O concentrado está sendo incluído no confinamento de bovinos devido à intensificação dos sistemas de produção.
Principalmente como uma estratégia para aumentar a energia da dieta.
Uma das etapas mais críticas do confinamento é o início, já que a fase de adaptação ocorre em diversas áreas.
Desde a adaptação dos animais ao ambiente, até as interações sociais, a nova dieta afeta diretamente seu desempenho no período de vale.
Os animais em pastejo seguirão uma dieta de alta densidade energética e isso não pode ser feito de repente.
Portanto, esses animais precisam responder à nova dieta, de forma adequada ao seu organismo.
Assim surge a necessidade de um protocolo de adaptação para o confinamento de boi.
No Brasil em 2019, 83,3% dos pecuaristas utilizaram concentrado em sua dieta, nem perto dos EUA, que utilizam em torno de 91%.
No confinamento, portanto, houve uma maior inclusão de concentrado nos últimos anos.
Isso aumenta o desafio de manter o equilíbrio entre esses microrganismos e o pH no rúmen.
Microrganismos Ruminais
Embora os ruminantes sejam capazes de digerir fibras, a inclusão de concentrado na dieta certamente traz diversas vantagens aos animais.
Como, melhor desempenho, ganho de peso e desenvolvimento dos animais que estão na confinamento de boi.
Note que existem diferenças consistentes entre o animal que consome apenas pastagem e aquele que consome concentrado.
Com isso em mente, vamos para a próxima pergunta.
Por que fazer a adaptação?
Um protocolo de adaptação deve ser adotado, pois se houver negligência nesta fase, alterações na morfologia e função do rúmen podem causar sérios transtornos e prejuízos econômicos.
Esse período pode ser entendido como o menor tempo necessário para que um animal mude de uma dieta para outra.
Tudo isso sem afetar seu desempenho durante o confinamento de boi.
Em geral, a adaptação ocorre com mais volumoso no início da dieta e é gradativamente substituído por concentrado.
Ou seja, o período de adaptação à dieta ocorre para que essa relação (forragem x concentrado) diminua.
Problemas de adaptação
Quando o boi sai do pasto se alimentando, comendo forragem, ao colocar o concentrado o pH cai, a quantidade de bactérias muda e o ácido lático cai ainda mais.
Isso causa acidose, que é um dos problemas mais comuns que afetam os animais em confinamento de boi.
Tanto pela velocidade de troca quanto pode ser um distúrbio metabólico causado por uma dieta hipercalórica.
Se o animal não se adapte adequadamente à dieta, os sinais aparecerão nos primeiros dias de confinamento.
E esse animal nunca terá o mesmo desempenho de outros que não passaram pelo mesmo desafio.
À medida que absorve menos ácidos graxos, torna-se menos eficiente e tem um desempenho pior.
Portanto, a adaptação realizada degrada rapidamente as papilas ruminais e elas não são reconstituídas.
Tipos de protocolo
Acima de tudo, devemos entender que não existe protocolo melhor que o outro.
O importante é que esse processo seja bem feito e que os animais entrem em uma dieta inicial que não ofereça risco de distúrbios metabólicos como acidose.
Permitindo o consumo frequente de ração concentrada, sem grandes oscilações.
Assim, a oferta de concentrado deve ser aumentada gradativamente até atingir a dieta final.
Os protocolos dependem muito de cada tipo de confinamento de gado, os mais conhecidos podem ser encontrados aqui:
- Escadas
- Restrição
- Dieta com menos energia
- Escada + Restrição
- Mix de 2 rações
Porém, além do protocolo, reforçamos que o controle de consumo é essencial, sem ele a adaptação durará mais.
Duração da adaptação em confinamento de boi
Esse processo leva de 14 a 21 dias para ser concluído e certamente deve ser realizado corretamente para alcançar os resultados desejados.
De fato, um período adequado de adaptação muda o animal de forma consistente.
Ou seja, com um epitélio ruminal mais desenvolvido, melhor digestão das fibras e maior absorção de energia pela parede ruminal.
Tornando o animal mais eficiente no final do sistema quando comparado aos animais que tiveram um curto período de adaptação.
Concluímos, portanto, que vários cuidados devem ser tomados para minimizar qualquer estresse adicional.
Com exceção do estresse que o animal já sofre ao entrar na confinamento de boi, se não for feito adaptação do ambiente.
Toda essa atenção é dada para conseguir um consumo regular no menor tempo possível sem causar transtornos aos animais.
ATENÇÃO AOS DETALHES
- Aguarde de 3 a 4 dias para que os microrganismos se adaptem
- Então faça de 5 a 7 dias para a adaptação das papilas
- Não esqueça que o período de adaptação deve respeitar o consumo de pelo menos 80 a 90% da meta final
- O protocolo de adaptação a ser adotado depende de cada confinamento
- Sem controle de consumo a adaptação durará mais
- A raça inegavelmente influencia a adaptação
- A história nutricional influencia o desempenho e o metabolismo
- Os aditivos são necessários para uma boa adaptação.
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