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4 métodos para proteger a cultura da lagarta do cartucho

    4 metodos para proteger a cultura da lagarta do cartucho

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    A lagarta verde, também conhecida como mandarová ou mandarová-do-fumo, é o nome popular da Phlegethontius carolina paphus. Lagarta é o termo utilizado para designar o estágio inicial dos insetos da ordem Lepidoptera (entre eles borboletas e mariposas).

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    Esse tipo de lagarta é bastante comum em toda a América do Sul, e causa grandes problemas para os produtores agrícolas nas mais diversas culturas. Seus hábitos herbívoros e desfolhadores prejudicam o desenvolvimento da cultura e reduzem a qualidade do produto final.

    A Phlegethontius carolina paphus tem cerca de 70 milímetros de comprimento e se distingue de outras lagartas pelas finas faixas brancas nas laterais e por ter pernas abdominais e terminais. Também é amplamente encontrado em diversas plantas como coqueiros, bananeiras, algodão, fumo, cana-de-açúcar, milho, alfafa, entre outros.

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    No agronegócio, a lagarta verde é uma praga importante principalmente nas culturas de soja, milho, cana-de-açúcar, algodão e arroz. As principais dificuldades para seu controle são sua camuflagem entre a folhagem e seus hábitos noturnos. Apesar desses problemas, existem diversos métodos de combate à praga nas principais lavouras, seja por meios físicos, meios químicos ou controle biológico.

    Detalhe da lagarta verde. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)

    Como combater a lagarta verde?

    1. Aplicação de inseticidas

    O uso de inseticidas é um método de controle muito eficaz, mas alguns cuidados são necessários. É importante conhecer a região, o histórico de ataques e fazer rodízio de produtos para evitar a criação de pragas resistentes ao produto químico.

    Também é importante realizar a correta identificação da praga. Existem vários tipos de lagartas que afetam as principais culturas, como a soja, e muitas possuem diferentes hábitos alimentares, concentrando-se em diferentes partes do desenvolvimento da planta. A correta identificação é fundamental para otimizar o uso do agrotóxico e garantir sua eficácia contra a real ameaça à cultura.

    2. Controle biológico

    A liberação de insetos benéficos pode ajudar a controlar os vermes verdes. Parasitas endógenos como Apanteles sp. e a Belvosia bifasciataalém da vespa cortesia congregacional, que põem ovos que parasitam as lagartas, são alguns dos predadores naturais da lagarta. O controle biológico é mais eficaz quando as lagartas estão no estágio larval inicial.

    O inseto se camufla com as folhas e tem hábitos noturnos.  (Fonte: Pixabay/Reprodução)
    O inseto se camufla nas folhas e tem hábitos noturnos. (Fonte: Pixabay/Reprodução)

    3. Sementes modificadas

    Comprar sementes geneticamente modificadas para criar plantas mais resistentes também é eficaz. É possível comprar sementes ricas em silício, ou usar fertilizantes que causem esse efeito, para criar plantas com fibras mais rígidas que desgastam as mandíbulas das lagartas.

    4. Manejo Integrado de Pragas (MIP)

    O MIP é uma técnica que reúne diferentes formas de proteger as culturas, sejam elas químicas ou naturais. No MIP, além do planejamento de inseticidas, também são utilizadas técnicas como rotação de culturas, adubação balanceada e plantios de ciclo curto. Além disso, pode ser feito o controle cultural, como a retirada de plantas espontâneas, que podem servir de abrigo para as lagartas que ficam próximas ao cultivo.

    99% das lagartas possuem hábitos herbívoros, inclusive a lagarta oblíqua (Lonomia obliqua) que pode causar sérios danos à saúde humana.  (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)
    99% das lagartas têm hábitos herbívoros, incluindo a lagarta oblíqua (lonomia oblíqua) que podem causar sérios danos à saúde humana. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)

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    Importância de identificar lagartas

    Existem várias espécies de lagartas que representam uma ameaça real às grandes lavouras no Brasil, entre as mais comuns:

    • lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda);
    • lagarta preta da soja (Spodoptera cosmioides);
    • lagarta da folha (Spodoptera eridania);
    • lagarta voadora (Chrysodeixis includens);
    • lagarta helicoverpa (Helicoverpa armigera);
    • lagarta da soja (anticarsia gemmatalis).

    Somente no ciclo da soja, por exemplo, é normal a ocorrência de várias lagartas em diferentes estágios de desenvolvimento da planta, sendo comum a lagarta da borracha e a lagarta do fio nos estágios iniciais. A lagarta da soja (anticarsia gemmatalis) e a falsa medição (Chrysodeixis includens) se desenvolvem nas fases intermediárias, enquanto as Spodoptera spp, Heliothis virescens e lagarta do Velho Mundo (Helicoverpa armigera) em todas as etapas.

    A identificação correta é essencial para a escolha dos inseticidas e herbicidas corretos, bem como para o planejamento do manejo integrado de pragas. Para isso, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) disponibiliza o Manual de identificação de insetos e outros invertebrados para cultivo de soja. Também é possível encontrar materiais para identificação de pragas comuns a outras culturas.

    Fonte: Embrapa, Terra Magna, Syngenta, Mais Soja

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    Fonte: Agro