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Palma forrageira: estratégia no Norte de MG

    Palma forrageira tem uso estratégico no Norte de Minas

    Sumário:

    – Identificação de novas espécies de forrageiras

    – A importância da palma na alimentação animal

    – A resistência da palma à seca

    – Entrega de raquetes de palma a produtores

    – Ação conjunta visando o benefício dos produtores

    – Depoimentos de produtores beneficiados

    – Pesquisas e congresso sobre a palma forrageira

    – Unidades de Referência Tecnológica

    – O congresso sobre palma e forrageiras para o semiárido

    Introdução:

    A convivência com a seca nas cidades do semiárido mineiro é uma realidade que tem sido cada vez mais foco de atenção. A busca por alternativas para que o produtor rural siga trabalhando, envolvem, por exemplo, a identificação de novas espécies de forrageiras para manter a alimentação animal em dia, entre eles o uso da palma, rica em carboidratos não fibrosos, ingrediente fundamental na formulação e balanceamento de dietas para ruminantes.

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    Benefícios do uso da palma na alimentação animal no semiárido mineiro

    A importância da palma para os produtores rurais

    A convivência com a seca nas cidades do semiárido mineiro é uma realidade que tem sido cada vez mais foco de atenção. A busca por alternativas para que o produtor rural siga trabalhando, envolvem, por exemplo, a identificação de novas espécies de forrageiras para manter a alimentação animal em dia, entre eles o uso da palma, rica em carboidratos não fibrosos, ingrediente fundamental na formulação e balanceamento de dietas para ruminantes.

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    “É uma alternativa de redução de custos, especialmente nesta época do ano, com clima seco, onde a produção de outros alimentos, como o milho, está em baixa. Essa cactácea tem grande capacidade de fornecer energia ao animal e seu uso estratégico tem trazido bons resultados para a pecuária no semiárido. A palma ainda é negligenciada por uma questão cultural da região, que ficou associada a propriedades pobres. É preciso quebrar este paradigma, mostrar sua riqueza para a produção rural”, pontua o técnico de campo William Primo, do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), do Sistema Faemg Senar.

    O uso da palma como alternativa para a alimentação animal em regiões semiáridas

    Muito comum em regiões semiáridas do Nordeste brasileiro, a cultura tem ganhado adeptos no Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha, tornando um ingrediente essencial na composição de dietas dos animais, contribuindo diretamente para o desenvolvimento rural das regiões com baixos índices de chuva.

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    Na propriedade do produtor de leite Uelton Moreira Cangussu, em Janaúba, a palma é usada nas épocas mais críticas de falta de chuva há quase 10 anos. A estratégia alimentar chegou no momento em que a crise hídrica estava no ápice e ele corria o risco de perder seus animais e nunca mais saiu da rotina.

    “Todos deveriam ter uma área de palma. Se jogar a palma embaixo da silagem, as vacas que já estão acostumadas a comer fuçam para pegar somente a cactácea, que é palatável para os animais e muito rica. Desde que passei a usar a palma noto que ajuda demais na energia dos animais, as vacas aumentam a produção de leite e eu consigo reduzir o uso de concentrado, o que torna mais barato atuar na atividade”, opina.

    Resiliência da palma em regiões de seca

    Em busca deste maior incentivo à cultura da palma, no início deste mês cerca de 19 mil raquetes da cactácea foram entregues a produtores da região de Espinosa, uma das regiões que mais sofre os impactos da seca, doadas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). As palmas doadas são geneticamente melhoradas e adaptadas ao semiárido, resistentes a pragas comuns, como a cochonilha. Foram entregues três espécies diferentes: palma miúda, palma orelha de elefante e palma sertânia.

    Mais de 30 produtores foram beneficiados pela ação, que envolveu ainda o Sindicato dos Produtores Rurais de Espinosa, o Sistema Faemg Senar, através do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), na região de abrangência do Programa Agronordeste, e Emater. “Essa ação conjunta foi construída visando o bem do produtor. Recrutamos produtores que tinham interesse em conhecer mais a cultura da palma e necessidade dessa opção de forrageira. A palma é uma alternativa para todos nós, especialmente neste período de seca”, destaca o presidente do sindicato rural, Marcos Vinícius Alves Nogueira.

    A palma na alimentação e nutrição animal durante a seca

    A maior parte dos produtores beneficiados são atendidos pelo ATeG, na pecuária de leite e corte. Maria Aparecida da Rocha Dias foi uma das beneficiadas com as raquetes de palma e acredita ser essa a grande alternativa para alimentação e boa nutrição animal em períodos de seca. “Estou em busca de aprimorar a alimentação dos animais. Convivo com a seca todos os anos, o pasto acaba. Agora, por exemplo, estou sem pasto a meses, até o próximo ciclo de chuva, no fim do ano. Quem atua na pecuária na região precisa lutar”, explica a produtora.

    Maria Aparecida está na fase de estruturação da atividade leiteira, se planejando para a aquisição de animais com maior aptidão para o segmento. Os impactos da seca, com a baixa oferta de alimentação, tem sido o fator que impede mais avanços. Mas ela está confiante em mudar essa rotina, e já até plantou as novas raquetes de palma na fazenda. “Por isso interessamos em plantar a palma. Eu já tinha um pouco, mas outras espécies. Agora vou aprimorar, e o técnico do ATeG já tem ajudado nessa diversificação da alimentação, para quando eu comprar novos animais o planejamento ocorrer certo. Essas novas técnicas de trabalho e manejo caíram do céu”, fala com entusiasmo Maria Aparecida.

    Pesquisa e congresso sobre a palma

    O projeto de pesquisa sobre forrageiras adaptadas ao semiárido

    O Norte de Minas é uma das regiões do país que recebe constantes pesquisas que estudam melhores opções de alimentação animal adaptadas às regiões com baixos índices de chuva, caso do Projeto Forrageiras para o Semiárido, que tem apoio do Sistema Faemg Senar. Em Montes Claros existem duas Unidades de Referência Tecnológica (URTs), junto a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), que analisam diversas espécies de forrageiras para alimentação animal.

    6º Congresso Brasileiro de Palma e Outras Forrageiras para o Semiárido

    A palma forrageira também será tema de um congresso em outubro, no Parque de Exposições de Montes Claros. Durante três dias (19, 20 e 21), o 6º Congresso Brasileiro de Palma e Outras Forrageiras para o Semiárido e o Palmatech 2023 irão reunir pesquisadores, produtores rurais, técnicos e interessados nas mais novas tecnologias envolvendo essa e outras cactáceas.

    Esta será a primeira vez que o congresso é realizado fora da região nordeste do Brasil. O evento é organizado pelo Sistema Faemg Senar e pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), com apoio da Federação da Agricultura e

    Conclusão

    A convivência com a seca nas cidades do semiárido mineiro tem impulsionado a busca por alternativas para que o produtor rural consiga manter sua produção. Uma dessas alternativas é o uso da palma, uma espécie de cactácea rica em carboidratos não fibrosos, fundamental na formulação de dietas para animais ruminantes. A cultura da palma tem ganhado adeptos no Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha, contribuindo diretamente para o desenvolvimento rural dessas regiões com baixos índices de chuva.

    Perguntas e Respostas

    1. Por que a palma é uma alternativa interessante para os produtores rurais do semiárido mineiro?

    A palma é uma alternativa interessante porque é rica em carboidratos não fibrosos, fornecendo energia aos animais e reduzindo o uso de concentrado, o que torna mais barato atuar na atividade.

    2. Quais foram as espécies de palma doadas aos produtores da região de Espinosa?

    Foram doadas três espécies diferentes de palma: palma miúda, palma orelha de elefante e palma sertânia.

    3. Quais instituições estiveram envolvidas na doação das raquetes de palma aos produtores?

    A doação foi realizada pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Espinosa, o Sistema Faemg Senar e a Emater.

    4. Como a palma tem ajudado na alimentação animal em períodos de seca?

    A palma tem sido uma opção de forrageira durante períodos de seca, oferecendo uma opção de alimentação e boa nutrição para os animais quando o pasto acaba.

    5. Onde será realizado o 6º Congresso Brasileiro de Palma e Outras Forrageiras para o Semiárido?

    O congresso será realizado no Parque de Exposições de Montes Claros, no Norte de Minas.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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