Pular para o conteúdo

Bayer apoia a sustentabilidade na agricultura com sua iniciativa “Carbon Bayer”

    Bayer apoia a sustentabilidade na agricultura com sua iniciativa Carbon

    Os agricultores do programa PRO Carbono têm uma pegada de carbono até 80% menor do que os padrões internacionais

    podcast

    Bayer apoia a sustentabilidade na agricultura com sua iniciativa “Carbon Bayer”

    Patrocinadores

    Os agricultores do programa PRO Carbono têm uma pegada de carbono até 80% menor do que os padrões internacionais

    Estudo de pesquisadores da Embrapa comparou os resultados obtidos pela iniciativa na safra 21/22 com as informações disponíveis nas principais bases de dados internacionais

    Agricultores participantes do programa PRO Carbono da Bayer, presente em mais de 650 municípios de 16 estados brasileiros, alcançaram uma pegada média de carbono de 783 kg CO2 eq por tonelada de soja na safra 2021/2022. O número representa uma redução de até 80% em relação à média das principais bases de dados internacionais.

    Os dados foram apresentados pelos pesquisadores Marcelo Morandi e Marília Folegatti, da Embrapa Meio Ambiente, durante o Carbon Science Talks, evento técnico promovido pela Bayer, em Atibaia (SP), para acadêmicos, consultores e parceiros do programa. A pegada de carbono do estudo foi estimada por meio da técnica de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), com base na coleta de dados e descrições detalhadas dos processos produtivos das fazendas dos agricultores participantes.

    Patrocinadores

    “O estudo possibilitou demonstrar o bom desempenho da soja brasileira, respondendo ao investimento em boas práticas – como a adoção de sistemas diversificados e o uso do plantio direto, entre outras. Além disso, indicou pontos de melhoria nos processos produtivos”, explica Marília.

    Fonte: Premissas e desafios da contabilização da pegada de carbono na agricultura – Marcelo Morandi e Marília Folegatti – Embrapa Meio Ambiente

    No programa PRO Carbono, trabalha-se para aumentar a produtividade no campo e o sequestro de carbono no solo, por meio da intensificação das práticas de conservação, reduzindo a pegada de carbono da soja. Por outro lado, os agricultores que dela fazem parte podem usufruir de benefícios como: análise de fertilidade e estoque de carbono no solo, diagnóstico socioambiental das propriedades, acesso a conteúdos e profissionais de referência sobre o assunto e apoio de uma consultoria técnica para a implementação de uma gestão sustentável.

    “O agronegócio brasileiro tem grande potencial para se tornar protagonista no mercado de carbono, por meio da intensificação de práticas agrícolas sustentáveis. Para isso, é fundamental compartilhar o conhecimento e as ações desenvolvidas para solucionar alguns dos principais desafios técnico-científicos que são essenciais para viabilizar a entrada do agronegócio no mercado de carbono”, enfatiza Fábio Passos, líder do Carbon Business da Bayer para a América Latina. .

    O evento destacou a importância das parcerias na construção do conhecimento científico para a criação de um ecossistema de carbono na agricultura. Foram discutidas questões científicas para entender métodos inovadores de medição de carbono no solo, o impacto da adoção de práticas conservacionistas na produção de alimentos, modelos preditivos e escaláveis ​​ajustados às condições tropicais, bem como ferramentas que permitem o cálculo da pegada de carbono na agricultura.

    Entre os participantes, estiveram representantes das 70 consultorias técnicas parceiras do Projeto, pesquisadores da Embrapa, Fundação ABC, ESALQ/USP, UFRGS, UFMG, Unesp, Fundação MT, UFSCar, UEPG, entre outros.

    “Nós da Bayer, junto com pesquisadores, universidades, startups e Embrapa, trabalhamos para aumentar a sustentabilidade e a produtividade dos agricultores, que também têm acesso a serviços e benefícios específicos do programa”, diz Passos.

    Próximos passos

    Entre os principais desafios para o agronegócio entrar no mercado de carbono está a criação de um protocolo de medição de carbono no solo que seja viável financeiramente e reconhecido por entidades internacionais em que Bayer, Embrapa e acadêmicos estejam trabalhando juntos e avançando em uma modelagem preditiva para a agricultura tropical .

    “A parceria entre a Embrapa e a Bayer no PRO Carbono tem avançado consistentemente uma nova geração de soluções por meio de novas abordagens matemáticas e computacionais apoiadas na geração de dados obtidos com métodos padronizados de coleta e análise e instrumentação de última geração”, ele diz. Luis Gustavo Barioni, pesquisador da Embrapa Agricultura Digital e coordenador da equipe da Embrapa na parceria.

    Como alternativa ao método de referência internacional, utilizando o analisador elementar CHN, estão sendo testadas duas novas metodologias, uma com a técnica LIBS, a mesma utilizada pela NASA nos robôs que investigam o solo de Marte, e a técnica NIRS, que utiliza infravermelho. As análises identificaram resultados promissores na comparação dos estoques de carbono entre sistemas agrícolas sustentáveis ​​e vegetação nativa.

    Entre as novidades que estarão disponíveis para apoiar os agricultores dentro do programa PRO Carbono nos próximos meses está a Calculadora de Carbono (CTOOL), desenvolvida para auxiliar consultores e produtores rurais no planejamento de gestão com a intensificação de boas práticas agrícolas que auxiliem no acúmulo de carbono no solo. A ferramenta auxiliará na coleta de dados de insumos de carbono e visa possibilitar que os agricultores adotem estratégias mais eficazes para intensificar práticas sustentáveis ​​em suas áreas, como plantio direto, rotação de diferentes culturas e culturas de cobertura.

    “Reuniões como essa são essenciais para que a comunidade científica possa trocar experiências que permitirão efetivamente ao Brasil avançar na agenda do desenvolvimento sustentável. Os resultados que vimos até agora são animadores e indicam que temos um caminho promissor com agricultores e parceiros dispostos a contribuir para a inserção da agricultura no mercado de carbono”, completa Passos.

    O PRO Carbono é um programa que faz parte da iniciativa Carbono Bayer, lançada em 2020, que está presente em 10 países e conta com mais de 2.600 produtores que juntos já sequestraram 500.000 toneladas de carbono no solo.



    Fonte: Noticias Agricolas