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Pesquisadores conseguem produzir mudas de baru por meio de enxertia

    Pesquisadores conseguem produzir mudas de baru por meio de

    A enxertia, técnica de propagação vegetativa para produção de clones, mostrou-se viável para a multiplicação do baruzeiro. Trabalhos recentes realizados no viveiro da Embrapa Cerrados, em Planaltina (DF), têm mostrado resultados promissores para três tipos de enxertia – brotamento em placas, enxertia inglesa simples e enxertia em greta totalidade. Para as mudas cultivadas a pleno sol, os três tipos proporcionaram médias de pegamento superiores a 50%, com destaque para as gemas, que obtiveram pegamento superior a 60%.

    propagação vegetativa

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    A propagação vegetativa ou clonal consiste na multiplicação de partes da vegetal sem o uso de sementes, dando origem a outras idênticas à vegetal mãe (clones). As principais vantagens do método são a possibilidade de formar plantios clonais com subida produtividade e grande uniformidade e, às vezes, antecipar a tempo reprodutiva da espécie.

    Além da enxertia, outros métodos de reprodução assexuada ou propagação vegetativa são estacas, miniestacas e micropropagação.

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    Estes são os primeiros resultados para o desenvolvimento de um sistema de produção para o baruzeiro. “Ressaltamos que estamos trabalhando com uma espécie arbórea nativa, carente de informações técnicas sobre o tópico e acreditamos que esses dados servirão de base para estudos posteriores com o objetivo de refinar a metodologia de enxertia para a espécie”, enfatiza o pesquisador Wanderlei Lima , coordenadora de estudos .

    Os resultados completos estão no cláusula “Avaliação de métodos de enxertia em mudas de baruzeiro (Dipteryx alata Vogel, Fabaceae)”, publicado na revista Ciência Florestal, edição de abril/junho de 2023. Lima explica que o próximo passo é aprimorar o processo, usando a experiência adquirida no primeiro experimento para aumentar o percentual de enxertia.

    O resultado foi muito positivo, na opinião da equipe, também composta pela comentador Fernanda Morais e pelo facilitar Vicente Moreira. Algumas mudas enxertadas na Embrapa Cerrados já foram transplantadas para o campo na borda do experimento de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, no qual está sendo avaliada a utilização de espécies nativas do Concentrado nesse sistema (leia a material). Um dos principais desafios para a domesticação do baruzeiro é justamente a produção de mudas. Atualmente, não existe uma metodologia de reprodução assexuada validada para esta espécie.

    O Baruzeiro (Dipteryx alata Vogel)

    Também sabido porquê cumbaru ou cumaru, o baruzeiro é uma árvore de 15 a 25 metros de profundeza, com ampla distribuição no Concentrado. Esta é uma das espécies nativas do bioma com grande potencial econômico devido a sua variação de usos. A polpa do fruto pode ser consumida in natureza ou em misturas e o endocarpo pode ser transformado em carvão calórico. A semente é a secção mais conhecida e tem ganhado valor no mercado, sendo utilizada na culinária pátrio e internacional. Assemelha-se a uma castanha, sendo apreciada porquê {aperitivo} e utilizada em diversas receitas. O óleo tirado da semente também tem usos variados. A árvore pode ser utilizada no paisagismo e sua madeira possui grande resistência e espaço.

    O baruzeiro é uma das espécies do Concentrado mais promissoras para cultivo. A geração de informações sobre sua multiplicação, propagação, desenvolvimento, produtividade e versatilidade permitirá sua domesticação para implantação de cultivos comerciais. Atualmente, praticamente toda a produção vem do extrativismo.

    o experimento

    Foram testados três tipos de enxertia (brota fendida, enxertia inglesa simples e greta totalidade) em três sistemas de transporte de mudas de porta-enxertos (em sacos plásticos a pleno sol e à sombra e em tubetes em viveiro suspenso a pleno sol). As mudas (porta-enxertos) foram formadas a partir de sementes coletadas de vegetalidade adultas de baruzeiro no Campo Experimental da Embrapa Cerrados. As gemas utilizadas para os enxertos foram obtidas de árvores adultas da Embrapa.

    Uma vez que é feito o enxerto?

    Grande secção das árvores frutíferas são produzidas por enxertia. Além de manter as características desejáveis ​​da vegetal resultante, é um meio rápido e confiável de reproduzir vegetalidade superiores para cultivo mercantil.

    A operação envolve a introdução de um gomo, gomo ou galho de um vegetal, chamado rebento ou cavaleiro, em outro, sabido porquê porta-enxerto ou cavalo. A vegetal enxertada (cavaleiro) carrega as características que se deseja obter na novidade vegetal e é ela que produzirá os frutos. O cavalo leva o sistema radicular e secção do talo. Ele é responsável por fornecer chuva e nutrientes para a vegetal e prometer sua adaptação às condições de solo e clima.

    O desempenho das vegetalidade foi dissemelhante de pacto com o sistema de transporte. “Consideramos o melhor o sistema de produção de mudas em sacos plásticos a pleno sol, com o qual conseguimos mais de 50% de enxertia nos três tipos de enxertia que utilizamos em nosso estudo, com destaque para a brotação, seguida da enxertia simples Enxerto e enxerto inglês. garfo no slot pleno”, informa Lima.

    Segundo o pesquisador, somente a enxertia em greta enxurrada apresentou fixação superior a 50% para mudas cultivadas à sombra, indicando que essa é uma técnica de reprodução da espécie nessa exigência. No entanto, o tempo necessário para as mudas atingirem o diâmetro ideal para enxertia foi maior nos sistemas sombreados. Considerando que as mudas foram formadas no mesmo dia, as mudas enxertadas à sombra só atingiram o diâmetro ideal três meses posteriormente as mudas plantadas a pleno sol.

    Essa é uma informação importante para a multiplicação e domesticação da cultura, pois quanto mais tempo a muda demorar para atingir o diâmetro ideal para a enxertia, maiores serão os gastos nessa lanço. Sobre o terceiro sistema de transporte, Lima esclarece: “Neste estudo, optamos por não realizar a enxertia das mudas conduzidas em tubetes, em viveiro suspenso, pois estas apresentaram os piores desempenhos de propagação e desenvolvimento”.

    A investigadora considera oriente resultado muito positivo: “Sendo uma primeira experiência, os valores foram muito satisfatórios. Nosso objetivo é chegar a 80% com o refinamento da técnica e a verificação de alguns fatores que podem ter interferido no desenvolvimento das mudas”. Lima destaca que o experimento foi feito no período mais crítico da pandemia de Covid-19, quando vários empregos foram comprometidos.

    Com base nos resultados desse experimento, uma recomendação de pesquisa aos interessados ​​em produzir mudas de baruzeiro é refazer os enxertos que não deram notório. “Isso garante redução nos custos de produção, pois reaproveita as mudas do porta-enxerto”, esclarece.

    Tipos de enxertia avaliados no experimento

    Na enxertia, um ramo de uma vegetal cujas características se deseja manter é “implantado” no talo de outra vegetal, fundindo essas duas partes.

    Borbulhia (foto ao lado) – Uma gema vegetativa (gomo) da vegetal que se deseja multiplicar é destacada e introduzida em um incisão feito na muda que servirá de porta-enxerto.

    Forjamento – As peças de duas usinas com o mesmo diâmetro se encaixam perfeitamente. Uma corda é amarrada para prometer a união dos fragmentos.

    Os garfos full slot e inglês simples se diferenciam pelo tipo de incisão que é feito nas partes das vegetalidade para juntura. O primeiro é feito com uma ranhura em V e o segundo com uma seção transversal.

    resultados promissores

    A propagação vegetativa ou clonagem tem se mostrado uma magnífico instrumento para a produção florestal no Brasil, proporcionando aumento da produtividade das florestas plantadas com espécies não nativas. Mas seu uso em espécies arbóreas nativas ainda é incipiente.

    Os poucos pomares de baruzeiros existentes são formados por mudas feitas a partir de sementes. “Reprodução sexual [com uso de sementes] envolve muita versatilidade genética e, portanto, não garante que os filhos tenham as mesmas características da mãe. Quanto à reprodução assexuada [propagação vegetativa], com a produção de clones, garante a manutenção dessas características. Essa é uma instrumento importante para multiplicar materiais de diferentes interesses”, explica Lima.

    Trabalhos anteriores, realizados em 2002 e 2003 na Embrapa Cerrados, avaliaram outros métodos de reprodução vegetativa do baruzeiro. O incisão, apesar de ser uma técnica muito utilizada para espécies florestais, não apresentou bons resultados, pois a árvore é de difícil enraizamento. Houve brotação de gemas, mas sem emissão de raízes. Paralelamente ao atual experimento de enxertia, foi realizada a estimulação dos brotos epicórnicos, por meio de podas drásticas das vegetalidade adultas, para que surgissem novos brotos. Segundo avaliação do pesquisador, a espécie rebrota com facilidade e o uso desses brotos representa uma manadeira potencial de reprodução assexuada ainda não explorada.

    A enxertia cumpre duas funções: auxilia no melhoramento genético da espécie e possibilita a multiplicação de vegetalidade superiores. “A enxertia pode ser o primeiro passo para a domesticação de espécies nativas do bioma, principalmente aquelas de difícil reprodução por estaquia. Assim, será provável selecionar materiais de escol com características desejáveis, porquê menor porte de vegetal para facilitar o manejo, por exemplo, para prometer a formação de pomares mais homogêneos e com maior potencial de produção”, informa o pesquisador. Outra vantagem do uso da técnica é o menor tempo para iniciar a produção.

    O investigador informa que, nas últimas décadas, a demanda por produtos obtidos de espécies nativas do Concentrado tem aumentado sempre. Apesar desse cenário, grande secção da produção ainda é obtida pelo extrativismo. O baru se destaca entre as frutíferas nativas de maior potencial econômico, com demanda para recuperação de áreas degradadas, recomposição de reservas legais e formação de pomares comerciais. “Sua domesticação pode perfurar um mercado muito lucrativo para os produtores da região”, conclui.

    Fonte: Agro