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Brasil: o leite supremacista de Bolsonaro

    Brasil Sem Medo - O leite supremacista do Bolsonaro

    Por que devemos pensar duas vezes antes de tomar leite?

    Uma reflexão importante sobre o papel do leite na sociedade

    Entenda como um simples gesto pode ter significados mais profundos do que imaginamos

    Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?

    Sumário

    1. Hábito de tomar leite da infância

    – O gesto de tomar leite e sua relação simbólica

    – Consumo de leite de Bolsonaro

    2. Importância econômica do leite no Brasil

    – Dados sobre a produção e mercado de leite no Brasil

    – Foco na economia do leite em meio a questões políticas

    3. Considerações finais sobre o leite

    – O leite em meio aos destaques midiáticos

    – Referência aos livros do autor Paulo Briguet

    Uma das lembranças mais antigas e queridas que eu levava comigo nestes 53 anos de existência como emissor de carbono é a do copo de leite que minha mãe, a D. Aracy, me oferecia todas as noites, antes da hora de dormir. Nunca é tarde para aprender algo novo, mas devo aqui registrar meus agradecimentos ao jornalista Marcelo Lins, da Globonews, que no programa Estúdio i, exibido na última terça-feira (7), esclareceu que esse hábito de tomar leite é um gesto simbólico supremacista. Sinceramente, eu não estava consciente da natureza hedionda de meu hábito infantil, mas, diante do Tribunal da Grande Mídia, peço que seja levado em conta um elemento atenuante: o leite que eu consumia naquelas noites paulistanas não era puramente branco, mas um tanto amarronzado, pois Aracy costumava acrescentar-lhe uma colher de Nescau. Mais tarde, quando eu já estava crescidinho, minha mãe ordenava que eu cometesse outro crime: ir até a padaria do português, que ficava na Alameda Eduardo Prado, para comprar um litro de leite B e quatro pãezinhos. (Espero que os pãezinhos, meio amorenados, não firam nenhum código de conduta identitária.)

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    Para reforçar o que disse sobre o leite, meu colega jornalista citou uma (“ou várias, se não estou enganado”) lives em que o ex-presidente Bolsonaro apareceu tomando um copo de leite mais branco que a ficha criminal do atual ocupante da Presidência, sendo este gesto simbólico uma clara (ops…) referência à tese racista-supremacista de que homens brancos digerem melhor o alimento oriundo das vacas do que homens não tão brancos assim.

    Lamentavelmente, meu companheiro de ofício estava enganado. Bolsonaro bebeu leite ao vivo apenas uma vez, justamente na quinta-feira, 28 de maio de 2020, que precedia a comemoração do Dia Mundial do Leite, comemorado em 1º de junho, e o fez a pedido da então ministra Tereza Cristina, hoje senadora.

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    Contudo, resta evidente que Bolsonaro não estava nem um pouco preocupado com a importância do leite para a economia do país. Afinal, o Brasil atingiu a marca de 80 bilhões de litros de leite por ano, tornando-se o terceiro maior produtor do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia – mas isso não tem a menor relevância. Também ninguém liga para o fato de que hoje um milhão de propriedades rurais no país produzem leite, em 98% dos municípios brasileiros. O leite é o sétimo produto no ranking de alimentos do país, mas quem está preocupado com isso, não é mesmo?

    E se vocês, meus sete pacientes leitores, quiserem mais algumas informações inúteis, eis aqui. A produção do famigerado alimento supremacista branco hoje garante emprego a 4 milhões de brasileiros, isso sem contar a cadeia produtiva de laticínios, que certamente paga o leite das crianças, ops, põe a comida na mesa de outros milhões de famílias. O valor bruto da produção primária no Brasil atingiu no ano passado R$ 80 bilhões e o faturamento líquido dos derivados de leite ultrapassa R$ 70,9 bilhões. Em duas décadas, de 1997 a 2017, houve um aumento de 80% na produção de leite, ainda que com uma considerável redução no número de vacas ordenhadas. Isso significa que o setor tem alcançado maior produtividade por cabeça, embora estejamos distantes dos campeões mundiais de produtividade nesse segmento: EUA e Israel. (EUA e Israel? Olha aí eu me comprometendo de novo…)

    Mas, afinal de contas, que importância tem isso tudo? O importante é bater no Bolsonaro. Hoje, no entanto, acho que Estúdio i vai mudar de assunto: um vereador carioca teve o mesmo destino trágico de Marielle e foi assassinado no Rio.

    Ah, não, péra. O vereador era do PL. Pode falar mais um pouco do leite, Lins.

    Paulo Briguet é escritor e editor-chefe do BSM. Autor de Autor de Autor dos livros Nossa Senhora dos Ateus e O Mínimo sobre Distopias.

     


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    A importância do leite em minha infância

    Nos meus 53 anos de existência, uma das memórias mais antigas e queridas que carrego é a do copo de leite que minha mãe, D. Aracy, me oferecia todas as noites antes de dormir. No entanto, recentemente descobri que esse hábito, que eu considerava inocente, é interpretado como um gesto simbólico supremacista. Ao tomar conhecimento disso através do jornalista Marcelo Lins, da Globonews, percebi a natureza polêmica desse hábito infantil. No entanto, peço que leve em conta que o leite que consumia era ligeiramente amarronzado, pois minha mãe costumava adicionar uma colher de Nescau. Além disso, eu também era encarregado de comprar o leite na padaria, que por sua vez, não era estritamente branco, e sim mais amorenado, para evitar violações de códigos de conduta identitária.

    Controvérsias em torno do leite e o ex-presidente Bolsonaro

    O jornalista que mencionei anteriormente também se referiu às vezes em que o ex-presidente Bolsonaro foi visto tomando um copo de leite, interpretando isso como uma referência à supremacia branca. No entanto, devo esclarecer que houve apenas uma ocasião em que Bolsonaro apareceu tomando leite ao vivo, a pedido da então ministra Tereza Cristina, e coincidiu com a celebração do Dia Mundial do Leite.

    A importância econômica da produção de leite no Brasil

    Apesar das controvérsias simbólicas, é inegável a importância do leite para a economia do Brasil. O país é o terceiro maior produtor de leite do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia. A produção do alimento emprega 4 milhões de brasileiros e tem um valor bruto de cerca de R$ 80 bilhões por ano. Além disso, a produção de leite está presente em 98% dos municípios brasileiros, demonstrando seu impacto econômico em todo o país.

    Relevância da produção de leite para a economia

    Além disso, o setor de laticínios gerou um faturamento líquido de mais de R$ 70,9 bilhões. Mesmo com redução no número de vacas ordenhadas, houve um aumento de 80% na produção de leite nas últimas duas décadas. Enquanto aumenta a produtividade por animal, o Brasil ainda está atrás de líderes mundiais como os EUA e Israel nesse segmento.

    Conclusão e importância do debate sobre o leite

    Em meio a polêmicas sobre o simbolismo do leite, é crucial reconhecer a importância econômica e social da produção de leite no Brasil. Apesar de controvérsias em torno de sua conotação simbólica, o setor de laticínios tem um impacto significativo na economia e no emprego no país. Portanto, é relevante promover um debate informado e equilibrado sobre o assunto, em vez de focar apenas em interpretações simbólicas.

    Sobre o autor

    Paulo Briguet é escritor e editor-chefe do BSM. Autor de dos livros Nossa Senhora dos Ate e O Mínimo sobre Distopias.”


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    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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