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Goiás publica decreto de emergência zoossanitária

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    Foto: Lucas Scherer Cardoso/Embrapa

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    O governo de Goiás, por meio da Agência de Defesa Agropecuária de Goiás (Agrodefesa), publicou no Suplemento do Diário Oficial do Estado, na última quarta-feira (2), decreto que estabelece situação de emergência zoossanitária, de forma preventiva, para mitigar o risco de gripe altamente aviária patogênica (HPAI), o gripe aviárianão estado.

    O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) declarou estado de emergência no território nacional em maio deste ano.

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    Os estados de Santa Catarina, Espírito Santo, Bahia, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Sergipe e Piauí também declararam situação de emergência zoossanitária pela doença.

    O documento estadual tem validade de 180 dias a partir da data de publicação e tem como principal objetivo permitir que o estado adote e intensifique medidas de conscientização para prevenir, monitorar e combater a gripe aviária em Goiás. Até o momento, Goiás não registrou nenhum caso de gripe aviária, seja em aves silvestres, de subsistência (quintal) ou em granjas comerciais.

    Reforçamos nossas ações de prevenção, mas existe a possibilidade de ocorrer um surto. Outros estados costeiros já registraram casos da doença em aves silvestres e de subsistência. Caso isso aconteça aqui, estamos preparados para realizar as ações necessárias seguindo os protocolos recomendados no plano estadual de contingência da gripe, que está em consonância com o Mapa, aponta o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.

    O presidente também reforça que o decreto de emergência garante agilidade e simplificação dos processos. Por exemplo, se precisarmos adquirir um insumo para uso imediato, temos a prerrogativa de uma situação de emergência. Quando estamos nessa situação, com risco de impacto econômico e social para o estado devido a uma doença, há maior priorização. O decreto permite agilizar essas medidas, afirma.

    Emergência

    A declaração do estado de emergência foi orientada pelo Mapa em reunião realizada em julho. O objetivo é promover medidas de combate à doença em todo o país e facilitar o acesso dos estados aos recursos disponibilizados pelo governo federal.

    A Medida Provisória (MPV) 1.177/2023, editada pela União, abre crédito extraordinário de R$ 200 milhões no Orçamento de 2023 para o combate à gripe aviária. O recurso será utilizado no Sistema Único de Atenção à Saúde Agropecuária.

    Em Goiás, o governo do estado aportou recursos à Agrodefesa para permitir a execução de ações de prevenção e conscientização sobre a gripe aviária. O orçamento federal possibilitará a ampliação das medidas adotadas.

    A influenza ou gripe aviária é uma doença causada por um vírus, que pode ser transmitida pelo ar, água, alimentos e materiais contaminados, bem como pelo contato com aves doentes e acesso por pessoas fora da criação comercial. Outra forma possível de transmissão do vírus é o contato de aves de criação com aves silvestres de vida livre (que chegam a migrar de um continente para outro). É importante ressaltar que não há risco de transmissão de doenças por carnes, ovos e outros subprodutos, pois esses itens passam por um tratamento térmico que inativa qualquer tipo de vírus.

    Decreto

    Pelo Decreto 10.297, compete à Agrodefesa estabelecer as diretrizes gerais para a implementação das medidas necessárias de prevenção e combate à gripe aviária, podendo editar normas complementares, em especial o plano estadual de contingência da doença, aprovado pela Comissão Estadual de Emergências Sanitárias.

    Também está previsto que as medidas de monitoramento, ações preventivas e análise de risco para a gripe aviária, adotadas em Goiás, ocorram em cooperação entre os municípios, a iniciativa privada e o governo do estado, observados os princípios e diretrizes do Mapa.

    Fica autorizada a mobilização de todos os órgãos e entidades estaduais para apoiar as ações necessárias para prevenir a ocorrência de IAAP e mitigar possíveis casos.

    Prevenção

    O governo de Goiás já adotou medidas para evitar a chegada da gripe aviária. No dia 2 de junho deste ano entrou em vigor a Portaria Agrodefesa nº 209, que estabeleceu a suspensão da criação de aves ao ar livre sem as restrições por telas com dimensões adequadas.

    Por meio do documento, constatou-se a determinação de bloquear a acomodação de aves em estabelecimentos com pendência de registro na Agrodefesa. Além disso, as aves movimentadas em Goiás precisam ter a documentação zoossanitária pertinente e os resíduos de subprodutos avícolas, como esterco e cama de frango, devem passar por tratamento prévio.

    A portaria também estabeleceu a implementação de ações de educação em saúde para sensibilizar a cadeia produtiva avícola, principalmente os pequenos produtores, para fins de registro, notificação de suspeitas de doenças e aplicação de ações de biossegurança. O descumprimento das medidas recomendadas pelo Serviço Veterinário Oficial (Agrodefesa) acarreta penalidades previstas na legislação sanitária animal para o avicultor.

    Saiba identificar os principais sinais de uma ave infectada:

    • Dificuldade em ficar de pé ou andar
    • dificuldade ao respirar
    • Inchaço ou secreção ocular
    • Apatia/letargia
    • Torcicolo ou posição anormal da cabeça
    • movimentos involuntários
    • Convulsões e tremores

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