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Tempestade leva pecuaristas do RS ao desespero

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Publicado em 14/07/2023

Uma intensa tempestade, caracterizada como um ciclone extratropical, atingiu o estado do Rio Grande do Sul durante a noite desta quarta-feira (12) e madrugada desta quinta-feira (13), causando sérios danos a diversas propriedades rurais da região noroeste. Segundo a Associação dos Criadores de Gado Holandeses do Rio Grande do Sul (Gadolando), cerca de 500 propriedades foram afetadas pelo fenômeno.

Nacir Penz, representante da Gadondondo, expressou a dificuldade em relatar todos os estragos presenciados: “Estou tendo dificuldades para relatar tudo o que vi”. O temporal destruiu currais de suínos e bovinos, deixando animais feridos e causando mortes de suínos e bovinos em diversos municípios do noroeste do Rio Grande do Sul.

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“Por onde passou o ciclone não deu chances, destruiu propriedades, vegetação, derrubou estruturas de pocilgas, matou dezenas de animais. Estamos fazendo um levantamento dos estragos”, apontou Penz, destacando a gravidade do a situação.

Segundo a associação, os municípios mais afetados foram Humaitá, Sede Nova, Nova Candelária, Tucunduva, Doutor Maurício Cardoso, Crissiumal, Horizontina, Campo Novo e Coronel Bicaco. Estima-se que cerca de 10.000 porcos tenham sido afectados pelo ciclone, originando a necessidade de realocação de emergência dos animais para outras explorações não afectadas da região.

A estrutura física dos alojamentos de Santa Rosa e Nova Candelária sofreu danos significativos, como queda de telhado, falta de energia elétrica e problemas nos sistemas hidráulicos, conforme informou o Departamento de Defesa e Vigilância Sanitária Animal (DDA) em nota oficial.

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Além dos impactos no Rio Grande do Sul, as rajadas de vento do ciclone atingiram também os estados de Santa Catarina e Paraná. Em Guaratuba (PR), os produtores relataram grandes danos aos bananais e plantações de palmito, além de impactos na atividade pesqueira.

A situação exigiu medidas urgentes dos produtores, que tiveram que realocar os animais para outras fazendas não afetadas. “Em muitas fazendas, as salas de ordenha foram destruídas. Isso é grave porque quando uma vaca não é ordenhada, o peito dela incha, fica inflamado e ela pode morrer”, explicou Penz. Ele destacou a solidariedade entre os produtores, que mobilizaram caminhões e pessoas para ajudar no transporte dos animais.

Dada a falta de alojamento provocada pelo ciclone, alguns animais terão de ser abatidos, segundo Angêlo Meneghetti, administrador-geral da Alibem, produtora de suínos. A nota emitida pela DDA informa que equipes técnicas estão monitorando a situação e realizando auditorias sobre perdas e abate de suínos em estado crítico.

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**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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