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Dia de Campo marca lançamento da nova cultivar de feijão carioca da Embrapa

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Mais de 400 pessoas, entre produtores rurais, consultores técnicos e profissionais ligados à agroindústria, participaram, no dia 28 de julho, do lançamento da cultivar de feijão carioca BRS FC414no município de Cristalina (GO), na Fazenda Taboca, em evento em parceria com a Associação Brasileira dos Consultores de Feijão (ABC Feijão) e o Grupo Técnico dos Consultores de Feijão (GTEC Feijão).

A BRS FC414 é uma cultivar da Embrapa que possui qualidade comercial, industrial e culinária. Seus grãos possibilitam a obtenção de um produto com cor clara, aspecto visual bem aceito pelos consumidores e com melhor desempenho de peneiramento, um ponto positivo para as indústrias processadoras.

Do ponto de vista agronômico, a BRS FC414 tem ampla capacidade de adaptação às diferentes épocas de semeadura no Brasil e agrega como diferencial uma arquitetura de planta ereta, que facilita a colheita mecanizada. Além disso, é moderadamente resistente à murcha de Fusarium, uma importante doença radicular causada por fungos de solo e um problema recorrente em áreas de pivô central.

De acordo com o coordenador do programa de melhoramento genético de feijão da Embrapa, pesquisador Leonardo Melo, a BRS FC414 tem atributos mais atrativos para os agricultores quando comparada a outra variedade amplamente plantada e valorizada comercialmente. “Ele (o BRS FC414) tem potencial muito parecido com o BRS Estilo. Em condições normais, sem Fusarium, produzirá o mesmo. Agora, se você tiver Fusarium no solo, ele superará o BRS Style em 5%, 10% até 15%. Seu diferencial é que você tem maior segurança no plantio em áreas que possuem Fusarium. Não é totalmente resistente, tem reação intermediária ao Fusarium, mas já é bem melhor que o BRS Estilo, que é suscetível. Além disso, tem o grão mais grosso sem perder (rendimento da) peneira”, disse Leonardo.

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O dia de campo de lançamento da cultivar BRS FC414 foi realizado na Fazenda Taboca, pertencente ao Grupo MeC, com a presença dos integrantes do ABC Feijão e do GTEC Feijão. A localização foi escolhida por representar um modelo de gestão do sistema produtivo, envolvendo uma sucessão de culturas entre soja, milho, arroz, feijão, trigo e girassol; e, ainda, a preocupação com o manejo do solo, por meio da implantação da rotação com mistura de plantas de cobertura nas áreas de cultivo, de forma a favorecer a fertilidade das culturas agrícolas comerciais.

Um dos sócios do grupo MeC, Willian Matté, defendeu as virtudes dessa forma de gerir o sistema produtivo capaz de trazer rentabilidade ao negócio. “Se cuidarmos dos pilares químico, físico e biológico do solo, podemos ter mais rentabilidade líquida por hectare e, se você me perguntar se o sistema é viável, eu diria que, com certeza, o sistema de cobertura vegetal traz remuneração estável. Eu diria isso não só porque nos permite produzir mais, mas conseguimos ter estabilidade de produção e participar de diferentes momentos do mercado”, disse Willian Matté. Os benefícios da rotação de culturas com a mistura de culturas de cobertura favorecem o solo, por exemplo, através da infiltração de água, ciclagem de nutrientes e redução da infestação de doenças.

Durante o dia de campo, também foi lançado o livro “Vida no Solo”. É uma publicação editada pela Embrapa e ABC Feijão; e que traz informações técnicas aplicadas ao cultivo de leguminosas na terceira safra. O trabalho é resultado de um projeto de cinco anos que avaliou as interações entre culturas comerciais (soja, milho e feijão), plantas de cobertura e produtos biológicos, com foco no aumento do equilíbrio da vida no solo sob pivôs centrais e no aumento da produtividade . e rentabilidade da lavoura.

(Com Embrapa)

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(Emanuely/Sou Agro)


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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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