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Dia de Campo em Bagé sobre sustentabilidade na pecuária recebe mais de 500 pessoas

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Embrapa

Foto: Felipe Rosa

No evento, foram apresentadas as quatro principais linhas de pesquisa da Embrapa, que completa 50 anos, bem como as soluções tecnológicas desenvolvidas e disponibilizadas aos produtores que visam intensificar a pecuária, aumentar a produtividade e ao mesmo tempo dar maior sustentabilidade à sistemas diferentes. de produção.

O Dia de Campo em Bagé foi apoiado pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), por meio do Programa Duas Safras, e patrocinado pela Corteva.

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Para o gerente geral da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Cardoso, o evento foi uma importante oportunidade para produtores, técnicos e estudantes conhecerem algumas tecnologias que já podem ser aplicadas no campo, com retorno produtivo, econômico e ambiental.

“E a pecuária tem um papel extremamente importante para a sustentabilidade, seja com a intensificação da produção ou em sistemas integrados com lavouras ou florestas”relatado.

O coordenador do Programa Duas Safras, Rodrigo Rizzo, destacou o potencial do país na produção de alimentos e o papel da Embrapa em promover esse crescimento por meio das tecnologias desenvolvidas.

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Segundo o subchefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pecuária Sul, Gustavo Martins da Silva, a presença de um grande número de pessoas ligadas à pecuária também é um reflexo da forma como a Embrapa vem trabalhando, desenvolvendo projetos de pesquisa e inovação junto com parceiros do setor produtivo, o que proporciona interação constante e favorece a adoção de tecnologias pelos produtores.

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Uma das estações apresentou diferentes cultivares desenvolvidos pela Embrapa para forragens e cereais de inverno. Segundo Daniel Montardo, pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, as cultivares expostas na vitrine do Dia de Campo aumentam as opções de planejamento forrageiro, atendendo às diferentes necessidades dos sistemas de produção.

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A pesquisadora da Embrapa Gado de Leite, Andrea Mittelmann, apresentou cultivares de azevém, como BRS Ponteio, BRS Integração e BRS Estações, com diferentes ciclos e objetivos. Também da Clima Temperado, o analista Sérgio Bender mostrou forrageiras tropicais, com duas cultivares de pânico e dois de braquiária, que embora desenvolvidos para outras regiões do país, têm se mostrado opções para o sul.

Por fim, o analista da Embrapa Trigo, Marcelo Klein, foi o responsável por falar sobre as cultivares de cereais de inverno, como trigo, aveia e cevada, que podem ser utilizadas tanto para pastagem quanto para produção de grãos.

Em outra estação, intitulada “Pasto 365: forragem o ano todo”, foram discutidas estratégias para melhorar e qualificar a nutrição animal, bem como alguns aspectos relacionados a sistemas integrados entre pecuária e lavoura.

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Segundo Danilo Sant’Anna, pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, tecnologias como o Pasto sobre Pasto visam aumentar a oferta de alimentos aos animais e aumentar o número de dias de pastejo na área, além de proporcionar outros ganhos ambientais, como a aceleração da melhoria do solo processos.

Na mesma estação, o pesquisador da Embrapa Clima Temperado Giovani Theisen apresentou resultados de mais de 10 experimentos de integração lavoura e pecuária. Segundo ele, os resultados mostram que com o uso de animais na fase de pastejo há uma melhora substancial nos solos, principalmente no aumento de matéria orgânica.

O pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Vinicius Lampert, apresentou os resultados financeiros da utilização do capim-sudão cultivar BRS Estribo. Segundo Lampert, quando bem manejada, a pecuária em pastagens de verão pode ser mais rentável do que as lavouras no mesmo período.

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O melhoramento genético animal foi outra linha de pesquisa destacada em Dia de Campo. O pesquisador Marcos Yokoo destacou a participação da Embrapa em programas oficiais de melhoramento bovino, como o Promebo, o mais antigo do país e que atende diferentes raças europeias, o PampaPlus, para as raças Hereford e Braford, e o Brangus+, cujos primeiros resumos serão divulgados em breve.

Yokoo também falou sobre o serviço de predição genômica, que permite maior precisão nas avaliações genéticas, exemplificando o trabalho feito com as raças Hereford e Braford para identificar animais mais resistentes ao carrapato e também mais adaptados aos trópicos.

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Ainda nessa área, o analista da Embrapa Pecuária Sul, Roberto Collares, apresentou os testes de avaliação de desempenho que são realizados no centro de pesquisas há mais de 20 anos. Segundo Collares, esses testes servem para identificar touros com genética superior para características de interesse quando submetidos ao mesmo ambiente e tratamento, como o Teste de Avaliação de Campo (PAC) e o Teste de Eficiência Alimentar (PEA).

A pesquisadora Cristina Genro destacou o novo teste que vem sendo realizado na Embrapa, o Teste de Emissão de Gases (RS), que visa identificar entre os jovens criadores aqueles que emitem menos metano por quilo produzido.

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O melhoramento genético de ovinos também foi destaque no evento e, segundo o pesquisador Carlos Hoff de Souza, as pesquisas da Embrapa Pecuária Sul têm como foco identificar genes que proporcionem maior prolificidade em ovinos e também melhoria na conformação da carcaça, além de genética favorável da pele enchimento e maior resistência aos vermes.

A outra temporada teve como foco o controle de plantas indesejadas, principalmente o capim caruru e o capim annoni, espécies que vêm causando danos às lavouras e à pecuária. A pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul, Fabiane Lamego, destacou as pesquisas que vêm sendo feitas para combater o caruru, que se tornou um grande problema para a cultura da soja depois que se tornou resistente ao principal herbicida utilizado.

Segundo Fabiane, novas moléculas estão sendo testadas e algumas delas têm se mostrado eficazes contra a espécie. No entanto, o pesquisador destaca que pesquisas sobre o uso de áreas com pecuária no inverno têm se mostrado eficientes na redução da presença do caruru nas lavouras e, por isso, a integração lavoura e pecuária pode ter um papel muito importante nesse controle.

A pesquisadora Naylor Perez foi a responsável por apresentar o trabalho desenvolvido no combate ao capim annoni, planta invasora que se espalhou pelos campos e pastagens da região sul.

Segundo Perez, para um combate efetivo é preciso combinar diferentes estratégias, como a aplicação seletiva de herbicidas, que pode ser feita pela máquina Campo Limpo, desenvolvida pela Embrapa, e também com a enxada química, quando a infestação ainda é pequeno.

Além disso, o pesquisador destacou a necessidade de manter o campo natural ou pastagem plantada em boa quantidade e qualidade, por meio de adubação e cuidados no manejo, evitando assim a infestação dessa planta invasora.

“Aconselhamos sempre tomar precauções para evitar que a infestação se espalhe, seja com cuidado quando ainda há poucas plantas em uma área, seja prevenindo sua chegada com ações como deixar novos animais em área de quarentena para não infestar a propriedade com sementes de anoni”.

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Fonte: Portal DBO

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