Western Pleasure tem recorde de entradas para o 43º Future Colt e 15º Champions Cup

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“Western Pleasure é minha base. Foi assim que conheci o cavalo e comecei a fazer testes.”

Sua própria história de vida se mistura com sua história a cavalo. Ana Cristina Benevides Chiattone, a Kiki, começou a ter contato com cavalos ainda muito jovem, aos três anos, na Fazenda Pantaleão de seu avô, criador de cavalos há mais de 40 anos. Inicialmente criou cavalos de corrida, e quando passou a ter animais Western Pleasure and Conformation, chegou a hora de ela iniciar seu contato com esses animais. Então, sua entrada nas provas se deu por essas duas modalidades. “Foi maravilhoso, me deu uma base excepcional para pilotar, foi muito bom”, diz ela.

Kiki aprendeu a gostar de cavalos por causa do Western Pleasure, por volta de 1993, cavalo para montar, sua referência. Foi o seu início, foi como aprendeu a montar, é o seu exemplo de cavalo de teste. E com cinco, seis anos, ela já estava fazendo a prova. Guiada e incentivada por seu avô, tia e pais, ela montou e treinou para competir. Quem a vê hoje, correndo de um lado para o outro nas competições oficiais da ABQM, por exemplo, apresentando seus animais em Redeas, Prazer, Performance Halter, com estilo, com postura, agora sabe de onde veio tudo isso.

Saiba mais na entrevista abaixo!

Lembra como foi seu primeiro teste de Prazer?

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Foto: Arquivo Pessoal

Kiki Benevides: Nossa, não me lembro de muita coisa, eu tinha cinco anos. Mas eu tenho alguns flashes. Foi com a égua do meu avô chamada Scarlette, filha do Zanador, que ganhamos vários prêmios. Além de Prazer, também fiz Showmanship, que era como Conformation, puxando o burro de carga, com um caminho a seguir. Lembro que não dormi na noite anterior, ansiedade, frio na barriga. Lembro-me de usar coletes de franjas, gravata borboleta. Foi muito legal.

Temos poucos concorrentes aqui no Brasil. A que se deve isso na sua opinião?

KB: Nos Estados Unidos, é a prova mais solicitada que você tem. Há muitos participantes, vários dias de eliminatórias. Aqui no Brasil, acredito que não seja volumoso por causa do próprio ensino da equitação. Hoje em dia, as pessoas querem começar a montar, então escolhem a modalidade e, sem nunca montar a cavalo, o mais rápido e caro ganha, entra na pista, ganha e fica feliz com isso. Mas ele não sabe o que é uma rédea, como é colocar o cavalo na mão direita, postura em cima da sela, posicionamento da perna, calcanhar, cotovelo, ombro.
E o Western Pleasure é extremamente clássico, de uma cavalgada absoluta e, se a pessoa não tiver essa educação, nunca saberá a importância.
Acho que é isso que falta no Brasil, essa educação, desde que eu era pouco sabendo montar, montaria básica, independente da modalidade que a pessoa vai escolher depois. A modalidade que mais ensina a montar corretamente é a Western, postura perfeita, posicionamento correto, adequado. E como é um esporte tranquilo, clássico, fino, com educação máxima na sela, as pessoas não se interessam por ele. Eles querem dinheiro e adrenalina.

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Por que você sempre insiste em estar em testes de Prazer?

KB: Além de ser minha formação, onde comecei, quem faz Western Pleasure e realmente entende o que é o esporte, se apaixona e não quer sair. Independente de ganhar ou não. Só aquela coisa de você entrar na pista e superar seus desafios, o galope perfeito, o trote, a postura da cabeça, o cavalo ser extremamente adequado aos seus comandos, a pessoa nunca quer largar. É por isso que toda vez que entro na pista com cavalos diferentes, para superar meus desafios, para ver cada cavalo melhor que o outro.

Você já competiu no Pleasure nos EUA? Ou evidência seguida, como é?

KB: A Western Pleasure nunca competiu lá, embora eu tenha tido a oportunidade. Quando eu morava no Rancho Deleu, tinha um rancho em frente à coudelaria e eu sempre cavalgava lá, com Mark Shaffer, que é minha referência e exemplo de formação ocidental.
A evidência lá é fantástica. Eu assisti a copa do mundo do ano passado, foi incrível. Pude ver muitas novidades surgindo. Aproveite para aprender novas técnicas. Ocidental para mim é maravilhoso.

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Foto: Arquivo Pessoal

O que, na sua opinião, faria os brasileiros olharem melhor para o esporte?

KB: Acho que a única coisa é investir dinheiro em prêmios. É triste dizer, mas hoje todo mundo quer um retorno sobre o investimento. E eles se interessam pelo que gostam, como Rédeas, Apartação, Tambor e como o Western tem pouca gente, não tem retorno lucrativo, é um teste técnico e sereno, fica para trás.
Acho difícil para as pessoas se interessarem pelo fato de que essa coisa de como ela foi criada no meio do cavalo. A maioria gosta de começar e já quer competir. Eles não se incomodam em pensar em aprender a pilotar bem e depois aprender o esporte. Nos Estados Unidos a indústria é diferente. As pessoas nascem no meio do cavalo e para começar a fazer a prova é preciso saber montar. Não admitem pessoas sem postura.
Nosso mercado de cavalos é muito escasso nesse sentido, não temos essa cultura como os americanos. É barato investir, crescer, ao contrário do que acontece aqui no Brasil. Então, se tivéssemos um prêmio alto, acho que as pessoas retornariam mais interesse.

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Que ações podem ser tomadas para incentivar?

KB: Investir, encontrar pessoas que queiram investir. Bons prêmios, faça mais testes. Um exemplo que veio agora, são as corridas particulares, como o Haras Dan, que já tem seu tradicional e muito bom teste de rédeas, inclusive o Western. Seria uma referência para chamar a atenção de outras pessoas.

Você tem um cronograma de treinamento para esta modalidade?

KB: Na verdade não tenho esquema. Sigo tudo o que aprendi até agora. Depende muito do cavalo. Um cavalo ocidental tem que ser natural, o mais próximo possível do natural. Se vem da naturalidade, do trote, do movimento bonito, suave, adequado, então treinar é a coisa mais simples do mundo, deixando seu cavalo o mais natural possível.

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Foto: Arquivo Pessoal

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Quais cavalos você seleciona para competir no Pleasure?

KB: Procuro ver o cavalo solto no pasto ou redondo e piquete. Observo seu movimento sozinho, quão natural ele é e quão suave ele é quando se move.

Rédeas, Tambor, Performance Halter, Prazer, o que mais você fez? Haha

KB: Eu fiz Conformation, Showmanship, Cinco Tambores, Splitting. Sou apaixonado por cavalos, independente da modalidade ou raça.

Fonte: Agro

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