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Dinâmica do Súlfur no Sistema Solo – Vegetal

Aplicação de Gesso Agrícola

O súlfur é um macronutriente secundário e no solo, possui algumas características muito semelhantes ao nitrogênio (N), porquê a predominância de sua forma orgânica, variados estados de oxidação e inúmeras transformações (causadas, em maior segmento, pelos microrganismos) (BARCELLOS, 2020).

O ciclo do S no sistema solo-planta-ambiente inclui diversas transformações químicas que permitem a concepção de formas solúveis e insolúveis, sendo algumas delas lixiviáveis, adsorvidas aos coloides do solo e outras potencialmente assimiladas pelas vegetação (BORKERT, 1988). Trata-se ainda de um macronutriente que desempenha papel estrutural em diversas moléculas importantes do metabolismo. A exemplo de moléculas do grupo dos aminoácidos porquê a metionina, cisteína e cistina, as quais são necessárias para a formação de proteínas (LEAL, 2012).

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Formas encontradas no solo

Sua forma mineral generalidade no solo é a aniônica SO42- (íon sulfato); entretanto, muro de 90% do súlfur no solo pode ser encontrado na forma orgânica (aminoácidos e proteínas), sendo essa uma importante suplente de S (BARCELLOS, 2020). Segundo Tabatai e Bremner (1972), o súlfur na forma orgânica do solo é dívida em S – O (súlfur ligado ao oxigênio) e S – C (súlfur ligado ao carbono).

As formas inorgânicas do súlfur podem ocorrer em estados de oxidação distintos (BARCELLOS, 2020). O SO42- pode tolerar adsorção em solos ácidos e que contêm subida concentração de óxidos de ferro (Fe) e alumínio (Al) (BARCELLOS, 2020).

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Nas camadas superficiais do solo, as cargas negativas da material orgânica (M.O.), pH ressaltado devido à emprego de calcário e maior adsorção de íons advindos da adubação, contribuem para redução da CTA superficial do solo e logo contribuem com a não permanência do sulfato nas mesmas (FOX, 1986; BLAIR apud. VAN RAIJ, 2011).

e-book Gesso
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Transformações no solo

O súlfur sobre inúmeras transformações no solo através de reações porquê a mineralização e oxirredução, realizadas majoritariamente por microrganismos presentes no solo (ALVAREZ et al., 2007), porquê demonstrado aquém:

Figura 1 - Ciclo do enxofre. Fonte: Madigan et al., 2003.
Figura 1 – Ciclo do súlfur. Natividade: Madigan et al., 2003.

Oxidação e redução

Em seu ciclo o súlfur, passa por oxidações decorrentes de atividade microbiana. O sulfeto, quando em envolvente aeróbio e pH neutro, passa por uma oxidação espontânea, catalisada por organismos quimiolitotróficos. Em ambientes iluminados, devido a utilização da luz no processo de fotossíntese microbiana, a oxidação também pode ocorrer, mediada por organismos fototróficas sulfurosas. (TANG et al., 2009).

A reação de oxidação é facilitada pela firmeza química do S0 e sua insolubilidade, condicionando as bactérias a ligarem-se aos cristais de S (LEAL, 2012). A reação ocorre da seguinte forma:

Fonte: Leal, 2012.
Natividade: Leal, 2012.

O sulfato (SO42-) pode tolerar reduções tanto assimilatórias porquê dissimilatórias, resultando respectivamente em S orgânico e sulfeto (H2S).

Mineralização e Imobilização

A material orgânica é uma das principais fontes de súlfur do solo, mas porquê citado anteriormente, a maior segmento deste elemento não está prontamente disponível às vegetação, sendo necessárias transformações para que as vegetação não sejam prejudicadas pela sua falta (BORKERT; LANTMANN, 1988).

Assim, a transformação do súlfur orgânico para formas disponíveis às vegetação depende do processo de mineralização, realizado por alguns microrganismos presentes no solo, aeróbica e anaerobicamente (TABATABAI; BREMNER, 1972). O S reduzível, formado pelas ligações S – O, é a fração de súlfur da material orgânica que mais sofre mineralização, devido ao traje de ser hidrolisado facilmente. As frações de S -orgânico compostas por ligações S – C são estáveis, fator que dificulta a mineralização (BIEDERBECK, 1978).

O processo contrário à mineralização é chamado de imobilização e é um dos principais responsáveis pela indisponibilidade de S no solo. É realizado, usualmente, por bactérias decompositoras de material orgânica, que assimilam o S – orgânico em seu metabolismo, reduzindo a disponibilidade deste nutriente no envolvente edáfico (PAIVA; NICODEMO, 1994).

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Adsorção

No caso do súlfur, os principais íons adsorvidos são os ânions sulfato (SO42-), principalmente quando em solos com subida concentração de óxidos de ferro (FeO) e de alumínio (AlO) (LEAL, 2012).

No caso do súlfur, a adsorção pode ocorrer por adsorção eletrostática e por adsorção específica. Ambas podem ser afetadas por fatores inerentes ao solo, porquê o pH e a natureza dos coloides. Em solos mais alcalinos, o sulfato encontra-se mais disponível para as vegetação, visto que os coloides estão saturados com as hidroxilas (OH), previamente disponíveis no solo (ALVAREZ, 2007 apud BOLAN et al., 1988).

Demais, Mattos (1998) conclui que a soma de fosfato ao solo pode contribuir com a menor adsorção do sulfato nos coloides e maior disponibilização na solução do solo por conta da competição de ambos pelos sítios de adsorção.

Perdas de súlfur no solo

A erosão, processo de secessão do solo, é responsável pela perda de nutrientes, sendo causada – geralmente – pelo impacto hídrico ou anemocórico. Nascente processo ocorre com maior intensidade em regiões com subida declividade, sendo os nutrientes levados até os locais mais baixos do terreno; as perdas podem se igualar às ocasionadas pela lixiviação (DE PAULA, 2015).

Aliás, as perdas de súlfur também ocorrem, em áreas agricultáveis, devido à exportação de nutrientes pelas vegetação, obtendo perdas médias de 5-30 kg ha-1 de S (BARCELLOS, 2020).

Soma de súlfur no solo

BARCELLOS (2020) afirma que a manancial mais generalidade de S no solo são os condicionadores/fertilizantes. O principal condicionador utilizado para as camadas subsuperficiais do solo é o gesso agrícola (CaSO4.2H2O), que se dissocia liberando cátions Ca2+ e ânions SO42-, sendo manancial direta de cálcio e súlfur no solo (VITTI, 2009).

Além do gesso, existem outras fontes de S porquê: sulfato de amônio ((NH4)2SO4), manancial de nitrogênio e súlfur (22-24% de garantia); superfosfato simples, manancial de fósforo e súlfur (8-10% de garantia); sulfato de potássio (K2SO4), com garantia de 15-17% de garantia de S e súlfur rudimentar, que garante 95% de S.

Cenários Pecuária e Grãos - Agromove
Cenários Pecuária e Grãos – Agromove.

Dinâmica do S na vegetal

Absorvência

A forma mais importante de sucção para as vegetação de S, é o sulfato (SO4 2- ). O súlfur também pode ser absorvido pelas vegetação na forma de H2S e SO2 pela atmosfera, sendo que o pálio de vegetação atrai a deposição destes gases (Baldochini, 1993 apud. Mengel & Kirkby, 2001).

O transporte do sulfato para dentro da raiz é feito por proteínas específicas para tal, do grupo das ferrodoxinas. Nascente transporte segue um gradiente de concentração, o que significa que o SO42- segue o gradiente eletroquímico gerado pela concentração de H+ fora da célula da raiz. Uma vez dentro da célula, o mesmo comportamento é observado para a translocação da molécula para o vacúolo, onde ocorre um armazenamento considerável de sulfato (Mengel & Kirkby, 2001).

Transporte e redistribuição

O sulfato absorvido pelas raízes é distribuído pelas vegetação tanto pelo xilema quanto pelo floema (Rennenberg, 1984 apud. Mengel & Kirkby, 2001). O transporte deste pelo floema, por ser realizado em baixas quantidades (o que o caracteriza porquê pouco traste nas vegetação), pode vir a provar sintomas de deficiência em folhas jovens da vegetal, recebendo pouca quantidade de sulfato das folhas mais velhas, isto quando a raiz não está sendo capaz de suprir a demanda de S (Bouma, 1967 apud. Mengel & Kirkby, 2001). A proporção de súlfur nas vegetação segue a ordem folhas > talo > raízes (MALAVOLTA, 2006).

A saída do sulfato guardado no vacúolo pelas células da vegetal só é realizada quando a falta do nutriente está causando estresse prolongado no vegetal ou quando há uma subida demanda para o desenvolvimento da vegetal (Hersbach & Renneberg, 1994).

Função

O súlfur atua diretamente nos processos de redução do nitrato de amônio no metabolismo das vegetação pela ação da redutase, sendo leste processo precípuo para a incorporação do nitrogênio nas moléculas de carbono, a término de se formar os aminoácidos. A enzima retrocitada é constituída por grupos SH, sendo sua atividade prejudicada quando há a deficiência de sulfato no solo, havendo o acúmulo de nitrato na vegetal (PAIVA, 1994).

O S reduzido é um importante preceptor de moléculas, sendo facilmente incorporado, formando a cisteína porquê primeiro constituído orgânico fixo. Nascente constituído, juntamente com a metionina, são os aminoácidos mais importantes que contém S na vegetal, ocorrendo porquê ácidos livres e porquê formadores de estruturas de proteínas. Uma das mais importantes funções do S em proteínas e polipeptídios é a formação de ligações de dissulfeto entre cadeias polipeptídicas (Mengel & Kirkby, 2001).

A ponte de dissulfeto atua porquê uma relação covalente entre duas cadeias polipeptídicas ou entre dois pontos de uma mesma masmorra, estabilizando a estrutura da molécula. Outra função precípuo dos grupos de S no metabolismo das vegetação é a sua participação direta em reações enzimáticas, porquê na estruturação da acetil coenzima A, constituído intermediário chave no metabolismo celular para a geração de ATP pelo ciclo de Krebs (Mengel & Kirkby, 2001).

Aliás, o elemento atua em vários compostos porquê sulfolipídeos, lipídeos, flavonóides, glucosinolatos, compostos não saturados, alcalóides, nucleotídeos, entre outros, logo está diretamente ligado a formação do RNA e DNA, permitindo a partilha das características da célula vegetal, juntamente com o nitrogênio (STIPP, 2010). Nas leguminosas, a fixação simbiótica do nitrogênio pelos microrganismos se dá em presença do súlfur, já que leste é um constituinte da nitrogenase, enzima que fixa o nitrogênio. Nascente é um processo que não requer muito a participação do nutriente, sendo ele muito mais necessário fora do processo de fixação de N (PAIVA, 1994).

Deficiência e toxidez por S nas vegetação

Por ser um importante constituinte de proteínas, a deficiência de S resulta diretamente na proibição da síntese de proteínas nas células vegetais. A deficiência de súlfur na nutrição das vegetação está diretamente ligada à subida concentração de amidas nas vegetação e menor proporção de açúcares, no caso de gramíneas. Esta menor proporção está ligada a folhas com manchas cloróticas pela deficiência de S. Em vegetação com deficiência de S, a taxa de desenvolvimento é significativamente diminuída na segmento aérea, sendo essa mais prejudicada do que as raízes (Mengel & Kirkby, 2001).

O traje de que os sintomas de deficiência aparecem primeiro nas folhas mais jovens da vegetal indicam que as folhas mais velhas de zero contribuem para a nutrição destas, sendo a manancial de fornecimento direto, as raízes. Os sintomas se iniciam, porquê dito, nas folhas jovens com a clorose e o início do surgimento de necroses nas margens da folha, até que ela inteira fique necrosada (Mengel & Kirby, 2001). Schnug (1989), considera 6 mg/g de material seca a quantidade sátira do nutriente em folhas completamente desenvolvidas, sendo que valores aquém deste, indicam deficiência do nutriente.

Figura 2 – Planta de milho saudável vs. Planta de milho com deficiência de enxofre. Disponível em: https://www.yarabrasil.com.br/nutricao-de-plantas/milho/deficiencias-milho/deficiencia-de-enxofre-milho/?activeSlide=11878.
Figura 2 – Vegetal de milho saudável vs. Vegetal de milho com deficiência de súlfur. Disponível em: https://www.yarabrasil.com.br/nutricao-de-plantas/milho/deficiencias-milho/deficiencia-de-enxofre-milho/?activeSlide=11878.

As vegetação são pouco sensíveis a altas concentrações de sulfato no solo. No entanto, altas concentrações de SO2 na atmosfera pode ser tóxico às mesmas. Segundo Saalbach (1984), o nível crítico de SO2 para culturas anuais é de 120 microgramas/m3. No caso de florestas e espécies perenes, esse valor cai pela metade. A sucção do dióxido de súlfur pelas folhas faz com que sejam dissolvidas as cavidades dos estômatos nas células do mesófilo, fazendo com que o ácido sulfúrico seja desassociado, liberando H+, HSO3 e SO32- . Logo, considera-se que a razão da toxidez por SO2 seja pelo acúmulo induzido de moléculas porquê as retrocitadas que vão impedir a fotofosforilação (Silvius et. al., 1975). O sintoma da toxidez de súlfur pelas vegetação é a necrose das folhas.

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Desfecho

Conhecendo a dinâmica do súlfur no sistema solo-planta-ambiente é verosímil saracotear os fertilizantes, fontes desse nutriente, de maneira correta para que haja uma boa nutrição das vegetação. Aliás, o conhecimento dos impactos do súlfur no solo e na atmosfera é de suma prestígio para que os danos ambientais possam ser minimizados, tornando a produção agrícola mais sustentável.

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Referências

ALVAREZ, V. H.; BARROS, N. F.; FONTES, R. L.; CANTARUTTI, R. B.; NEVES, J. C. L. (ed). Fertilidade do solo. Viçosa, MG: Sociedade brasileira de ciência do solo, 2007.

LEAL, Cintia Dutra. Emprego de bactérias do ciclo do súlfur no tratamento de efluentes e recuperação de súlfur rudimentar. 2012. 50 f. Monografia (Especialização) – Curso de Microbiologia Ambiental e Industrial, Universidade Federalista de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2012.

MALAVOLTA, Eurípedes. Manual de nutrição mineral de vegetação. Agronômica Ceres, 2006.

MENGEL, K.; KIRKBY, E. Principles of plant nutrition 5.ed. Dordrecht/Boston/London: Kluwer Academic Publishers, 2001. 849p.

PAIVA, Paulo José Ramos; NICODEMO, Maria Luiza Franceschi. Súlfur no sistema solo-planta-animal. Embrapa-CNPGC, 1994.

SAALBACH, E. (G) The significance of atmospheric sulphur compounds for the supply of agricultural crops. B. ot. 58, 147-156, 1984.

SCHNUG, E. Sulphur nutritional status of European crops and consequences for agriculture. Sulphur in agricult. 12, 7-12, 1991.

SP, Cetesb -. Poluentes. Disponível em: https://cetesb.sp.gov.br/ar/poluentes/. Aproximação em: 15 ago. 2021.

STIPP, Silvia Regina; CASARIN, Valter. A prestígio do súlfur na cultura brasileira. Informações agronômicas, v. 129, n. 1, p. 14-20, 2010.

TABATABAI, M. A. Forms of sulfur, and carbon, nitrogen and sulfur relationships in Iowa soils. Soil Science, Ames, v. 114, n. 5, p. 380-386, dez. 1971.

VITTI, Godofredo Cesar; PRIORI, Júlio Cesar. Calcário e gesso: os corretivos essenciais ao Plantio Direto. Fertilidade. Piracicaba, p. 30-34. ago. 2009.

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