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Aspectos de manejo que afetam a produtividade

A perda de prenhez é um desafio enfrentado por muitas fazendas leiteiras e pode ter impacto significativo na eficiência reprodutiva e produtiva, resultando em perdas econômicas. É essencial compreender as causas desse problema para poder tomar medidas práticas e melhorar os resultados na fazenda.

A perda de prenhez pode ocorrer tanto na fase embrionária como na fase fetal da gestação. A perda embrionária ocorre nos primeiros 42 dias, enquanto o aborto ou perda fetal ocorre entre 42 e 260 dias. No entanto, é mais comum ocorrer perdas embrionárias logo após o serviço dos animais. Portanto, identificar e reduzir a perda de prenhez é fundamental para melhorar a taxa de concepção na fazenda.

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Um dos fatores que podem contribuir para a perda de prenhez é a condição anovulatória das vacas. Animais que não ovulam não serão servidos e, portanto, terão uma menor chance de engravidar. Além disso, esses animais têm uma taxa de concepção mais baixa e uma maior taxa de perda de prenhez em comparação com vacas ciclando normalmente. Duração do período seco, incidência de doenças e escore de condição corporal são fatores de risco para a condição anovulatória.

Outro fator que pode afetar a reprodução é o estresse térmico. O estresse térmico é mais comum em vacas de alta produção de leite, pois o aumento da produção dificulta a troca de calor com o meio ambiente. Isso pode afetar a qualidade dos ovócitos, prejudicar o desenvolvimento embrionário e causar perdas gestacionais em estágios mais avançados. Medidas como oferecer água fresca e limpa, fornecer sombra, ventilação e aspersão de água podem ajudar a reduzir o estresse térmico e seus efeitos negativos na reprodução.

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Além disso, doenças também estão relacionadas à perda de prenhez. Infecções uterinas, brucelose, leptospirose, neosporose e rinotraqueíte infecciosa bovina são apenas algumas das doenças que podem afetar a saúde reprodutiva das vacas e levar a abortos, reabsorção fetal e infertilidade.

Por fim, uma nutrição adequada desempenha um papel fundamental na reprodução das vacas. Ela afeta o desenvolvimento dos folículos, a maturação dos óvulos, a ovulação, a fertilização e a sobrevivência embrionária. O momento do pós-parto é particularmente desafiador, pois ocorre um balanço energético negativo devido à baixa ingestão de matéria seca. Isso pode levar a uma maior perda de condição corporal, atraso na primeira ovulação pós-parto e maior mortalidade embrionária.

Para lidar com esses desafios, é importante investir em uma nutrição adequada ao longo da lactação e adotar estratégias de manejo que estimulem o consumo de alimentos. Divisão de lotes adequada, atenção aos animais em período de transição e armazenamento adequado dos alimentos são algumas das medidas que podem ser adotadas.

Em resumo, compreender e combater a perda de prenhez é de extrema importância para melhorar a eficiência reprodutiva da fazenda leiteira. A identificação das causas e a implementação de medidas práticas ajudarão a alcançar resultados satisfatórios e evitar perdas econômicas.

Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?
Sumário:
1. Introdução
2. A perda de prenhez e sua relevância
3. Condição Anovulatória
3.1 Fatores de risco
4. Impacto do estresse térmico na reprodução
4.1 Medidas para contornar o estresse térmico
5. Doenças que podem causar a perda de prenhez
5.1 Infecções uterinas
5.2 Brucelose
5.3 Leptospirose
5.4 Neosporose
5.5 Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR) e Diarreia Viral Bovina (BVD)
5.6 Outras doenças e a importância da prevenção
6. Importância da nutrição adequada
6.1 O desafio do pós-parto
6.2 Estratégias de manejo e nutrição adequada
7. Conclusão

A perda de prenhez é um dos índices que determinam o desempenho reprodutivo de um rebanho, é uma questão recorrente em fazendas leiteiras e um problema de causas multifatoriais, podendo ser por fatores endógenos (relacionados a vaca, touro ou embrião) ou externos, o que impacta na eficiência reprodutiva e produtiva, e consequente gera perda econômica.

Da mesma forma que ter um resultado satisfatório em relação à taxa de concepção da fazenda é importante, conseguir ter um baixo número de perda de prenhez é fundamental.

A perda de prenhez pode acontecer tanto na fase embrionária como na fase fetal, onde a perda embrionária é caracterizada quando há interrupção da gestação até 42 dias e o aborto ou perda fetal é aquele que ocorre de 42 a 260 dias. Entretanto, é mais comum ter perda de prenhez pela morte embrionária, ou seja, ocorrendo poucos dias após o serviço dos animais.

 

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Vaca apresentando membranas fetais expostas após abortamento

Vaca apresentando membranas fetais expostas após abortamento. Fonte: acervo pessoal Rehagro

Essas perdas de prenhez podem em muitos casos ocorrer antes mesmo da realização do primeiro diagnóstico de gestação, o que afeta diretamente na taxa de concepção. Então, temos uma forte ligação da perda de prenhez na taxa de concepção, pois de modo geral uma taxa de concepção baixa envolve uma perda de prenhez alta.

Entretanto, existem medidas práticas que possibilitam desvendar as causas do problema e fim de melhorar esse indicador dentro da fazenda. 

Condição anovulatória

Animais em condição anovular, ou seja, aqueles que em condição natural, ao final do Período de Espera Voluntário (PEV) ainda não estão ciclando, são considerados problema dentro da fazenda, pois são animais que não ovulam e consequentemente não emprenham.

Diante disso, a condição anovulatória irá impactar reduzindo a taxa de serviço, pois a vaca não estando cíclica, ela não manifestará cio e consequentemente não será servida (inseminada ou coberta).

Além disso, trabalhos mostram que animais em condição anovular apresentam diminuição da taxa de concepção e aumento da perda de prenhez em comparação com vacas que estão ciclando.

Existem fatores de risco para a condição anovular, os quais de forma indireta afetam no índice de perda de prenhez. Dentre esses fatores podemos citar:

  • Duração do Período Seco = estender muito o período seco aumenta a chance da vaca ser anovular – ideal que o período seco seja entre 45 e 60 dias;
  • Incidência de doenças = vaca com uma ou mais doenças (retenção de placenta, metrite, mastite, cetose, problema respiratório, digestivo ou casco) é mais susceptível a ser anovular em relação a vacas saudáveis;
  • Escore de condição corporal = vacas que perdem escore corporal do parto até o final do PEV tem maior probabilidade se ser anovular.

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Impacto do estresse térmico na reprodução

Sabe-se que o estresse térmico é um problema frequente na pecuária leiteira, principalmente em vacas de maior produção de leite, pois quanto maior a produção de leite maior a dificuldade que o animal terá de trocar calor com o meio. 

O estresse térmico afeta de forma direta a reprodução, pois altera a qualidade dos ovócitos produzidos, prejudica o desenvolvimento embrionário inicial, reduz o crescimento embrionário até o dia 17 e gera perdas em gestações mais avançadas, em torno de 60 e 90 dias, além disso, afeta a ingestão de matéria seca o que indiretamente afeta também a reprodução.

Dentre as formas de contornar o estresse térmico podemos citar: 

  • Disponibilizar aos animais água fresca e limpa = fornecimento de água de qualidade deve ser constante, uma estratégia é ter bebedouros logo após a saída da ordenha, pois esse é um dos principais momentos em que as vacas buscam água.
  • Sombra = A área de sombra, tanto natural quanto artificial, deve ser de 4m² a 15m² por animal e um ponto importante de atenção é sobre a circulação de ar, pois caso haja sombra e alta umidade sem circulação de ar não haverá troca de calor eficiente. 
  • Ventilação e Aspersão = Para que o resfriamento seja eficiente, é preciso que dure entre 30 e 60 minutos e ocorra no mínimo três vezes ao dia, que esteja em local correto e o vento em velocidade adequada. A velocidade dos ventiladores é de 3,5m/s até 4,5m/s e usar 3 litros de água por vaca a cada ciclo, sendo esse de 30 segundos a 1 minuto de água e de 4 a 6 minutos de vento. 

A sala de espera para a ordenha é um dos locais indicados para ocorrer resfriamento, por ser um local que as vacas frequentam rotineiramente e passam boa parte do tempo. Importante lembrar que animais não lactantes podem e devem ser levados para resfriamento.

Outra possibilidade é a linha de cocho, onde pode ser feito nos momentos de fornecimento de dieta que é quando há concentração de vacas no cocho. Entretanto, é importante ter atenção para que nem a dieta e nem a cama sejam molhadas.

Vacas recebendo resfriamento (aspersão e ventilação) na linha de cocho em sistema de instalação Compost Barn

Vacas recebendo resfriamento (aspersão e ventilação) na linha de cocho em sistema de instalação Compost Barn. Fonte: acervo pessoal Rehagro

Quais doenças podem causar a perda de prenhez?

As doenças estão intimamente relacionadas a perda de prenhez, pois elas afetam a saúde reprodutiva das vacas, podendo resultar em abortos, reabsorção fetal ou infertilidade. 

A partir de uma condição inflamatória, por exemplo, alguma doença, ocorre a liberação de citocinas pró-inflamatórias que induzem uma resposta imunológica de fase aguda levando a liberação de proteínas que induzem a inflamação que quando acontece de forma descontrolada prejudicam tanto a reprodução como a produção de leite. 

Dentre as várias doenças que podem afetar diretamente na perda de prenhez podemos citar: 

  • Infecções uterinas: Afetam negativamente prejudicando a implantação e desenvolvimento fetal. 
  • Brucelose: Doença bacteriana que causa aborto em vacas, pois a bactéria pode ser transmitida ao feto. 
  • Leptospirose: Doenças bacterianas que faz com que matrizes apresentem abortos, natimortos, bezerros fracos e podendo provocar infertilidade nas vacas. 
  • Neosporose: Doença causada por um protozoário e pode ser considera umas das principais causas de aborto nos rebanhos bovinos, pois pode ocorrer transmissão transplacentária. 
  • Rinotraqueíte Infecciosa Bovinas – IBR e Diarreia Viral Bovina – BVD: Doença que pode se espalhar pelo rebanho de forma silenciosa e causar abortos, perdas embrionárias, infertilidade e até defeitos congênitos. 

É importante ressaltar que além dessas doenças específicas, demais doenças como mastite e doenças virais podem impactar de forma negativa na fertilidade e na manutenção de gestação das vacas. 

Manual de controle da mastite

Dessa forma, é imprescindível que se tenha prevenção desses problemas para evitar a perda de prenhez, o que inclui práticas de manejos adequada, programas de vacinação a partir a adoção de calendário sanitário estratégico para a propriedade, ter medidas de biossegurança, monitoramento regular da saúde e possuir profissionais capacitados para implementar medidas eficazes de prevenção e controle de doenças. 

Importância da nutrição adequada

A nutrição é outro ponto que está ligado a reprodução das vacas, influenciando diretamente no desenvolvimento dos folículos, maturação oocitária, ovulação, fertilização, sobrevivência embrionária, estabelecimento da gestação, e indiretamente na concentração de hormônios reprodutivos circulantes (por exemplo, insulina, glucagon, leptina, hormônio do crescimento, hormônios tireoidianos, IGF hepático) e metabólitos (glicose, ácidos graxos, LDL, HDL) que estão relacionados a esses processos. 

O momento do pós-parto é caracterizado como um dos desafios relacionados da nutrição, pois é quando ocorre o balanço energético negativo (BEN), onde a energia fornecida pela baixa ingestão de matéria seca não é suficiente para suprir suas exigências, ocorrendo uma intensa mobilização de gordura e diminuição do escore corporal. 

Nesse momento de perda de condição corporal, a ovulação é outro gasto de energia para a vaca. Dessa forma, quanto menor a condição corporal da vaca, maior será o tempo de intervalo para apresentarem a primeira ovulação pós-parto e a alta mortalidade embrionária estará associada ao menor nível de progesterona presente, a qual é essencial para preparar o útero para a implantação do embrião e garantir um ambiente ideal para o desenvolvimento fetal. 

Para mitigarmos esse problema nas propriedades leiteiras, deve-se investir em nutrição adequada para os animais durante toda lactação, e também deter de estratégias de manejo que estimule o consumo dos animais

Dentre as estratégias podemos citar: 

  • Divisão de lotes adequada, se possível separando primíparas e multíparas, para evitar a dominância;
  • Espaço de cocho adequado;
  • Atentar aos animais em período de transição = vacas que adoecem mais tem maiores taxas de perda de prenhez – Garantir então a esses animais resfriamento, oferta de dieta aniônica no pré-parto e dieta balanceada no pós-parto que supra as demandas energéticas;
  • Atenção a condição de armazenamento dos alimentos – impedir problemas em relação à qualidade e deter de formas de controle de pragas;
  • Ter rotina de avaliação de ECC das vacas. 

Oportunidade com o melhoramento genético

O melhoramento genético é também uma ferramenta que pode ser utilizada para ajudar nos indicadores reprodutivos, melhorando a taxa de concepção e diminuindo a perda de prenhez. Para isso, devemos analisar a qualidade genética dos touros utilizados nos programas reprodutivos da fazenda. 

Ao realizar a escolha dos touros deve-se ter em mente quais são os objetivos de seleção para o rebanho, pois existem características genéticas específicas que podem afetar a fertilidade das vacas.

É importante ressaltar que a partir do melhoramento genético foi possível alcançar uma maior produção de leite, entretanto, isso se tornou uma preocupação, pois essa maior produtividade aliada a condições de manejo inadequadas, mostrou estar associada com a redução do desempenho reprodutivo. 

Dentre as provas do touro, quando se pensa em melhorar a fertilidade de vacas leiteiras a longo prazo, temos a Taxa de Prenhez das Filhas (Daughter Pregnancy Rate – DPR), a qual prediz o melhoramento genético da taxa de prenhez das futuras filhas de um touro.

Dessa forma, estar atento na escolha do touro é importante, pois o incremento de um ponto de DPR se traduz na redução de 4 dias no período de serviço. 

taxa de prenhez das filhas negativataxa de prenhez das filhas positiva

Exemplo de DPR de touros distintos. O de cima apresentando um resultado negativo e o de baixo um resultado positivo, o qual é considerado melhorador em relação à taxa de prenhez das filhas.

Entretanto, é importante ressaltar que o impacto positivo não é visto de forma imediata no rebanho, pois o melhoramento acontecerá na fertilidade da filha gerada a partir escolha de um touro com boa DPR.

Por esse motivo que estar sempre atento às características de seleção é importante, avaliando não somente características relacionadas com a produção de leite e conformação, mas também as que se referem a reprodução, pois assim, a partir da definição de pesos para as características consegue-se evoluir o rebanho de forma positiva em diversos aspectos.  

Por fim, conseguimos entender que apesar da perda de prenhez ser um problema multifatorial, temos diversas oportunidades dentro da fazenda e estar disposto a enxergá-las e ter ações concretas e conscientes é essencial.

A partir disso, é possível trabalhar para que o impacto no indicador perda de prenhez seja evidente, tendo a redução do número de perdas corroborando para uma melhor eficiência reprodutiva e consequentemente a maior lucratividade do negócio.

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Laryssa Mendonça

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A perda de prenhez é um dos índices que determinam o desempenho reprodutivo de um rebanho e é uma questão frequente em fazendas leiteiras. A perda de prenhez pode ser causada por fatores endógenos ou externos, o que impacta negativamente na eficiência reprodutiva e produtiva, resultando em perda econômica para a fazenda.

Ter um resultado satisfatório em relação à taxa de concepção da fazenda é importante, mas ter um baixo número de perda de prenhez é fundamental. Essa perda pode ocorrer tanto na fase embrionária quanto na fase fetal. A perda embrionária ocorre até 42 dias de gestação, enquanto o aborto ou a perda fetal ocorre entre 42 e 260 dias.

No entanto, é mais comum ocorrer perda de prenhez devido à morte embrionária logo após o serviço dos animais. Isso significa que muitas vezes a perda de prenhez já acontece antes mesmo da realização do primeiro diagnóstico de gestação, o que afeta diretamente a taxa de concepção.

A perda de prenhez está diretamente relacionada à taxa de concepção, pois uma taxa de concepção baixa geralmente envolve uma alta perda de prenhez. No entanto, existem medidas práticas que podem ser tomadas para identificar as causas do problema e melhorar esse indicador na fazenda.

Um dos problemas que pode levar à perda de prenhez é a condição anovulatória. Animais em condição anovulatória são aqueles que não ovulam mesmo após o período de espera voluntário. Esses animais têm uma redução na taxa de serviço, pois não manifestam o cio e, consequentemente, não são inseminados ou cobertos. Estudos mostram que animais em condição anovulatória apresentam uma diminuição na taxa de concepção e um aumento na perda de prenhez em comparação com animais ciclando.

Existem fatores de risco para a condição anovulatória, como a duração do período seco, a incidência de doenças e o escore de condição corporal. Estender muito o período seco aumenta a chance de a vaca ser anovulatória. Vaca com uma ou mais doenças também é mais propensa a ser anovulatória em comparação com vacas saudáveis. Além disso, vacas que perdem escore corporal do parto até o final do período de espera voluntário têm maior probabilidade de serem anovulatórias.

Outro fator que pode impactar a reprodução é o estresse térmico. O estresse térmico é um problema frequente na pecuária leiteira, afetando principalmente vacas de alta produção de leite. Isso ocorre porque quanto maior a produção de leite, mais difícil é para o animal dissipar o calor. O estresse térmico afeta a qualidade dos ovócitos, prejudica o desenvolvimento embrionário inicial e reduz o crescimento embrionário. Além disso, afeta a ingestão de matéria seca, o que indiretamente afeta a reprodução.

Para contornar o estresse térmico, é importante garantir o fornecimento de água fresca e limpa aos animais. O acesso à sombra também é fundamental, com uma área de sombra adequada por animal. A ventilação e a aspersão de água também ajudam no resfriamento dos animais.

Várias doenças estão relacionadas à perda de prenhez, pois afetam a saúde reprodutiva das vacas. Infecções uterinas, brucelose, leptospirose, neosporose, rinotraqueíte infecciosa bovina e diarreia viral bovina são algumas das doenças que podem causar a perda de prenhez. Além disso, outras doenças como mastite e doenças virais podem impactar negativamente na fertilidade e na manutenção da gestação.

A nutrição adequada também é importante para a reprodução das vacas. Ela influencia diretamente no desenvolvimento dos folículos, na maturação oocitária, na ovulação, na fertilização, na sobrevivência embrionária e no estabelecimento da gestação. Além disso, afeta a concentração de hormônios reprodutivos circulantes e metabólitos relacionados a esses processos.

No pós-parto, ocorre um desafio relacionado à nutrição, conhecido como balanço energético negativo. Isso ocorre quando a energia fornecida pela baixa ingestão de matéria seca não é suficiente para suprir as exigências da vaca. Isso resulta em uma intensa mobilização de gordura e diminuição do escore corporal. A ovulação também requer energia, e quanto menor a condição corporal da vaca, maior será o tempo de intervalo para a primeira ovulação pós-parto.

Para lidar com esse problema, é importante investir em nutrição adequada durante toda a lactação e adotar estratégias de manejo que estimulem o consumo dos animais. A divisão adequada dos lotes, o espaço de cocho adequado e a atenção aos animais em período de transição são algumas das estratégias que podem ser adotadas.

Em conclusão, a perda de prenhez é um problema comum em fazendas leiteiras e está relacionada a diversos fatores, como a condição anovulatória, o estresse térmico, doenças e a nutrição inadequada. É importante adotar medidas para identificar as causas do problema e implementar práticas de manejo e nutrição que melhorem esse indicador na fazenda. Com cuidados adequados, é possível reduzir a perda de prenhez e melhorar a eficiência reprodutiva do rebanho.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

A perda de prenhez é um problema frequente em fazendas leiteiras e possui diversas causas, podendo ser evitada com medidas preventivas. Alguns fatores que contribuem para a perda de prenhez são a condição anovulatória das vacas, o estresse térmico, doenças reprodutivas e a nutrição inadequada. Para evitar esse problema, é importante adotar práticas de manejo adequadas, como garantir o período seco adequado, prevenir doenças reprodutivas, proporcionar um ambiente com sombra e ventilação adequadas e oferecer uma nutrição balanceada para as vacas. Além disso, é fundamental realizar um diagnóstico precoce da gestação para identificar possíveis problemas e adotar as medidas necessárias.

Perguntas e respostas:

1. Quais são os principais fatores que contribuem para a perda de prenhez em fazendas leiteiras?
R: A condição anovulatória, o estresse térmico, doenças reprodutivas e a nutrição inadequada são alguns dos principais fatores que contribuem para a perda de prenhez.

2. O que é a condição anovulatória e como ela afeta a taxa de serviço das vacas?
R: A condição anovulatória ocorre quando as vacas não ovulam, o que reduz a taxa de serviço, pois elas não manifestarão o cio e, consequentemente, não serão inseminadas ou cobertas.

3. Como o estresse térmico impacta na reprodução das vacas?
R: O estresse térmico afeta a reprodução das vacas, pois altera a qualidade dos ovócitos produzidos, prejudica o desenvolvimento embrionário inicial, reduz o crescimento embrionário e pode gerar perdas em gestações mais avançadas.

4. Quais doenças podem causar a perda de prenhez em vacas?
R: Infecções uterinas, brucelose, leptospirose, neosporose, rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR) e diarreia viral bovina (BVD) são algumas doenças que podem causar a perda de prenhez em vacas.

5. Qual é a importância da nutrição adequada para evitar a perda de prenhez?
R: A nutrição adequada tem influência direta no desenvolvimento dos folículos, maturação oocitária, ovulação, fertilização, sobrevivência embrionária e estabelecimento da gestação. Uma nutrição equilibrada impacta positivamente na reprodução das vacas.

NOTA: Fui incapaz de identificar as seções específicas que compõem o artigo em questão, pois recebi apenas o conteúdo completo. No entanto, tentei responder às perguntas de acordo com as informações fornecidas. Por favor, verifique se as respostas estão de acordo com o conteúdo do artigo original.

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