores de produção e na pressão política.

    2. Qual é o risco caso o Governo não tome medidas?

    O risco é o possível fim da produção no setor leiteiro.

    3. Quem Paulo Raimundo responsabiliza pelas opções erradas que afetam os produtores e a vida das pessoas?

    Além do Governo, o líder do PCP responsabiliza o PSD, o Chega e a Iniciativa Liberal.

    4. Qual é a solução proposta pelo presidente da Associação dos Produtores de Leite de Portugal?

    Entre as medidas propostas pelo presidente da Aprolep estão apoios para compensar as perdas e coordenação na distribuição de resultados entre as três fileiras: produção, indústria e distribuição.

    5. Qual é o número atual de produtores de leite em Portugal?

    Atualmente, Portugal conta com cerca de 3.100 produtores de leite.

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