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Com alta de 31,7%, a carne in natura de frango foi o produto mais exportado…

A carne in natura de frango ganhou destaque entre os produtos mais exportados na balança comercial paranaense de 2022. a soja, que encabeçava a lista, mas no ano passado teve queda devido à quebra de safra devido à forte estiagem que atingiu o estado em 2021. A participação do frango no comércio internacional passou de 14,5% para 16,5%.

Os principais compradores de carne de frango in natura foram China (US$ 776 milhões), Emirados Árabes Unidos (US$ 334 milhões) e Japão (US$ 274 milhões).

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As vendas de soja ao exterior variaram de R$ 4,6 bilhões a R$ 2,9 bilhões. Os principais destinos foram China (US$ 2,4 bilhões), Coreia do Sul (US$ 104 milhões) e Irã (US$ 99 milhões). Apesar de ter superado a soja e o farelo de soja, o volume das exportações de carnes não superou todo o complexo, que inclui o petróleo, cuja soma ultrapassa US$ 5,7 bilhões.

Os dados fazem parte de levantamento do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social do Paraná (Ipardes), com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia.

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Para o secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, o aumento da procura dos países pela carne de frango paranaense se deve a uma série de fatores externos, como a guerra na Ucrânia e a inflação interna. No entanto, ele destaca que a procura também se deu pela qualidade do produto, que vem ganhando cada vez mais mercado.

“Temos vantagem competitiva e comparativa, tecnologia, milho e soja em abundância e empresas verticais. Temos qualidade reconhecida, tanto in natura quanto processada, além de saúde reconhecida. São vários atributos que nos dão uma presença importante no mercado externo, levando a carne paranaense para todo o mundo”, enfatizou.

Segundo ele, a previsão é que em 2023 o setor continue em expansão, impulsionado principalmente pelo grande volume de investimentos na agroindústria. “Nos próximos 12 meses, algumas plantas que estavam paradas entrarão em operação, e ajustes de abate também serão feitos por algumas empresas. Ainda haverá crescimento da produção e das exportações, a expectativa é muito positiva. O mundo precisa dos nossos alimentos e vamos continuar exportando”, acrescentou Ortigara.

ESCALA – Segundo estudo do Ipardes, as exportações cresceram 16,2% em 2022 no Paraná. Foram transportados US$ 22,1 bilhões em produtos para o mercado externo, contra US$ 19 bilhões movimentados em 2021. No sentido inverso, as importações aumentaram 32% (de US$ 16,9 bilhões para US$ 22,8 bilhões). Com isso, a balança comercial encerrou o ano passado com uma diferença de US$ 279 milhões entre as duas trajetórias do comércio internacional.

O Paraná vem registrando considerável crescimento econômico há alguns anos. Em 2015, por exemplo, o volume de produtos exportados representou US$ 2,3 bilhões.

PRODUTOS – Os principais produtos exportados foram carne de frango, soja, farelo de soja, açúcar mascavo, óleo bruto de soja, papel, cereais e celulose. Atrás da carne in natura de frango está a soja, que teve 13,6% de participação em 2022. Em 2021, chegou a 24,5%.

“2022 foi um ano muito ruim para o Paraná. Acabamos produzindo 12,2 milhões de toneladas ante uma perspectiva inicial de 20 milhões. O problema começou em dezembro de 2021. Perdemos mais de 9 milhões de toneladas com a seca. E esse problema afetou todos os principais produtores: Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina também perderam”, explicou Ortigara.

Em terceiro lugar entre os produtos mais transportados para fora do país ficou o farelo de soja, com alta de 35,8% em 2022. Foram exportados US$ 1,7 bilhão, com 8% de participação, contra US$ 1,3 bilhão em 2021 (6,9% de participação). Os países que mais importaram o produto do Estado foram Holanda (US$ 345 milhões), Alemanha (US$ 291 milhões) e Vietnã (US$ 191 milhões).

Açúcar bruto (US$ 995 milhões), óleo bruto de soja (US$ 942 milhões), papel (US$ 871 milhões), cereais (US$ 811 milhões), celulose (US$ 766 milhões), compensados ​​ou compensados ​​(US$ 643 milhões) e automóveis ( $ 523 milhões) também quebrou a marca de meio bilhão de dólares.

Em 2022, as importações de adubos e fertilizantes aumentaram 83,9%, com US$ 3,5 bilhões, ante US$ 1,9 bilhão em 2021 (de 11,3% para 15,7% de participação), seguidos por óleos e combustíveis, que tiveram alta de 134,8% , com US$ 2,5 bilhões importados contra US$ 1,1 bilhão em 2021. Em terceiro lugar ficaram os produtos químicos, com variação de 102,3%. Em 2022, foram US$ 2 bilhões, enquanto no ano anterior foram US$ 1 bilhão importados.

AGRONEGÓCIOS – Segundo o economista Francisco Castro, do Ipardes, os números refletem o potencial econômico do Estado e foram impulsionados principalmente pelo desenvolvimento do interior do Paraná. “Temos setores produtivos espalhados por todo o estado. Há produção de soja em quase todo o Paraná, a avicultura se expandiu muito em várias regiões, isso fez com que a economia dessas cidades encontrasse uma cadeia produtiva, com geração de emprego e renda, que contribui para o desenvolvimento social do Paraná” , ele disse.

O economista também destaca o papel do agronegócio na atividade econômica paranaense e o impacto do setor nos resultados consolidados de 2022. “O Paraná tem instituições importantes nesse setor, grandes estabelecimentos industriais, ambiente favorável de negócios, investimentos para expansão. Foi um setor que se saiu muito bem durante a pandemia, contribuindo inclusive para o crescimento do PIB do Estado”, destacou Castro.

Ortigara acrescenta que, apesar da balança comercial fechar 2022 com saldo de mais importações, o potencial exportador do agronegócio paranaense é enorme. “Nós importamos mais do que exportamos, isso não acontecia há muito tempo, mas só o agronegócio faturou US$ 14,6 bilhões líquidos no ano passado, que pagou as demais importações”, acrescentou.

Segundo dados da Agrostat, o Paraná é o sexto maior exportador do Brasil e, quando se trata de agronegócio, é o terceiro maior, representando 75,5% de todas as exportações paranaenses.

“O Paraná é reconhecido mundialmente por sua relevante participação na produção agrícola, que inclui a proteína animal. Também temos uma participação importante na produção de açúcar e etanol, cartões, papel e celulose, ou seja, continua havendo um movimento de investimentos em diversos produtos, e o mundo sabe que somos relevantes”, afirmou o secretário.

Para 2023, ele destaca que a expectativa é de aumento da produção do setor, e que a expectativa é de aumento das exportações do complexo soja. “Esperamos produzir mais de 21 milhões de toneladas de soja. A colheita está um pouco atrasada, houve frio e chuva em setembro e outubro, o que prejudicou o processamento dos grãos, mas a perspectiva é que teremos uma safra muito boa”, concluiu.

NACIONAL – O valor total exportado pelo Brasil em 2022 cresceu 19,1% e o valor importado foi 24,3% superior ao registrado em 2021. Assim, o superávit na balança comercial do país fechou o ano passado em US$ 61,8 bilhões, pouco acima US$ 61,4 bilhões em 2021.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (16), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), no Indicador de Comércio Exterior (Icomex).

Segundo a instituição, o saldo de novembro e dezembro surpreendeu com a melhora das vendas para a China, com destaque para a agropecuária. O superávit no setor extrativo caiu e houve déficit na indústria de transformação.

Fonte:

seg. da Agricultura – PR



Fonte: Noticias Agricolas

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