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A Conferência ICABR 2023 demonstrou as realizações já alcançadas pela bioeconomia na América Latina e no Caribe e seu grande potencial para promover o desenvolvimento sustentável na região

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A Conferência ICABR 2023 demonstrou as conquistas já alcançadas pela bioeconomia na América Latina e no Caribe e seu grande potencial para promover o desenvolvimento sustentável na região

A 27ª Conferência Anual do Consórcio Internacional de Pesquisa em Bioeconomia Aplicada (ICABR) aconteceu durante quatro dias em Buenos Aires, com a presença de mais de 150 pesquisadores e cientistas especializados em bioeconomia das Américas, Europa e África, além de referências políticas, empresários e bioempreendedores.

Os enormes avanços alcançados pela bioeconomia na América Latina e seu enorme potencial para continuar crescendo foram evidenciados na 27ª Conferência Anual do Consórcio Internacional de Pesquisa em Bioeconomia Aplicada (ICABR).

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O evento reuniu em Buenos Aires, durante quatro dias de intensos trabalhos e debates, mais de 150 pesquisadores e cientistas especializados em bioeconomia das Américas, Europa e África, além de referências políticas, empresários e bioempresários. A bioeconomia se apresenta como uma nova oportunidade de desenvolvimento para a região, baseada no uso e industrialização eficiente, sustentável e inclusiva de seus recursos naturais e da biodiversidade.

O encontro, que chegou pela primeira vez à América Latina, foi coorganizado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (SAGyP) e pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MinCyT) da Argentina, o ICABR e o Inter- Instituto Americano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

Acadêmicos premiados discutiram as perspectivas da bioeconomia na região com representantes de empresas de biotecnologia, biocombustíveis e bioinsumos em oito plenárias e diversos seminários de trabalho. Alguns dos temas abordados foram: cenário atual da bioeconomia no mundo, cadeias de valor de novos bioprodutos e biosserviços, comércio internacional de produtos geneticamente modificados, papel dos biocombustíveis na descarbonização e metodologias para mensuração da bioeconomia.

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Uma das novidades mais auspiciosas que emergiram da conferência foi a criação da Rede Latino-Americana de Bioeconomia, um passo dado por 25 instituições públicas, privadas, acadêmicas e organismos de cooperação regional e internacional, durante um seminário de trabalho convocado pelo IICA. A agência especializada em desenvolvimento agrícola e rural das Américas atuará como Secretaria Executiva e Técnica da Rede Latino-Americana, a pedido unânime de seus membros.

Espera-se que a Rede Latino-Americana de Bioeconomia se transforme em um espaço de discussão, intercâmbio e construção entre as principais referências em bioeconomia regional.

Por meio da Rede, as organizações participantes poderão gerir conhecimento, boas práticas e lições aprendidas. Os participantes do seminário que apoiaram a criação da Rede foram tomadores de decisão em bioeconomia do México, Costa Rica, Equador, Colômbia, Argentina, Guatemala, Brasil, Uruguai e Paraguai; e representantes de organizações internacionais, regionais e nacionais.

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As perspectivas regionais

Hugo Chavarría, Gerente do Programa de Inovação e Bioeconomia do IICA, considerou que, embora nos últimos anos a bioeconomia tenha amadurecido na região, com desenvolvimentos produtivos relacionados principalmente com aplicações biotecnológicas, biocombustíveis, bioinsumos, agricultura de baixo carbono e serviços ecossistêmicos, entre outros , ainda há muito o que fazer.

“A América Latina é sinônimo de recursos biológicos. Embora tenhamos apenas 15% da superfície terrestre do planeta e 8% da população, temos 50% da biodiversidade e 23% das florestas”, disse Chavarría.

“De qualquer forma”, alertou, “temos um longo caminho a percorrer para conhecer e aproveitar ao máximo os recursos. Hoje, em nossa região, temos apenas entre 20 e 30% da biodiversidade mapeada e documentada; portanto, não podemos aproveitá-la”.

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Nesse sentido, enfatizou que grande parte da biomassa gerada na América Latina e no Caribe ainda é considerada “resíduo” e que há um longo caminho a percorrer para industrializar o capital biológico. “Das exportações da nossa região, 66% são produtos primários, sem valor agregado”, revelou.

“Novas indústrias ligadas à bioeconomia devem ser desenvolvidas nos territórios rurais, para gerar empregos e renda que beneficiem as comunidades vulneráveis. Há países que têm planos nacionais de bioeconomia e muitos trabalham com o apoio de organismos internacionais. No entanto, não é suficiente. Precisamos pisar no acelerador em termos de conscientização, capacitação, padronização, pesquisa, desenvolvimento e investimentos para agregar valor à nossa produção agrícola em harmonia com o meio ambiente e sermos protagonistas da bioeconomia mundial”, finalizou.

No ato de abertura da conferência participaram: o Secretário de Agricultura e o Ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva da Argentina, Juan José Bahillo e Daniel Filmus, respectivamente; o Presidente do ICABR, Justus Wesseler; e o Diretor-Geral do IICA, Manuel Otero.

“A conferência foi muito bem-sucedida graças aos participantes da América Latina e de outros países do mundo. Ficou demonstrado que na região já existem muitos projetos em andamento ligados à bioeconomia e que também há um esforço significativo em pesquisa, por parte de acadêmicos cada vez mais interessados. Este é um conhecimento muito valioso para os formuladores de políticas”, disse Wesseler, acadêmico da Universidade de Wageningen, na Holanda, e especialista em biotecnologia e na contribuição das cadeias de valor para a sustentabilidade.

“A América Latina pode se beneficiar enormemente com o desenvolvimento da bioeconomia. Faltam grandes investimentos para traduzir muitos projetos de pesquisa em prática. Por isso a bioeconomia deve ocupar um lugar mais importante na agenda da região”, concluiu o presidente do ICABR.

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**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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