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Manifestação contra a exportação de jumentos para abate na China exige mudanças

burros

Neste domingo (30), o Frente Nacional de Defesa dos Burrosrealizou uma manifestação pedindo o fim do matança de burro no brasil.

O ato ocorreu em 14 capitais.

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O objetivo do protesto foi pedir o fim da permissão concedida pelo governo federal e pelo governo do estado da Bahia para o abate desses animais.

A manifestação apontou que os burros correm risco de extinção devido à crescente demanda comercial pelo ejiao, produto extraído do colágeno da pele do animal e usado como medicamento na China.

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Atualmente, o abate está concentrado em três frigoríficos em Bahiaque possuem autorização federal para exportação através do SIF (Serviço de Inspeção Federal).

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Entidades de proteção animal, ativistas e advogados se manifestam contra o abate de burros no Brasil. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Abate de burros foi o tema da audiência

Em junho deste ano, participantes de audiência pública defenderam a proibição do abate de burros no Brasil, a fim de evitar a extinção da espécie e a perda de parte da cultura nacional.

A medida está prevista no Projeto de Lei 1973/22.

Em 2021, o Ministério da Agricultura divulgou que, em média, 6.000 burros foram abatidos por mês no Brasil.

Segundo o órgão, o principal motivo do abate do animal é a produção de ejiao, uma espécie de gelatina feita de pele de burro para ser utilizada na medicina tradicional chinesa.

Burro, burro e burro são diferentes nomes regionais dados exatamente ao mesmo animal: o cavalo de um burrouma espécie de “parente” do cavalo, famoso por sua grande resistência física.

A coordenadora do Departamento de Direitos dos Animais do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Vanessa Negrinialertou para a aceleração do processo de extinção dos burros, fato que, segundo ela, prejudica a biodiversidade brasileira.

Segundo o IBGE, houve uma queda populacional de 38% desses animais entre 2011 e 2017.

Autor do pedido de realização do debate, o 2º vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente, deputado Célio Studart (PSD-CE)afirmou que a extração de pele de burro para a produção de eijao não faz mais sentido, além de desrespeitar as normas sanitárias.

Segundo especialistas ouvidos no encontro, os maus-tratos que os animais sofrem principalmente no transporte entre os estados brasileiros podem provocar uma série de doenças para as quais ainda não há vacinas.

Entre eles estão o mormo, doença grave e contagiosa causada por bactéria que afeta cavalos, como cavalos, mulas, jumentos e burros.

Outra doença comum a esses animais é a anemia infecciosa equina, causada por um vírus, que não tem cura e se contamina facilmente.

No Nordeste, os burros são tratados como animais domésticos. Elas ajudam na geração de renda das famílias, como no transporte de cargas como capim e palmito, e também na própria sobrevivência das pessoas, trazendo água.

Jornal Campo do Campo
O movimento Frente Nacional de Defesa dos Burros realizou uma manifestação em 14 capitais brasileiras para protestar contra o abate de burros no país. A permissão do governo federal e do governo do estado da Bahia para o abate desses animais tem colocado a espécie em risco de extinção devido à crescente demanda comercial pelo ejiao, produto extraído do colágeno da pele do animal e utilizado como medicamento na China. Atualmente, o abate está concentrado em três frigoríficos na Bahia, que possuem autorização federal para exportação. Em junho deste ano, participantes de uma audiência pública defenderam a proibição do abate de burros no Brasil por conta dos riscos de extinção da espécie e perda da cultura nacional. O Projeto de Lei 1973/22 prevê essa proibição. O Ministério da Agricultura divulgou que, em média, 6.000 burros são abatidos mensalmente no país, principalmente para a produção de ejiao. Essa prática causa preocupação com a aceleração da extinção dos burros, o que prejudica a biodiversidade brasileira. Além disso, os maus-tratos sofridos pelos animais durante o transporte entre os estados brasileiros podem provocar doenças graves e contagiosas. Os burros são importantes para a geração de renda das famílias no Nordeste, ajudando no transporte de cargas e no acesso à água.

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**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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