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Atividade econômica do Brasil tem em maio maior contração em 2 anos, mostra…

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Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) – A atividade econômica brasileira voltou a contrair em meados do segundo trimestre e registrou em maio a maior queda em pouco mais de dois anos, mostraram dados do Banco Central nesta segunda-feira, sob os efeitos da política monetária restritiva. .

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O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) recuou 2,0% em maio na comparação com o mês anterior, mostrando dados dessazonalizados para o indicador que é um indicador do Produto Interno Bruto (PIB).

A queda no mês foi a mais intensa desde março de 2021 (-3,5%) e também foi bem pior do que a expectativa em pesquisa da Reuters de estagnação.

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Os dados de abril foram revisados ​​para mostrar crescimento de 0,8%, após expansão de 0,56% relatada anteriormente. Nos cinco primeiros meses do ano, o IBC-Br registrou queda em dois – março e maio.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o IBC-Br avançou 2,15%, enquanto no acumulado em 12 meses avançou 3,43%, segundo números observados.

A economia brasileira enfrenta, de um lado, uma política monetária restritiva, com a taxa básica de juros Selic em 13,75%, mas, de outro, a desinflação no país, além do fortalecimento do setor agrícola no início do ano e um mercado de trabalho resiliente.

O BC volta a se reunir no início de agosto, e já sinalizou que pode cortar os juros, desde que se mantenha o cenário de arrefecimento da inflação.

Em maio, o volume do setor de serviços cresceu bem mais que o esperado, 0,9%. A produção industrial brasileira, por outro lado, voltou a subir, com crescimento de 0,3% em relação a abril, mas ainda abaixo do patamar pré-pandemia.

Por sua vez, as vendas do varejo brasileiro caíram inesperadamente em maio, 1,0% ante o mês anterior, sob efeito da política monetária restritiva ao crédito do Banco Central.

A pesquisa Focus do BC, divulgada nesta segunda-feira, mostra que o mercado melhorou suas estimativas para o crescimento econômico neste ano e no próximo, com crescimento do PIB de 2,25% e 1,30%, respectivamente.

O IBC-Br é construído a partir de proxies que representam os índices de volume de produção da agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além do índice de volume dos impostos sobre a produção.

(Editado por Luana Maria Benedito)


**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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