Milton Steagall defende o óleo de palma para descarbonizar o setor aéreo
“O Brasil pode ser a Arábia Saudita na produção de SAF, o Combustível Sustentável de Aviação”. É assim que Milton Steagall, CEO do Grupo BBF (Brasil BioFuels), define a oportunidade brasileira de se tornar líder na produção de biocombustíveis de segunda geração como o SAF e o Diesel Verde. O executivo participou nesta manhã do evento Estadão Summit Agro 2023, promovido pelo jornal O Estado de São Paulo, e defendeu o cultivo sustentável da palma de óleo como matéria-prima principal para descarbonizar o setor de aviação. O evento teve como tema “A nova Revolução Verde: do alimento à energia, o potencial do Brasil para ser superpotência”.
Potencial brasileiro
De acordo com Steagall, o Brasil tem o potencial de cultivar a palma, de forma totalmente sustentável, em 31 milhões de hectares de áreas degradadas na região amazônica, segundo robusto trabalho realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Investimentos e impactos
A partir de 2026, o Grupo BBF vai iniciar o fornecimento de SAF (Combustível Sustentável de Aviação) e Diesel Verde para a Vibra Energia (antiga BR Distribuidora) – em contrato de offtaker. A matéria-prima para os biocombustíveis avançados será o óleo de palma cultivado pelo Grupo BBF na região Amazônica. Já o refino será feito na primeira biorrefinaria do País a produzir os inéditos biocombustíveis em escala industrial.
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Tópicos
O potencial do Brasil na produção de biocombustíveis
Desafios atuais na produção de óleo de palma
Investimentos e planos do Grupo BBF para a produção de SAF e Diesel Verde
Sustentabilidade e oportunidades de cultivo de palma
Uso de áreas degradadas na região amazônica
Reaproveitamento de folhas de palma para geração de energia renovável
Marco fundiário para o cultivo da palma de óleo
Importância de fontes de financiamento
Geração de empregos em regiões remotas
Evento Estadão Summit Agro 2023
Tema e participantes do evento
Debate sobre oportunidades e desafios do agronegócio brasileiro
Milton Steagall participou do evento Estadão Summit Agro 2023 e defendeu o uso do óleo de palma para descarbonizar o setor aéreo
“O Brasil pode ser a Arábia Saudita na produção de SAF, o Combustível Sustentável de Aviação”. É assim que Milton Steagall, CEO do Grupo BBF (Brasil BioFuels), define a oportunidade brasileira de se tornar líder na produção de biocombustíveis de segunda geração como o SAF e o Diesel Verde. O executivo participou nesta manhã do evento Estadão Summit Agro 2023, promovido pelo jornal O Estado de São Paulo, e defendeu o cultivo sustentável da palma de óleo como matéria-prima principal para descarbonizar o setor de aviação. O evento teve como tema “A nova Revolução Verde: do alimento à energia, o potencial do Brasil para ser superpotência”.
A Arábia Saudita é um dos principais países produtores de petróleo do mundo. Estados Unidos, Rússia e o país do Oriente Médio respondem por mais de 40% da produção global da matéria-prima, segundo o Instituto Brasileira de Petróleo e Gás.
De acordo com Steagall, atualmente, a produção brasileira de óleo de palma ainda é tímida, colocando o país na décima posição no ranking de maiores produtores. A produção desse óleo, que é o mais consumido no mundo, é concentrada na Indonésia, Malásia e Tailândia, países que detém 95% da produção mundial, estimada em cerca de 80 milhões de toneladas por ano. Este volume está concentrado em cerca de 22 milhões de hectares cultivados com a cultura, que devastou florestas tropicais da Ásia.
O Brasil, porém, tem o potencial de cultivar a palma, de forma totalmente sustentável, em 31 milhões de hectares de áreas degradadas na região amazônica, segundo robusto trabalho realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A legislação brasileira para o cultivo da palma conta com o Decreto 7.172, estabelecido em 2010 pelo Governo Federal, e é considerada a mais rígida do mundo neste setor, pois permite que a palma seja cultivada apenas em áreas que foram desmatadas na região amazônica até dezembro de 2007.
“Apesar de seu cultivo ser permitido em toda essa área, sem desmatar uma árvore sequer de floresta, hoje, a palma é plantada em apenas 300 mil hectares no Brasil, aproximadamente, sendo 75 mil hectares deles do Grupo BBF. Com os 31 milhões de hectares disponíveis, temos a oportunidade de gerar 1,1 bilhão de barris de óleo de palma por ano, para ser utilizado no desenvolvimento de biocombustível para atender o setor aéreo. Isso é mais do que é extraído pela Petrobras no nosso pré-sal, por isso, digo que temos um verdadeiro “pré-sal verde” no nosso país”, afirma o executivo.
A partir de 2026, o Grupo BBF vai iniciar o fornecimento de SAF (Combustível Sustentável de Aviação) e Diesel Verde para a Vibra Energia (antiga BR Distribuidora) – em contrato de offtaker. A matéria-prima para os biocombustíveis avançados será o óleo de palma cultivado pelo Grupo BBF na região Amazônica. Já o refino será feito na primeira biorrefinaria do País a produzir os inéditos biocombustíveis em escala industrial. Devem ser investidos mais de R＄ 2,2 bilhões na nova planta, que terá a capacidade de produzir cerca de 500 milhões de litros anualmente de SAF e Diesel Verde.
Além da produção de óleo a partir do fruto, o cultivo da palma gera toneladas de folhas, que hoje são usadas apenas para recomposição orgânica dos próprios palmares. Mas segundo Steagall, é possível utilizar essas folhas como biomassa para a geração de energia renovável.
Marco fundiário
“A legislação federal para o cultivo da palma de óleo, chamada de Zoneamento Agroecológico da Palma de Óleo (Decreto 7.172, de maio de 2010) é um feito e um grande marco fundiário para esta cultura. O que precisamos agora é de estímulo e capital para que essas áreas sejam desenvolvidas e recuperadas, sendo necessárias linhas de financiamento neste sentido. Muitas empresas como o Grupo BBF podem surgir, o que é muito positivo”, diz.
As fontes de financiamento são um ponto fundamental para o cultivo da palma, já que a planta leva pelo menos quatro anos para iniciar sua fase de colheita de frutos, além da necessidade de construção de usinas para extração do óleo. “O cultivo é feito de forma totalmente manual, sendo esta mais uma virtude desta cultura: ela gera milhares de empregos em regiões remotas, em que as oportunidades de renda são muito pequenas”, explica.
Atualmente, o Grupo BBF emprega diretamente cerca de 6 mil pessoas na região Norte do país, principalmente nos estados do Pará e Roraima, além de outros 18 mil empregos indiretos.
Evento
O evento Estadão Summit Agro 2023 teve como tema “A nova Revolução Verde: do alimento à energia, o potencial do Brasil para ser superpotência”. A partir da participação de nomes importantes do setor do agronegócio brasileiro, o encontro debateu oportunidades, desafios e necessidades do agronegócio brasileiro.
Além de Steagall, participaram do painel “O campo gera energia, inclusive para produzir alimentos”, a gerente executiva da Associação Brasileira do Biogás (Abiogás), Tamar Roitman, e o diretor de Tecnologia e Regulação da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), Leonardo Caio Filho. O debate foi mediado pela jornalista Isadora Duarte.
Milton Steagall no Estadão Summit Agro 2023
Oportunidade brasileira na produção de biocombustíveis
Milton Steagall, CEO do Grupo BBF (Brasil BioFuels), participou do evento Estadão Summit Agro 2023 e defendeu o cultivo sustentável da palma de óleo como uma oportunidade para o Brasil se tornar líder na produção de biocombustíveis de segunda geração, como o SAF e o Diesel Verde. Ele destacou a possibilidade do Brasil se tornar a Arábia Saudita na produção de SAF, o Combustível Sustentável de Aviação, visando a descarbonização do setor aéreo.
A produção mundial de óleo de palma
Atualmente, a produção global de óleo de palma está concentrada em países do Sudeste Asiático, como Indonésia, Malásia e Tailândia, que respondem por 95% da produção mundial. No entanto, o Brasil tem o potencial de cultivar a palma de óleo de forma sustentável em áreas degradadas na região amazônica, conforme apontado por pesquisas da Embrapa. A legislação brasileira para o cultivo da palma estabelece regras rígidas, visando a preservação ambiental.
Viabilidade do cultivo da palma no Brasil
Apesar do potencial para cultivar a palma de óleo de forma sustentável, a produção brasileira ainda é tímida, colocando o país na décima posição no ranking de maiores produtores. Ainda assim, o Grupo BBF já possui 75 mil hectares de plantações de palma e está preparado para expandir a produção, visando atender a demanda por biocombustíveis avançados.
Sustentabilidade e geração de empregos
Além da produção de óleo, o cultivo da palma gera oportunidades de emprego em regiões remotas, contribuindo para a geração de renda e o desenvolvimento socioeconômico. Atualmente, o Grupo BBF emprega diretamente cerca de 6 mil pessoas na região Norte do país, com previsão de expansão conforme a produção de óleo de palma avança.
Impacto na indústria de aviação
A produção de biocombustíveis avançados, como o SAF e o Diesel Verde, a partir do óleo de palma cultivado pela Grupo BBF, terá um impacto significativo na indústria de aviação. A parceria com a Vibra Energia para fornecimento dos biocombustíveis irá impulsionar a transição para combustíveis mais sustentáveis no setor aéreo.
Sustentabilidade e desenvolvimento econômico
Além do potencial para a produção de biocombustíveis, o cultivo da palma de óleo pode ser uma fonte de biomassa para a geração de energia renovável, contribuindo para a descarbonização de diversas indústrias.
Fomento ao cultivo sustentável
Steagall ressaltou a importância do fomento ao cultivo sustentável da palma de óleo, destacando a necessidade de linhas de financiamento e estímulos para o desenvolvimento das áreas de cultivo, visando a recuperação de áreas degradadas e a geração de novos empregos.
Evento Estadão Summit Agro 2023
O evento contou com a participação de importantes nomes do setor do agronegócio brasileiro, que debateram as oportunidades, desafios e necessidades do setor. Além de Steagall, participaram do painel representantes de associações ligadas à geração de energia a partir de recursos renováveis.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
O que é SEO?
SEO, ou Search Engine Optimization, é o processo de otimização de um site para os mecanismos de busca. Isso inclui a criação de conteúdo de alta qualidade, a utilização de palavras-chave relevantes, a melhoria da velocidade do site, entre outros fatores.
Por que é importante ter uma pontuação alta nos testes de SEO?
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Quais são os principais fatores de SEO a serem considerados?
Os principais fatores de SEO a serem considerados incluem a qualidade do conteúdo, a relevância das palavras-chave, a velocidade do site, a utilização de meta tags, a otimização de imagens, entre outros.
Como melhorar a pontuação nos testes de SEO?
Para melhorar a pontuação nos testes de SEO, é importante criar conteúdo de alta qualidade, utilizar palavras-chave relevantes, otimizar as meta tags, melhorar a velocidade do site, entre outras práticas recomendadas.
O que fazer após obter 100 em Testes de SEO?
Após obter 100 em testes de SEO, é importante continuar monitorando e ajustando o seu site, garantindo que ele continue a atender aos requisitos dos mecanismos de busca e oferecendo a melhor experiência possível para os usuários.
Milton Steagall participou do evento Estadão Summit Agro 2023 e defendeu o uso do óleo de palma para descarbonizar o setor aéreo
