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Transmissão: confira a cobertura do segundo dia do evento Summit Agronegócio 2022

Summit/Voo Perfeito/Leonardo Luvezuti: Pulverização de precisão acaba com o desperdício de pesticidas

Por Vinicius Galera, especial da Agência Estado

São Paulo, 08/11/2022 – O gargalo causado pela pulverização excessiva, que resulta em enormes prejuízos para produtores e meio ambiente, fez surgir a Perfec Flight, agrotech de inovação fundada em São João da Boa Vista (SP) em 2015. “Nascemos de uma necessidade real dos agricultores de resolver a questão das torneiras abertas para insumos agrícolas no campo, com milhões de hectares pulverizados com apenas mais um gole de agrotóxico, que acaba virando uma enchente”, diz o líder de negócios da empresa, Leonardo Luvezuti. Hoje, ele participou do Painel Técnico Summit Agro 2022, promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo🇧🇷

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A empresa trabalha com pulverização de precisão baseada na análise de arquivos LOG e dispositivos DGPS das aeronaves que realizam as aplicações. O sistema pode ser executado em qualquer computador com acesso à internet. Segundo Luvezuti, os agrotóxicos representam um dos principais custos das lavouras. A solução desenvolvida pela agritech está presente no mercado de cana-de-açúcar e outras culturas. No ano passado, a empresa iniciou as operações nos Estados Unidos.

Luvezuti diz que a pandemia acelerou e impulsionou muito a conexão entre as pessoas. “Tivemos que treinar e qualificar nossos clientes na Bahia, Roraima e São Paulo. A pandemia marcou a história, mas trouxe esse avanço em termos de conexão e conectividade”, afirma.

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Além do desafio inédito, ele destaca a dificuldade de atuar no mercado de inovação no Brasil. “É um exercício diário de planejamento estratégico, de revisão desse planejamento, mas é desafiador e oportuno. O agro está apenas começando”, disse, ao falar sobre temas emblemáticos como as mudanças climáticas e o surgimento de novas tecnologias produtivas e financeiras que trazem desafios para todo o setor.

Outro desafio é levar a tecnologia aos pequenos produtores. “Muitas vezes vemos grandes produtores, tecnificados, com soluções que parecem muito distantes do pequeno produtor rural, mas devem estar disponíveis ou pensadas para esse pequeno produtor, que é o grande mercado consumidor”, diz. “Estamos falando de 80% do mercado agrícola. Esse é o grande desafio para as principais agrotechs. Quem não posicionar sua calda de pulverização também para pequenos produtores não conseguirá preencher essa lacuna de desenvolvimento tecnológico.”

Summit/Unesp/Carbonari:Uso de agrotóxicos não oferece risco à saúde do consumidor

Por Clarice Couto e Tânia Rabello

São Paulo, 08/11/2022 – O professor adjunto da Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), Caio Antonio Carbonari, afirmou anteriormente que o uso de agrotóxicos na agricultura não oferece risco à saúde do consumidor. Ele participou do segundo dia do Agribusiness Summit 20223, promovido pelo jornal O estado de São Paulo🇧🇷 “O Brasil é membro do Codex Alimentarius, programa da ONU (Organização das Nações Unidas) que estabelece limites seguros para resíduos em alimentos. O Brasil não usa produtos proibidos no mundo e, por outro lado, a Europa usa produtos que não são registrados ou usados ​​no Brasil”, afirmou Carbonari. “É preciso lembrar que os produtos (agrotóxicos) são utilizados e avaliados conforme a necessidade de uso de cada país. Além disso, eles podem ser reavaliados e banidos a qualquer momento se houver necessidade, se surgirem evidências”, explicou.

Carbonari também defendeu a aprovação no Senado Federal da lei que altera a atual legislação que regulamenta o registro de agrotóxicos no Brasil, a fim de acelerar o registro de novas moléculas que, segundo ele, são mais eficazes e seguras para trabalhadores, consumidores e o ambiente. . “Precisamos de uma legislação mais atual e convergente com os conceitos científicos atuais. Estamos sendo muito ineficazes em dar acesso a produtos seguros, pela demora na aprovação”, afirmou.

Segundo o pesquisador, a dose média de aplicação de agroquímicos lançada nas décadas de 1970-1980 nos últimos dez anos caiu 88%. “Os produtos mais recentes são mais seguros para o consumidor. Atrasar a chegada disso ao mercado não faz sentido e temos a oportunidade de mudar isso com uma nova lei em tramitação no Senado Federal”, defendeu.

Carbonari disse ainda que o uso de agroquímicos e de novas moléculas também traz benefícios ambientais, ao aumentar a produtividade agrícola na mesma área, com menores doses de aplicação. “A questão não é evitar ou não os agrotóxicos, mas como utilizá-los e torná-los cada vez mais seguros. Precisamos produzir cada vez mais na mesma área ou expandir a área com desmatamento ou impactos ambientais; o uso de agrotóxicos e agrotóxicos evita que pragas/doenças comprometam a produtividade das lavouras”, explica. “A eficiência na atividade agrícola é muito menor sem o uso de agrotóxicos”, reforçou.

A diretora de Comunicação e Assuntos Científicos da Croplife Brasil, Adriana Brondani, que também participou do painel, reforçou que a adoção de diferentes tecnologias além dos agroquímicos, como melhoramento genético e biotecnologia, garante aumento de produtividade. Segundo ela, se esses recursos deixassem de ser utilizados, haveria perda de receita. “Temos um aumento de cerca de 6% ao ano na produtividade do milho, com melhoramento genético e biotecnologia. O ganho de produtividade é um benefício direto da tecnologia”, afirma. “Se pegássemos essas soluções (das lavouras brasileiras), incluindo a proteção de defensivos químicos e biológicos contra doenças e pragas, teríamos uma perda no campo da ordem de 40%”.

Brondani também chamou a atenção para a necessidade de testes, cuidados e pesquisas com biodefensivos, não apenas com agroquímicos. “Apesar de virem da natureza, os agrotóxicos biológicos também apresentam riscos, é necessária uma série de análises (antes de levá-los ao mercado)”, afirmou.

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Fonte: Agro

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