O Banco do Agricultor Paranaense já viabilizou financiamento de R$ 301,7 milhões desde abril de 2021, quando passou a apoiar produtores rurais do Estado com equalização de taxas de juros. Os recursos foram utilizados para viabilizar 2.075 projetos em diversas atividades do setor agropecuário.
Para garantir juros menores aos produtores e, em alguns casos, zerar a taxa, o Estado já investiu mais de R$ 95,8 milhões.
“O Estado entende que esse programa é importante para permitir que os agricultores melhorem os processos produtivos, tenham menor custo de propriedade e, assim, ganhem escala e eficiência, aproveitando todas as vantagens que um bom investimento traz”, afirmou. o secretário de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara.
“Por isso, desde o início do programa, o governo nunca deixou de aplicar recursos no Fundo de Desenvolvimento Econômico, gerido pelo Fomento Paraná, com o objetivo de facilitar a aceitação de projetos por instituições financeiras parceiras de negócios”, acrescentou.
O maior volume de financiamento refere-se à linha de energia renovável, que atingiu, até o início de dezembro, R$ 243 milhões. 1.447 projetos são beneficiados. Para incentivar a adoção de uma fonte de energia mais sustentável, o governo decidiu assumir 100% da participação nos projetos. Assim, o Estado investiu R$ 85,8 milhões, liberando o produtor rural do pagamento de juros.
A linha destinada à pecuária leiteira é a segunda em volume de financiamento, com R$ 39,5 milhões em 505 projetos. Com equalização de até 3 pontos percentuais ao ano para agricultores familiares com declaração de adequação ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), localizados em municípios com IDH abaixo da média estadual, e 2 pontos percentuais para residentes em outros municípios , o volume investido pelo Estado foi de R$ 4,7 milhões.
Na irrigação, em que o Estado também optou por pagar 100% dos juros, o financiamento total foi de R$ 15,5 milhões, abrangendo 103 projetos. O governo investiu R$ 4,8 milhões para equalizar os juros.
A linha, que apóia as cadeias produtivas da seda, café, olericultura, floricultura, fruticultura e sistemas de produção orgânica e agroecológica, já concedeu R$ 3,8 milhões em financiamentos para 67 projetos. O investimento do Estado foi de R$ 509,4 mil.
MAIS LINHAS – As cooperativas da agricultura familiar protocolaram dois projetos no Banco Regional de Desenvolvimento Econômico (BRDE), que também é parceiro do projeto, no valor de R$ 1,8 milhão. O investimento estadual para equalização de juros foi de R$ 150,3 mil. A linha de piscicultura aparece como a sexta em volume de recursos, com R$ 1,4 milhão financiados em nove projetos. O Estado participou com R$ 283,8 mil.
Até o dia 2 de dezembro, seis projetos de investimento na produção de pinhão e erva-mate receberam financiamento de R$ 172 mil. O Estado investiu R$ 35,6 mil para equalizar até 3 pontos percentuais ao ano para agricultores familiares com declaração de adequação ao Pronaf (Programa Nacional da Agricultura Familiar), localizados em municípios com IDH abaixo da média estadual, e 2 pontos percentuais para moradores de outros municípios.
A produção, captação e preservação de água teve dois projetos aprovados para financiamento no valor de R$ 87,1 mil, com participação de R$ 8,9 mil do Estado. Por fim, para um projeto de agronegócio, foram liberados R$ 78,4 mil. O Estado investiu R$ 12,5 mil para equalizar a taxa de juros.
RENOVAR – Desde agosto de 2021, o Estado desenvolve o programa Paraná Rural de Energia Renovável (RenovaPR), por meio do qual empresas credenciadas pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná) são responsáveis por elaborar projetos técnicos, instalar e prestar assistência em sistemas de geração de energia solar fotovoltaica e biogás/biometano em ambientes rurais.
O objetivo do Governo do Paraná é estabelecer políticas públicas que auxiliem os produtores rurais de diferentes cadeias produtivas na viabilização e competitividade de seus negócios. O RenovaPR cumpre essa função ao permitir que agricultores e empresas rurais promovam a autoprodução de energia renovável, com possibilidade de redução de custos de produção e expansão de suas atividades.
Ao mesmo tempo, podem tratar dejetos animais e resíduos agrícolas e agroindustriais, dando-lhes a destinação correta e a adequação ambiental de suas atividades. Dessa forma, contribuem para orientar a agricultura paranaense rumo à sustentabilidade e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
COMO FAZER – Para manifestar interesse em aderir ao programa, os produtores vão até a unidade municipal do IDR-Paraná mais próxima de sua propriedade. É onde você escolhe, entre as empresas homologadas – atualmente são 585 para energia solar e 18 para biogás/biometano – a que melhor atende aos seus objetivos.
Até meados de dezembro, o IDR-Paraná havia aceitado 5.328 projetos. Se tudo se concretizar, o valor dos investimentos ultrapassará R$ 1 bilhão. Caso pretenda usufruir dos benefícios do Banco do Agricultor Paranaense, o produtor também deve procurar o agente financeiro credenciado a este programa.
