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Otto Vilas Boas: Um legado deixado para a cafeicultura, mas muito…

    Otto Vilas Boas Um legado deixado para a cafeicultura mas

    Dedicou sua vida aos cafés do Brasil e ao cooperativismo, marcando a trajetória de todos que se dispuseram a participar da boa prosa

    Com a colheita em curso e o mercado pressionado, na última semana o setor cafeeiro no Brasil também se despediu de Otto Vilas Boas. O “Varão de fé, senhor do moca”, que dedicou sua vida à cafeicultura brasileira, faleceu aos 89 anos no dia 22 de junho, deixando um legado para todos aqueles que de alguma forma estão envolvidos com a agroindústria cafeeira.

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    Durante 60 anos, Seu Otto trabalhou na maior cooperativa de moca do mundo, a Cooxupé. Viu a evolução do mercado nos últimos anos e também nessa trajetória, nos 26 anos de Notícias Agrícolas, foi um nome importante para ajudar o cafeicultor na tomada de decisão.

    Otto Vilas Boas nasceu em 4 de fevereiro de 1934, em Guaranésia (MG). Rebento de Paulo Vilas Boas e Ana Oliveira Vilas Boas, numa família de sete irmãos.

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    Seu Otto, uma vez que era carinhosamente publicado, foi para Guaxupé trabalhar no Bar Cinelândia, que havia sido adquirido pelo pai. Qualquer tempo depois, encontrou sua verdadeira vocação profissional: começou a trabalhar na Cooperativa de Moca, Cooxupé.

    Segundo informações da própria Cooxupé, assim uma vez que a cafeicultura brasileira, sua trajetória foi marcada por uma evolução permanente. Sua primeira função foi uma vez que gerente de bens de consumo em 1962. Tornou-se gerente universal em 1967; diretor mercantil em 1987; assumiu a Superintendência do Mercado Interno em 1991 e, em 2003, tornou-se assessor de negócios. “Ele era um cooperado e um grande entusiasta do cooperativismo”, comentou a cooperativa em nota.

    “Fiz da Cooxupé meu maior ideal do ponto de vista profissional. Hoje me sinto realizado e feliz por ela ter se tornado a maior cooperativa de moca do mundo, seja em número de associados, seja em produção de moca”, declarou Seu Otto à Revista Mídia Brasil, em reportagem publicada em agosto de 2022.

    Apesar de estar oficialmente “fora do mercado” há alguns anos, a Otto continuou acompanhando as principais novidades e desafios enfrentados pelo produtor nas últimas safras. O legado que construiu tem sido amplamente reconhecido pela indústria nos últimos dias.

    ““Meu trabalho tinha que gerar bons resultados”. Essa fala de Seu Otto, uma vez que carinhosamente o chamávamos, certamente trouxe muitas contribuições para o desenvolvimento da Cooxupé e da cafeicultura brasileira. Quando olhamos para a história da cooperativa, vemos claramente esses bons resultados gerados ao longo de seus mais de 60 anos de atividades no setor cafeeiro. Ele era um entusiasta cooperativo.

    Varão de fé inabalável, sempre reconheceu a valor de Deus em sua vida, inspirando todos ao seu volta. Seu Otto deixa um legado inestimável para a Cooxupé e para a cafeicultura brasileira. Sua perda é muito dolorosa, mas somos eternamente gratos por termos a oportunidade de aprender com ele tudo o que ensinou, sempre com muito paixão, altruísmo e esperança. A ele e a todos os seus familiares e amigos, nosso profundo congratulação e solidariedade”, Carlos Augusto Rodrigues de Melo – Presidente da Cooxupé.

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    Para o Notícias Agrícolas, Seu Otto também foi importante e fez a diferença não só no surgimento do site, mas também de forma muito pessoal na vida de cada membro da equipe que teve, em qualquer momento, a missão de expedir o setor cafeeiro, mas também a oportunidade de aprender com um dos nomes mais emblemáticos do moca no Brasil.

    “Hoje perdemos Seu Otto, ele disse: João Batista eu estou no moca há anos. Ele disse que ninguém consegue entender o mercado de moca. É uma mercadoria valiosa, ninguém consegue entender”, lembrou João Batista Olivi na semana passada.

    “Parabéns pela sua vida, Seu Otto… muito obrigado pela sua existência”, disse ainda ao entrevistar Seu Otto pela última vez em dezembro de 2020.

    Aleksander Horto, editor-chefe do Notícias Agrícolas, que viu sua curso profissional se moldar paralelamente à do site, relembra as visitas de Seu Otto durante as visitas da equipe a Guaxupé.

    “Seu Otto é daquelas pessoas únicas, cativantes e com muita luz. Com aquele jeitinho mineiro, sempre com uma boa história para racontar, chegava todos os anos ao estande do Notícias Agrícolas nas edições da Femagri (Feira de Negócios promovida pela Cooxupé) com um pote de gulodice, feito pela esposa ou comprado de um colega da família. E lá ele passava o dia conosco, interagindo com os entrevistados, compartilhando suas impressões pessoais sobre os mais diversos assuntos. Mas o que ele gostava mesmo era de falar sobre moca , do mercado de moca… Uma paixão incondicional… Ai Seu Otto, vai deixar saudades!!! Descanse em sossego”, disse.

    Uma vez que já mencionei, Seu Otto marcou a vida de muitos jornalistas. Carla Mendes, editora-chefe do Notícias Agrícolas, o reconhece uma vez que “uma das pessoas mais queridas e simpáticas que já tive a oportunidade de saber na vida. Graças ao agro. Graças a um Brasil que nem todos conhecem, mas que é uma vez que os homens gostam disso.”

    Em quatro anos falando diariamente sobre o mercado cafeeiro, eu, Virgínia Alves, posso expor que Seu Otto sempre foi um grande incentivador do meu trabalho. Lá detrás, ainda inseguro, foi um dos responsáveis ​​por me mostrar que o caminho que estava sendo trilhado era positivo.

    No “on e off”, uma vez que costumamos expor, ele esteve presente entre uma relação e outra, para expor que a notícia estava sendo efetiva e importante em um momento tão provocador para a produção no Brasil. Não há muito a expor, exceto obrigado por sua sabedoria, simplicidade, zelo e, supra de tudo, por sua gentileza em ser tão gentil.

    HOMEM DE FÉ

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    Otto Vilas Boas gostava de racontar que herdou da mãe princípios religiosos, morais e éticos. Ele tinha uma fé inabalável em Deus e estava ansioso para trabalhar para a Igreja Católica.
    “Nestes 50 anos tenho contribuído muito junto com os bispos e padres para a implantação de seus movimentos e nas aberturas aos leigos na Diocese de Guaxupé. Participei do Movimento Cursilho Cristianismo da ICM Brasileira, Encontro de Casais com Cristo, Formação de Jovens Cristãos, Renovação Carismática e, nos últimos 40 anos, uma vez que Ministro da Eucaristia. Meu maior legado é, sem incerteza, minha vida literalmente dedicada à família, à igreja e à Cooxupé”, disse à Revista Mídia Brasil, em dezembro de 2022.

    Fonte: Noticias Agricolas